segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Como gerir as emoções destrutivas de uma forma construtiva?



Um grupo de crianças, com idades entre os 11 e 13 anos, participa num jogo de futebol no bairro. Fizeram duas equipas, como vai sendo habitual desde há 3 anos. Uma das equipas está em desvantagem em relação à equipa adversária quanto ao número de vitórias. Isto é, nos últimos dois encontros perdeu ambos os jogos. A meio do jogo, estavam empatados, o nível de competitividade tinha crescido de tal forma que duas crianças, de equipas diferentes, já se tinham envolvido numa troca de insultos. Mais tarde, num confronto em relação à posse de bola, um deles desequilibra-se e cai magoando-se. Sente-se frustrado, ergue-se de repente, e descarrega a sua raiva sobre o adversário, empurrando-o eliminando-o da jogada. Este sentiu-se ofendido e injustiçado pela agressão vira-se para o agressor e afirma “ Olha lá, isso é falta…estás a magoar-me…” O outro perde a postura e insulta-o verbalmente, empurra-o, e cospe-lhe na cara. De seguida gera-se uma grande confusão entre ambos. Graças à intervenção rápida dos colegas a contenda é interrompida e o jogo acaba, para grande desânimo de todos. Os restantes membros das equipas que não participaram no conflito estão desconfortáveis e responsabilizaram, os dois colegas “rufias”, visto não existir condições para continuar o jogo.

Este exemplo corriqueiro é frequentemente observado entre os jovens portugueses durante as suas interacções, há imensas gerações, todavia ilustra a forma como as emoções destrutivas, do indivíduo, podem influenciar negativamente os valores morais do grupo. Estamos habituados a assistir a este tipo de conflito, entre as crianças, e por norma, como adultos, até valorizamos esta conduta como uma parte da masculinidade (medir forças e status). Exemplos como este podem ser aproveitados para explorar as emoções desconfortáveis e estabelecer um paralelo entre as emoções e os valores sociais. Afinal temos regras sociais que se sobrepõem às emoções dolorosas.

Os valores e as emoções
 Como sabemos, os seres humanos são seres gregários, têm emoções e precisam de diferenciar quais são aquelas que apresentam mais riscos, na interacção com os outros, e aprender como geri-las. Por exemplo, sentir é raiva Ok, ao contrário daquilo que aprendemos ao longo da vida. Infelizmente, aprendemos a reprimir, a negar e a evitar o conflito. Entre sentir raiva e a “explosão” pode ir uma distância significava ou não. Gostaria de salientar que as emoções estão intimamente ligadas aos valores morais e é necessário, ajudar a criança a identificar e a gerir as suas emoções de uma forma mais construtiva e saudável. Este é um dos grandes desafios que os adultos encontram, na Prevenção das Dependências, ao longo do desenvolvimento da criança.

Sabemos que os valores fazem parte da integrante da sociedade e são o meio pela qual nos orientamos e valorizamos. Por exemplo a vergonha, o sentimento de culpa e o medo protegem-nos como grupo. Proporcionam uma determinada dose de segurança quanto aos limites nas relações. Ao evitar sentir estas emoções dolorosas seguimos os padrões, tradições e as regras morais. A moralidade está intimamente ligada à vergonha. Quando as crianças se sentem zangadas, frustradas, e desejam descarregar a frustração e a agressividade a moralidade serve como uma aprendizagem moral (regra – reforço  entre o certo e o errado). Esta aprendizagem será mais proveitosa e benéfica, a médio e longo prazo, se tiver inicio o mais cedo possível e monitorizada por adultos.

Não só as crianças, mas também os adultos têm de lutar com sentimentos pesados, intensos e dolorosos e caso não existam estratégias e competências sociais suficientemente protectoras e construtivas podem gerar comportamentos destrutivos e impulsivos. O que é que acontece quando as crianças desenvolvem crenças morais e primitivas negativas e excessivas?

O modelo de aprendizagem deve ser ajustado em função das necessidades de cada criança e dos respectivos valores. É preciso tolerância, disciplina e compromisso por parte do adulto. Ajudar as crianças a adoptar comportamentos coincidentes com os valores através das emoções (gestão dos problema e da dor, responsabilidade, gratidão, honestidade, adiar a gratificação) em vez de agir nas emoções e ditar valores que geram dinâmicas destrutivas (ex. bulliyng, humilhação, inferioridade). Educar as crianças com critérios austeros e inflexíveis podem gerar níveis elevados de frustração e vergonha.

