Segundo uma notícia no Jornal de Noticias, de 22/06/13, “Defendendo
aumento do preço do álcool. O Conselho Nacional de Saúde recomenda ao Governo
que aumente o preço do álcool e restrinja a disponibilidade das bebidas alcoólicas
como medida para reduzir os efeitos da crise na saúde.” Gostaria de referir que
esta notícia, no JN, surge sem o destaque que merece, pelo contrário, é
publicada nas notícias “Breves”. Pessoalmente, não chego a entender o papel de
serviço publico e de investigação dos média, porque ninguém fala do assunto com
honestidade; todos sabemos que o problema é grave, mas ninguém se atreve a abordar
e aprofundar o tema sempre actual e preocupante.
Tal como já aqui foi afirmado o abuso de álcool e o
alcoolismo representa um problema grave de saúde pública, todavia, os líderes
políticos, negligenciam, o fenómeno exponencial associado ao abuso do álcool e
do alcoolismo, agravado, tal como o Conselho Nacional de Saúde, vem alertar
através da sua recomendação, para os efeitos do álcool em indivíduos vulneráveis
à crise: por exemplo, aumento do desemprego, situações trágicas de famílias, questões
financeiras e económicas precárias (dívidas), pobreza, doença mental (aumento
dos casos de depressão e ansiedade), etc.
O Conselho Nacional da Saúde é um órgão de consulta do
Ministério da Saúde que tem por missão emitir pareceres e recomendações sobre
questões relativas à realização dos objectivos de política de saúde e propor
medidas que julgue necessárias ao seu desenvolvimento, por solicitação do
membro do Governo responsável pela área da Saúde.Saiba mais sobre as políticas de saúde.
Sabia que a Industria do álcool, promove um vasto leque de oferta
de bebidas alcoólicas a preços irrisórios, a fim de aumentar a procura. Se o álcool
está disponível, a procura tende a aumentar. O álcool é mais barato que a água.
Se não existe leis que regulem a oferta do álcool, obviamente que a Industria
do álcool aproveita a lacuna, alegando interesses económicos.
Quando é que o Governo, os líderes políticos, segue esta recomendação? Para quando os tribunais (juízes e advogados) e a legislação
contemplam os efeitos negativos na saúde pública do abuso do álcool e do alcoolismo, incluindo os jovens de
menores de idade, os adolescentes e os adultos em idade sénior?
Será que existem lóbis, junto dos políticos, que impedem que
se adoptem medidas justas e honestas em relação ao problema de saúde publica,
associado ao abuso do álcool e do alcoolismo? Se a resposta é sim, então o caso
ainda é mais grave e preocupante. O poder económico não pode estar acima dos
interesses e da saúde publica.