segunda-feira, 2 de julho de 2012

Guerra sem fim à vista


“A actual estratégia internacional de controlo das drogas, cujo objetivo central visa um mundo livre de drogas, tem sido implementada no terreno, quase exclusivamente, através do recurso a ações policiais e a sanções criminais. Todavia, através de estudos recentes, revelam, que esta estratégia falhou nos seus intentos. Embora o efeito nocivo das drogas, nas vidas das pessoas e na sociedade, esta estratégia revela-se, excessivamente punitiva e não foi alcançada, em termos dos objetivos da saúde pública e tem contribuído para inúmeras violações dos diretos humanos.” 
  • Anand Grover, comissario das Nações Unidas para os direitos humanos


Sabia que a declaração da “Guerra contra as Drogas” foi anunciada pelo Presidente norte-americano Richard Nixon, em 1971? Passado 41 anos ainda não prevê um fim para a dita “Guerra contra as drogas”, pelo contrário, é um fenómeno universal que veio para ficar, do qual, todos nós, teremos que repensar sobre uma diferente estratégia.

O problema das drogas lícitas, incluindo o alcool e os fármacos, e ilícitas é um problema transversal na sociedade portuguesa. Na minha opinião, Portugal não possui um enquadramento, a convicção e o compromisso politico, cívico, jurídico e da saúde pública capaz de promover uma estratégia, de forma a lidar com os efeitos negativos das drogas lícitas e/ou ilícitas, assim como ser capaz de potenciar um reflexão publica profunda sobre as medidas que pretendemos adotar para o nosso país. Pelo contrário, existe um certo marasmo generalizado. Por exemplo, em relação ao abuso do álcool e do alcoolismo, em pleno seculo XXI, num artigo do Diário de Noticias, de 30/6/12, referia que 70% da população de Barcelos, com idade inferior a 50 anos, é afetada pelo alcoolismo. Considero que os jovens e as famílias portuguesas precisam, urgentemente, de um sistema político com o qual depositem confiança e esperança na luta contra este tipo de epidemia: O problema das drogas licitas, incluindo o álcool, e/ou ilícitas não acontece só aos outros.