Algumas dicas:
Ensine a criança a confiar em si e a admira-lo como uma referência (modelo)

Seja paciente, teste os limites da sua tolerância. Peça desculpa, às crianças, por algo que tenha feito de errado ou que se sinta arrependido.

Pergunte às crianças “O que é que vocês precisam de mim?” e faça aquilo que estiver ao seu alcance de forma a satisfazer as necessidades delas.

Seja um ouvinte activo, o máximo que conseguir, sem interromper.

Ensine às crianças os valores morais (sociedade) e a importância da ética. Ajude-as a pôr em prática, esses mesmos valores, nas escolhas e decisões do dia-a-dia.

Ajude-as a explorar e a identificar a gratidão. Não é apenas dizer “Obrigado.”

Mantenha as suas promessas em relação às crianças. Se não for possível, informe-as. Ajude-as a perceber qual ou quais os tipos de circunstâncias que interferiram (imprevisto) nos planos.

Coloque questões às crianças e seja consistente. Quando identificar mudanças ou alterações de comportamento, mantenha-se atento e esteja disponível. 

Encoraje-as a expressar verbalmente os problemas e/ou adversidades nas suas vidas. Como adulto, com quem é que partilha os seus problemas e sentimentos dolorosos?

Seja compreensivo quando elas atravessam uma fase difícil e dolorosa das suas vidas. 

Faça questão de expressar o seu amor, respeito e admiração aconteça o que acontecer.

Seja diligente. Converse com as crianças sobre drogas e álcool. Se você não for você outros farão.







segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Acreditar e Entregar


                            Conta certa lenda,
                        que estavam duas crianças
                      patinando num lago congelado.
                          Era uma tarde nublada
              e fria e as crianças brincavam despreocupadas.
                      De repente, o gelo se quebrou
                            e uma delas caiu,
                  ficando presa na fenda que se formou.
                    A outra, vendo seu amiguinho preso
                    e se congelando, tirou um dos patins
                    e começou a golpear o gelo com todas
                    as suas forças, conseguindo por fim
                      quebrá-lo e libertar o amigo.
                        Quando os bombeiros chegaram
                      e viram o que havia acontecido,
                          perguntaram ao menino:
                    - Como você conseguiu fazer isso?
            É impossível que tenha conseguido quebrar o gelo,
                sendo tão pequeno e com mãos tão frágeis!
            Nesse instante, um ancião que passava pelo local,
                                comentou:
                        - Eu sei como ele conseguiu.
                            Todos perguntaram:
                          - Pode nos dizer como?
                      - É simples - respondeu o velho.
                    - Não havia ninguém ao seu redor,
                    para lhe dizer que não seria capaz.



Autor desconhecido

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

A Educação Revela o Potencial que existe em cada Criança



Carta de Abraham Lincoln aos professores

"Caro professor, ele terá de aprender que nem todos os homens são justos, nem todos são verdadeiros, mas por favor diga-lhe que, por cada vilão há um herói, que por cada egoísta, há também um líder dedicado, ensine-lhe por favor que por cada inimigo haverá também um amigo, ensine-lhe que mais vale uma moeda ganha que uma moeda encontrada, ensine-o a perder mas também a saber gozar da vitória, afaste-o da inveja e dê-lhe a conhecer a alegria profunda do sorriso silencioso, faça-o maravilhar-se com os livros, mas deixe-o também perder-se com os pássaros do céu, as flores do campo, os montes e os vales.

Nas brincadeiras com os amigos, explique-lhe que a derrota honrosa vale mais que a vitória vergonhosa, ensine-o a acreditar em si, mesmo se sozinho contra todos. Ensine-o a ser gentil com os gentis e duro com os duros, ensine-o a nunca entrar no comboio simplesmente porque os outros também entraram.

Ensine-o a ouvir a todos, mas, na hora da verdade, a decidir sozinho, ensine-o a rir quando esta triste e explique-lhe que por vezes os homens também choram. Ensine-o a ignorar as multidões que reclamam sangue e a lutar só contra todos, se ele achar que tem razão.

Trate-o bem, mas não o mime, pois só o teste do fogo faz o verdadeiro aço, deixe-o ter a coragem de ser impaciente e a paciência de ser corajoso.

Transmita-lhe uma fé sublime no Criador e fé também em si, pois só assim poderá ter fé nos homens.

