Aparenta existir uma atitude, na nossa cultura, que promove e reforça o abuso de substâncias adictivas, incluindo o álcool, como algo inócuo. As drogas, quando ingeridas no organismo, proporcionam prazer e euforia de uma forma eficaz. Existem drogas para todo o tipo de pessoas e existem pretextos suficientes e plausíveis para se experimentar a primeira vez o consumo. Toma-se drogas para ficar mais activo, para ficar mais relaxado e descontrair, para dormir, para ir ao cinema, para dançar, para ouvir música, para estudar, para conviver, para inibir o apetite, etc. Estas sensações de prazer e bem-estar são muitas vezes uma prioridade na forma com o lidamos com os nossas emoções mais desconfortáveis, procurando o prazer ou o alívio imediato, em vez de adiar a gratificação. No meu contacto com pessoas, exclamam “Se posso me divertir melhor...”, “Se consigo expressar-me melhor perante as outras pessoas e ficar mais descontraído...”, “Se consigo ter a atenção dos meus amigose cativa-los...”, “Se consigo dormir...”, “Se posso ter sexo e desinibir melhor...”, “Gosto de ser diferente das maioria das pessoas...”, “Gosto de pertencer a um grupo de amigos especiais que me identifico...”, “Se posso estudar e ficar mais concentrado com drogas porque não hei de consumir. Eu consigo controlar a situação. Não sou fraco. Qual é o problema? Toda a gente faz o mesmo...”
É um mito. Gostaria de sublinhar que nem toda a gente consome e ou abusa de drogas, incluindo o álcool.
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