Bem vindo à Prevenção das Dependências - Uma cultura diferente e activa.
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
É apenas a ponta do Iceberg
Um novo estudo realizado na Universidade da Califórnia, em São Francisco (EUA) efectuado pelo departamento de pediatria revela que a maioria dos médicos aparenta ignorar as orientações gerais sobre o Plano Nacional de Saúde – Prevenção de Comportamentos de Risco. Durante as consultas aos adolescentes, os médicos deveriam promover um dialogo construtivo sobre comportamentos de risco, tais como; o uso de álcool e/ou drogas e outros assuntos relacionados com comportamentos de risco.
Os pesquisadores administraram um questionário a 2.192 adolescentes com idades compreendidas entre os 12 e os 17 anos de idade. Os jovens eram questionados sobre se alguma vez o seu médico/a tinha falado sobre o uso de tabaco, álcool, drogas (licitas e ilícitas), cinto de segurança e doenças sexualmente transmissíveis.
Mais de 80% dos médicos não abordam questões de segurança tais como; a utilização do cinto de segurança e o uso de capacete e pelos menos 70% não falam sobre o uso de substancias.
A violência entre adolescentes é o assunto menos discutido enquanto o exercício físico e a nutrição são os assuntos mais abordados refere o estudo.
Estudo publicado no Journal of Adolescent Health
Comentário: Pelo menos, nos EUA, algumas instituições de elevado valor, escutam os jovens e depois publicam o resultado dos estudos. Pelo menos alguns médicos, têm a humildade suficiente para em público, reconhecer que é preciso melhorar a abordagem da Prevenção das Dependências. Pelo menos, algum do dinheiro dos contribuintes é gasto a favor dos filhos/as desses mesmos contribuintes.
Considero que ignorar a realidade “escondida” será contribuir para uma sociedade “doente” que promove uma “ velha cultura que bebe” evoluindo para uma “jovem cultura” que consome substâncias adictivas licitas e/ou ilicitas. Sabemos que entre os jovens consumir drogas, incluindo o álcool, é um acto social. Quantos destes jovens se tornam dependentes, enquanto os adultos permanecem impotentes perante este fenómeno?
De acordo com o Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (2003) estudos realizados em escolas dos países membros revelaram que 33% dos jovens portugueses entre 15 e os 16 anos de idade já experimentaram o estado de embriaguez. Portugal é dos países da União Europeia que apresenta taxas mais elevadas de consumo de bebidas alcoólicas, assim como problemas graves associados a esta prática, numa percentagem que chega atingir os 10% da população. Esta é apenas a “ponta do iceberg.”
“Mais vale prevenir do que remediar”
Plano Nacional de Saude
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