Eu sei que estou a pedir muito, mas veja o que pode fazer, caro professor."

domingo, 22 de agosto de 2010

O que é que os Adultos transmitem realmente às Crianças?





Nos últimos dias, determinado assunto tem gerado debate na imprensa, refiro-me à polémica sobre o encerramento de centenas de escolas no país. A forma como a discussão está a ser conduzida, pelos adultos, está a assumir dimensões preocupantes, interferindo no bem-estar dos alunos (crianças). Refiro-me aquelas crianças afectadas directamente, como para a grande maioria dos alunos portugueses. Mais um caso concreto a juntar a muitos outros, onde os direitos e interesses educativos das crianças são negligenciados. Aquilo que realmente interessa e que tem merecido a atenção dos adultos é orçamentos e despesas (números). Quando se discutem números, o caso da criança que se chama Maria, ou o Marco, a Anabela ou o Fernando são ignorados. Para se ter uma noção das crianças envolvidas, segundo o jornal Expresso, são 700 escolas, previstas para serem encerradas. Quantas crianças estão neste momento a pensar sobre como será o seu ano escolar 2010/2011? Não têm respostas concretas, estão preocupadas e confusas. São espectadores impotentes, que aguardam com ansiedade o desfecho destas contendas. Provavelmente, nas suas mentes, questionam-se “ Porque é que estão a discutir estas coisas, por nossa causa?”

Alguns títulos na imprensa.
"Autarcas ameaçam boicotar encerramento de escolas"
"Educação: Processo de encerramento das escolas foi mal conduzido pelo Governo"
"Educação: Confap apela para que pais rejeitem encerramento de escolas e ameaça com providências cautelares"
"Bragança:  Distrital do PSD opõe-se ao encerramento de escolas com menos de 20 alunos"
"Encerramento de escolas "sacrifica" milhares de crianças"
“Fecho das escolas pode agravar a desertificação”

Não reparei em nenhum título de jornal a destacar a forma como esta discussão pode estar a afectar as crianças.

Nesta altura existem diversas divergências sem solução à vista sobre o futuro escolar das crianças, isto é, autarcas, associações de pais, políticos e o ministério da educação confrontam-se de uma forma que considero inaceitável, como sabemos o ano lectivo está prestes a começar.

Ninguém expõe os potenciais consequências desta discussão hipócrita e despropositada com receio de as crianças serem afectadas. Adopta-se o mesmo mecanismo da avestruz com medo que enterra a cabeça na areia.  

Aproveito para afirmar que a grande maioria destas crianças sofre em silêncio, confusas e vulneráveis. 

Porque é que a menos de um mês do inicio das aulas os adultos decidem tratar um assunto tão delicado e complexo, de uma forma atabalhoada e egoísta? Só me resta uma resposta. Primeiro, os adultos quiseram gozar as férias. E os interesses educativos das crianças? Porque é que os jornais dedicam páginas e paginas a um assunto tão delicado limitando-se a explorar os “podres” da controvérsia e os egos frenéticos dos intervenientes?

E qual é o exemplo que nós, adultos, devemos às crianças? Evocamos o nome das crianças para praticar a devoção fingida? Porque na prática elas não votam e não têm tribunais.

Alguns adultos (mentes brilhantes) vêm a publico fazer afirmações sobre os comportamentos irreflectidos e irresponsáveis da nova geração (adolescentes). Outros surgem na TV a debater questões sobre o bullying e as consequências, das drogas, só quando surge uma tragédia. Entretanto, os adultos ficam preocupados e iniciam-se grandes debates sobre este fenómeno. Depois do alvoroço retomamos a nossa postura apática e egocêntrica. Afinal que valores morais estamos a passar às crianças? As crianças são esquecidas e negligenciadas pelos adultos.

Considero que, nesta fase, as crianças que vão iniciar a escola merecem um ambiente tranquilo à sua volta. Irão ser transferidas para contextos desconhecidos e sujeitas à pressão da mudança. Conhecer novos ambientes e colegas. Precisam de orientação e apoio dos adultos. Precisam de escolas seguras e professores motivados e comprometidos. Estão vulneráveis à pressão, às expectativas dos encarregados de educação e dos professores e à pressão dos pares.  
Se desejar pode comentar este assunto no blogue.



sexta-feira, 23 de julho de 2010

Binge Drinking e a Industria do Álcool



Na senda em explorar e estudar a relação do fenómeno entre o Binge drinking (jovens) e a publicidade, o marketing agressivo da Industria do Álcool decidi enviar um email à organização de dois festivais de musica de verão (Rock n`Rio e o Super Bock Super Rock) solicitando informação sobre algumas questões.
Todavia, não recebi nenhuma resposta de ambos.
Nesse sentido, divulgo o referido email.

