sábado, 23 de fevereiro de 2008

A Prevenção das Dependências é à Hora das Refeições



“Quando diariamente muita coisa se afirma e se escreve sobre a Prevenção das Toxicodependências em relação às crianças e aos adolescentes, na realidade, este trabalho é uma operação a ser conduzida pelos próprios pais e mães.
Os pais não podem delegar a responsabilidade desta operação aos agentes da lei, às instituições de saúde publicas, nas escolas e professores, etc. A responsabilidade destas instituições e organizações são colossais e muitos significativas mas na realidade são secundarias.
Enquanto permanecer inalterável e incólume a questão central do combate à disponibilidade das drogas sejam legais e/ou ilegais entre as crianças e os jovens deste país, em conjunto com campanhas publicas, a realidade revela-nos que tais substancias e prescrições normais de medicação e outro tipo de drogas, tais como os produtos do lar, os aerossóis e outros inalantes – permaneceram sempre ao alcance daquelas crianças e jovens que tenham o desejo de ficarem “pedrados”. Estes factos reforçam a importância, cada vez maior, em investir nas crianças, sobre a sua aptidões e competências de forma a dizerem NÂO, e os pais são aqueles que reúnem as melhores condições para que os seus filhos consigam isso.

O poder e a influencia parental são os recursos mais potentes e eficazes nesta matéria, todavia os menos apreciados e menos utilizados como fonte de recursos disponíveis na educação dos seus filhos no combate a uma vida livre de drogas e abuso de álcool e/ou adicção (dependência). Quando pais e mães apreciam e reforçam este potencial ilimitado de forma a influenciar positivamente os seus filhos – e utiliza-lo de uma forma convicta e compassivo - conseguiremos dar um passo (salto) gigantesco em banir esta destruição que tanto afecta as crianças e causa sofrimento a tantas famílias e amigos. A linha da frente no combate ao problemas das drogas na América não reside nas salas das audiências legislativas ou nas salas dos tribunais conduzidos por políticos e juizes.
Reside principalmente, na sala de jantar às refeições, na mesa da cozinha, na sala de estar da casa dos pais e mães e suas famílias.” Livro “High Societyde Joseph A. Califano, Jr

Comentário: Provavelmente em Portugal nunca ouviremos nenhum tipo de afirmações semelhantes de alguém como este Sr. Este homem é o Presidente e um dos fundadores do National Center on Addiction and Substance Abuse (CASA).
Como pai, considero que educar uma criança e colaborar activamente no seu “curriculum” de vida, de forma a potenciar as suas competências como ser humano é um dos desafios mais estimulantese recompensador na vida dos pais. Nós pais (adultos) temos a experiência e o conhecimento que pode ser partilhado e enriquecido pelos nossos filhos.

Recordo-me um pai, de um filho que tem problemas com drogas, que há bem pouco tempo afirmou numa sessão de terapia.“ Nunca irei desistir de ajudar o meu filho. Não permito que ele se destrua. Não tolero que ele destrua a nossa família e o nosso património familiar.”

Preservar a união familiar (soma das partes), enquanto um dos membros se encontra irracional e disfuncional, è um desafio com avanços (esperança) e recuos (raiva e ressentimentos). A solução para o problema desta família existe dentro das dinâmicas e papeis familiares – na própria casa.

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