Exmos srs

Desde já felicito-os pelo magnífico espectáculo musical da qual Portugal muito se orgulha.

Trabalho na área da Prevenção, Intervenção, no Tratamento e na Recuperação dos Comportamentos Adictivos (dependência das drogas licitas e/ou ilícitas, incluindo o álcool e a nicotina, o jogo, distúrbio alimentar, sexo, compras, shoplifting, trabalho, relações de dependência).

Desde 2007 estudo o fenómeno da Prevenção e Redução de Comportamentos de Risco relacionado com os Comportamentos Adictivos (drogas licitas, incluindo o álcool, e as drogas ilícitas) e os jovens.
Venho por este meio solicitar a vossa colaboração no referido estudo com as seguintes perguntas.

1. Segundo os vossos dados quantas pessoas participam (ano)?

2. Consideram que os participantes do são maioritariamente jovens? Se sim, quais as faixas etárias?

Tendo em consideração que o álcool é uma droga e que o alcoolismo é um problema de saúde pública em Portugal, existe uma "cultura que bebe".

3. Consideram que a Organização do festival e a Industria do Álcool permitem e utilizam técnicas de marketing agressivo de forma a estimular o abuso de bebidas alcoólicas entre os jovens, visando unicamente o lucro, durante o festival?

4. Na opinião da organização do
Festival qual é o efeito pratico e efectivo do slogan "Seja responsável, beba com moderação" durante o festival?

Fenómeno Binge Drinking - Abuso no consumo de bebidas alcoólicas, num período reduzido de tempo, cuja principal intenção é a intoxicação (embriaguez). Por ex. entre os homens o consumo seguido de 5 ou mais bebidas e nas mulheres o consumo seguido de 4 ou mais bebidas. Este fenómeno pode ocorrer durante dias seguidos e afecta negativamente os comportamentos dos jovens (algumas consequências previsíveis após o Binge-drinking: acidentes, condução sob o efeito do álcool e/ou drogas, violência e abuso, doenças sexualmente transmissíveis, intoxicação alcoólica e morte.

5. A organização considera que o fenómeno do Binge-drinking está presente no Festival?

6. Consideram que o Binge- drinking assume contornos e consequências preocupantes entre os jovens?

7. Quais a medidas tomadas pela Organização do Festival de Musica de forma a monitorizar e a prevenir o binge-drinking e comportamentos de riscos, assim como o abuso e as consequências negativas associadas ao consumo excessivo de álcool e/ou drogas licitas e/ou licitas?

Lamento ocupar o V. tempo, mas como sabem esta temática é demasiada importante e afecta milhares de lares em Portugal e no Mundo.

Aguardo uma resposta tão breve quanto possível.

Atenciosamente.


Comentário: As crianças e os jovens não podem ser “exploradas” e negligenciadas pelos adultos e pela sociedade, em prol de interesses políticos e económicos. A crise económica que atravessamos é fruto de uma crise social.
Qual o custo para o estado das consequências do álcool e do alcoolismo?
Qual o custo para a saúde dos jovens e famílias?
Quais as consequências de uma “cultura que bebe”?
Como será daqui a 10 anos?
Para onde nos dirigimos nesta crise social?


Factores políticos relacionados com o abuso e a dependência

Como sabemos os factores políticos, relacionados com o abuso e a dependência, são ignorados quando se trata por ex. do fenómeno do Alcoolismo. Todavia são factores que influenciem o aparecimento, assim como o desenvolvimento dos problemas associados ao álcool e/ou outras substancias licitas e/ou ilícitas.

Tal como tenho referido, Portugal é o único país da União Europeia onde é permitido a venda e o consumo de bebidas alcoólicas a jovens com idade a partir dos 16 anos. Politicamente "falando", o álcool pode ser "abusado" livremente pelos jovens. Observo com frequência alguns grupos de jovens na praia onde levam a toalha, o telemóvel, o iphone e bebidas alcoólicas. Faz parte da sua cultura e da sua identidade.

Em Portugal, parece não existir uma abordagem cujo objectivo contemple informar a população sobre as consequências do álcool e do alcoolismo. Observo alguns adultos pedirem aos jovens, com idades inferior aos 16, para comprarem bebidas alcoólicas e isso é considerado normal. Obviamente que destaco aquelas atitudes que negligenciam e ignoram o risco. Afinal o álcool é uma droga e somos uma cultura que bebe. Recordo inúmeros de casos de familiares que afirmavam incrédulos "Como é que é possível que o meu filho/a tenha um problema com o álcool..." ou "Nunca lhe faltou nada..."

Em Portugal, a politica influencia a comercialização e a disponibilidade (oferta) do álcool à população em geral. Todos os dias somos expostos, incluindo as crianças e os jovens, a um conjunto variado de estímulos (publicidade, técnicas de marketing) associados as bebidas alcoolicas. A politica determina que consumir bebidas alcoólicas, a partir dos 16 anos, é associado ao lazer e ao bem estar.

A politica, por outro lado, reforça a existência de leis e regulamentos associados à venda e ao consumo. Os consumidores são responsabilizados caso exista infracção. Isto é, o fenómeno do abuso e alcoolismo é ignorado. Por ex. os acidentes de viação em que o condutor esta sob o abuso do álcool, as vitimas de acidentes inocentes, a violência domestica, os acidentes no trabalho, do binge drinking entre os jovens, do alcoolismo, das famílias, incluindo as crianças. Se nas drogas existe a "A Luta contra a droga..." porque é que  no álcool a luta é contra os consumidores?

São necessárias medidas politicas que informem a população em geral das consequências da "Cultura que Bebe". Em Portugal, no princípios do sec. XX existia a crença que era nutritivo as crianças comerem Sopas de cavalo cansado  cujo ingredientes são: vinho, pão, gema de ovo e mel. No sec. XXI em zonas do país algumas crianças ainda sejam alimentadas pelas sopas de cavalo cansado.

Alguns estudos afirmam que o acesso limitado e a ausencia à exposição ao alcool é um factor de protecção em relação ao desenvolvimento de problemas associados ao alcool (abuso e dependencia).
As politicas sociais existem contundo aparentam ser insuficientes e retrogradas.

No mundo dos adultos algumas crianças e jovens vulneráveis são ignorados e vitimas da negligência, em prol do interesses económicos.

Mais Vale Prevenir Do Que Remediar



quarta-feira, 9 de junho de 2010

"Adivinha Quanto É Que Eu Gosto De Ti"













Musica do Dia do Pai e do Dia da Mãe. Na escola do Filhote (4/5anos).

"Já pensei dar-te uma flor, com um bilhete, mas nem sei o que escrever.
Sinto as pernas a tremer, quando sorris p`ra mim, quando deixo de te ver.
Vem jogar comigo um jogo, eu por ti e tu para mim.
Fecha os olhos e adivinha, quanto é que eu gosto de ti.

Gosto de ti, desde aqui até à lua.
Gosto de ti, desde a lua até aqui.
Gosto de ti, simplesmente porque gosto.
E é tão bom viver assim.

Ando a ver se me decido, como te vou dizer, como hei-de te contar.
Até já fiz um avião, com um papel azul, mas voou da minha mão.
Vem jogar comigo um jogo, eu por ti e tu por mim.
Fecha os olhos e adivinha, quanto é que gosto de ti.

Gosto de ti, desde aqui até à lua.
Gosto de ti, desde a lua até aqui.
Gosto de ti, simplesmente porque gosto.
E é tão bom viver assim.

Quantas vezes eu parei à tua porta.
Quantas vezes nem olhaste para mim.
Quantas vezes eu pedi que adivinhasses.
Quanto é que eu gosto de ti"


sexta-feira, 4 de junho de 2010

Prevenção um Projecto Comum



Após uma década a trabalhar, num contexto terapêutico designado de Regime Residencial de Internamento,  integrado numa equipa de profissionais, de uma forma comprometida e "apaixonada" apoiámos pessoas dependentes de substâncias lícitas, incluindo o álcool e/ou ilícitas (Adicção) e as suas famílias a escolher novos Rumos de vida promotores de qualidade de vida.

Ao longo deste período extraordinário adquiri conhecimento cientifico e empírico (mentores) sobre a natureza da Adicção (neuro-bio.psico.social e ambiente) e realizei que existia uma lacuna quanto à Prevenção.

Mudança de Horizontes 
Foi então em 2003 que comecei a investigar e a acompanhar pessoas e instituições. Se tinha trabalhado com indivíduos dependentes, onde alguns hoje são pessoas validas e integradas na sociedade, considerei prioritário (re)começar pela génese do problema.  Um dos factores que influenciou esta escolha profissional coincidiu com o nascimento do meu filhote. 

1. Quais os factores (comportamentos) de risco que estão associados ao consumo, ao abuso e à doença (Adicção)?

2. Quais os factores de protecção associados a uma vida com planos, objectivos, resiliência (cognitiva/ emocional) e realização espiritual, não religioso?

Uma das minhas constatações sobre a sociedade portuguesa é de que se falarmos em dependência, junto de pais, escolas e comunidade são todos peremptórios "Prevenção das dependências?!...Sem duvida é uma prioridade..." MAS, uma parte demite-se e negligência quando é convidado a assumir o compromisso em se envolver seriamente nesta matéria tabu, desconhecida e "obscura". Parece que se falarmos abertamente é como se de uma profecia se tratasse. Estamos a antecipar o problema "nas nossas mentes" e ficamos ansiosos.

Uma estratégia de prevenção baseada e incutida, nos jovens, com base no medo, não funciona.

Uma das questões que muitos pais colocam é "João, qual a idade em que falamos sobre esse assunto com os nossos filhos?" A resposta é "Não existe uma idade (marco) que esteja definido como o mais seguro e apropriado, existe sim,  uma atitude corajosa e de compromisso (plano e objectivos) que os pais (ambos) podem adoptar sobre a educação actualizada, construtiva, assertiva com empatia desde o nascimento da criança" Por vezes, também respondo com uma pergunta "Qual a idade em que os pais falam sobre a sexualidade e o sexo com os filhos?" A resposta é idêntica. 

A abordagem que alguns pais e escolas "timidamente" adoptam em relação à educação sexual é encorajar a utilização do preservativo. Pergunto. E a sexualidade?

Qual a reacção dos pais quando "descobrem" que o filho é gay? Qual a reacção da família quando a filha adolescente chega a casa e afirma "Estou gravida!"

Qual a reacção dos pais quando descobrem, na maioria dos casos, tardiamente que o filho/a é "drogado/a" ou que abusa do alcool? 

Sabia que a relação custo-beneficio em relação à prevenção é um investimento arriscado, mas válido e produtivo, cujo retorno é valorizado no Capital Humano?

Quanto custa ao Estado o abuso e a dependência das drogas ilícitas?
Quanto custa ao Estado o abuso e a dependência das drogas lícitas, incluindo o alcool?
Quais os custos sociais do abuso das drogas lícitas e/ou ilícitas?
Qual o "custo" a uma família a dependência de um ou varios membros?

O Cerne da Questão
Sabia que nos EUA gastam-se milhares de dólares, na Prevenção, em estudos científicos, programas, instituições e  técnicos, todavia actualmente não existe um programa eficaz?
Existe a excelência em estudos científicos, em programas, instituições e técnicos MAS não existem garantias.

Contudo, todos afirmam e corroboro essa afirmação "Na realidade o que ainda funciona é a qualidade do relacionamento entre adultos e jovens" - Relações humanas honestas e genuínas.

Em Portugal estamos longe desta realidade. Existem imensas discrepâncias entre aquilo que a grande maioria dos adultos faz e aquilo que ensinam (referencias/modelos). Existe um hiato quase "profano" entre gerações (adultos e jovens). Como se os adultos não fossem responsáveis por isso. Quando se afirma que os jovens são "Isto... e aquilo..." (criticas depreciativos e isentas de responsabilidade) não se constroem relações (pontessaudáveis e eficazes.

É necessário promover o compromisso na relação entre os adultos (mentores) e os jovens capaz de gerar experiências inesquecíveis e transformadoras de competências e talentos (design emocional).

Os jovens portugueses não precisam que os pais adoptem medidas (extremas) proteccionistas e/ou rígidas na educação. Os jovens precisam de ser valorizados e legitimados - confiança, liberdade e aprender com os seus erros (limites).

Os jovens portugueses precisam de competências e talentos que lhes permita escolher o Rumo da suas Vidas nas diferentes fases do seu desenvolvimento.

Simplificando, estes "ingredientes" são o básico para a Prevenção das Dependências independentemente da idade das crianças e dos jovens. Acrescento também...a dos adultos.

Se estiver interessado na Prevenção das Dependências contacte-me atraves do email xx.joao@gmail.com
 Mais Vale Prevenir Do Que Remediar. Não acontece só aos outros...


domingo, 30 de maio de 2010

Notícias sobre o Plano Nacional Redução dos Problemas Ligados ao Alcool 2009-2012


Aproximadamente um ano depois surgiram notícias sobre o Plano Nacional de Redução dos Problemas Ligados ao Alcool 2009-2012 

Algumas Metas do Plano para 2012.

Atenção aos Jovens: Baixar de 34,6% para 30% a prevalência de embriaguez entre os 15 e os 19 anos. Reduzir de 48,3% para 40% a prevalência de binge-drinking nos Jovens.

Baixar de 9,6% para 8 litros: Reduzir de 20,7% em 2007 para 18% a prevalência da embriaguez na população e baixar de 9,6 litros em 2003, para 8 litros em 2012 o consumo per capita.

Alguns jovens com idade abaixo dos 30 anos foi diagnosticado cirrose (doenças do fígado) afirmou o presidente do Instituto da Droga e Toxicodependência.

Adiamento das duas principais medidas
- Aumento dos 16 para os 18 anos a idade legal para o consumo de bebidas alcoólicas.
- Redução de 0,5 para 0,2 a taxa de alcoolemia entre jovens encartados.

O secretario de estado adjunto e da saúde mental, Manuel Pizarro, foi questionado sobre se a decisão de adiar as medidas legislativas não é uma forma de o Governo se demitir das suas responsabilidades e ceder às criticas da industria do álcool. Este afirmou "Este é um plano em que o estado se compromete com metas."
Noticia publicado no Jornal de Noticias no dia 27.05.2010

Comentário:  Sabia que a cirrose é um processo progressivo, Esta doença (relacionada com o abuso do alcool e outras drogas ) surge entre os indivíduos a partir dos 50 anos.  
1. Qual a diferença entre as consequências do álcool e as outras drogas lícitas e/ou ilícitas? 
O Álcool é uma droga. O alcoolismo é um problema de saúde publica, em Portugal. 
Quais os custos das consequências associadas ao álcool para os contribuintes? (saúde, família, incluindo, as crianças, trabalho, legal)?

2. Na "luta" contra a droga o especial ênfase é direccionado às substancias e ao comércio. 
Porque é quanto ao álcool o ênfase são as pessoas, em vez do álcool? O slogan "Seja responsável, beba com moderação" é ineficaz e hipócrita.
Quem são os responsáveis pelas leis? Quem são os responsáveis pelos direitos das crianças (filhos de pais alcoólicos) e dos jovens?  Quem são os responsáveis pelas Universidades e pelos estudos científicos? Quem é o responsável para informar e educar a população portuguesa a fazer escolhas saudáveis? Qual o acordo tácito entre a industria poderosa do álcool e as "mentes brilhantes" deste país?

3. Na noticia os dados divulgados estão em percentagens. 
Quem quer saber de percentagens? Qual o tipo de leitura que um cidadão faz? 
Exige-se a verdade. Onde estão os factos concretos e estudos científicos. 

Como não me revejo numa atitude passiva e apática, como pai, profissional e cidadão livre, reclamo as respostas a estas questões às "mentes brilhantes" sentadas no conforto dos seus "luxuosos" gabinetes? 



terça-feira, 25 de maio de 2010

O Mundo dos Adultos Não É Seguro Para Algumas Crianças Vulneraveis

São incontáveis os casos e situações onde o Mundo dos Adultos Não É Seguro Para Algumas Crianças Vulneráveis.
O tema da Prevenção das Dependências é um fenómeno negligênciado pela maioria dos portugueses.


1. A autoridade máxima da igreja esteve em Portugal, parece não ter sido questionado em relação à pedofilia. Questão: Durante a visita do Papa onde estavam os políticos, os juízes, os deputados, os advogados, os jornalistas portugueses que zelam pelos direitos das crianças?

2. Durante uma sessão de treino os jogadores da selecção portuguesa de futebol ostentavam nas suas camisolas (publicidade) a marca de uma determinada marca de cerveja.  Questão: Como é possível ? É proibido a publicidade de bebidas alcoólicas no desporto. A lei parece ser demasiado permissiva e ineficaz.

3. Somos o único país da Europa, dito civilizado, que adoptou uma lei (permissiva e ineficaz) que permite aos jovens a partir dos 16 anos serem livres de consumirem e abusarem (binge-drinking)  de bebidas alcoólicas. Questão: Qual ou quais os estudos científicos que afirmam, reforçam e promovem o consumo e abuso de bebidas alcoólicas pelos jovens a partir dos 16 anos? Parece que os interesses económicos estão acima dos interesses e direitos das crianças.

Siga a link e comente esta informação:

http://www.deco.proteste.pt/bebidas/alcool-venda-a-menores-de-16-sem-controlo-s600631.htm

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Podemos fechar os olhos, se acontecer algo grave não é uma questão de sorte e/ou azar








Durante uma pesquisa na Internet deparei com uma realidade constrangedora relacionada com a organização de um evento direccionado para os jovens Portugueses. Ao visitar o site reparei que um dos patrocinadores é a marca de uma determinada cerveja portuguesa, entre outras empresas e instituições destaca-se também o apoio da Presidência da Republica.




Evento: Luso 2010 - 4º Encontro de Estudantes e Investigadores Portugueses do Reino Unido.

Vivo numa sociedade que atravessa uma crise de valores morais, (des)respeito pelas crianças, jovens e (des) respeito pelos direitos humanos (democracia). Como profissional, blogger e pai determinado a gerar e a gerir o potencial do meu filhote, sinto que tenho uma obrigação acrescida de fazer perguntas e colocar questões sobre determinados assuntos que considero graves e que aparentam servir os interesses de grupos económicos (Industria poderosa).

Vivemos numa sociedade que promove/permite o consumo e o abuso do alcool, a publicidade e o marketing agressivo (ex. desporto) e resignada ("fecha os olhos") à Lei que permite aos jovens com 16 anos sentirem-se "livres" de consumir álcool. Gostaria de me destacar desse grupo resignado, não me identificando com esta permissividade, apatia e negação.

O que fazem os jovens de 16 anos? Quais as características de um jovem de 16 anos? O que pode acontecer (risco) se um jovem de 16 anos inicia, com amigos, os consumos regulares de álcool? Quais os estudos científicos, os profissionais de saúde e a sociedade (pensante e bípede) que garante que os jovens são "livres" de consumir, e se desejarem, de abusar do alcool, aos 16 anos?

Trabalho com indivíduos que são dependentes do álcool (há 20, 30 anos) e é uma realidade extremamente dolorosa. Convido qualquer cidadão a visitar os centros, instituições e lares onde vivem indivíduos que abusam e são dependentes do álcool. Não "fujam" porque são pessoas, não um "vírus". 
A minha experiência ao longo de 20 anos permite fazer esta afirmação, com uma certa dose de ironia..."Não acontece só aos outros."

Os textos que apresento a seguir, integralmente, são um conjunto de mails que enviei e recebi da Organização  do Luso 2010. Apelo somente a uma leitura reflexiva e construtiva. Se quiser comentar, está convidado.

Ex mos Srs
venho por este meio felicita-los por este tipo de evento direccionado para os Jovens Portugueses - O LUSO2010.

Ao visitar o vosso site na Internet deparei com uma situação anómala e despropositada reveladora da influencia da Industria do Álcool, em Portugal.
Gostaria que respondessem a estas questões, se possível.
 

1. Como é que uma cervejeira aparece a apoiar um evento deste tipo - cujos participantes são jovens?

Como sabem o Alcool é uma droga licita. O Alcoolismo é um problema de saúde publica em Portugal, isto é revelador que somos uma cultura que bebe.


2. Na vossa opinião, consideram  que ao divulgarem e receberem apoios da cervejeira (Industria poderosa do Alcool) estão a contribuir, directa e indirectamente, para o consumo de bebidas alcoólicas pelos jovens portugueses (técnicas agressivas de marketing, de publicidade, e promoção do consumo de bebidas alcoólicas - fidelização à marca)?

Já devem ter ouvido falar sobre o fenómeno (Binge-drinking - Bd) que atinge os jovens, em especial, aqueles que consomem bebidas alcoólicas. Binge-drinking ocorre quando se consome álcool cujo intuito é a intoxicação. Nos homens, o numero de bebidas no Bd, é de 5 ou mais bebidas - seguidas umas às outras e nas mulheres o Bd é de 4 ou mais bebidas seguidas. O Bd pode ocorrer durante vários dias sucessivos ( ex. festas, festivais de musica, eventos sociais, grupo de pares).


3. Na vossa opinião, consideram que podem estar a negligenciar este fenómeno social (entre jovens e adultos) ao colaborarem e receberem apoio da Industria poderosa do Alcool?

Tal como este evento - Luso 2010, sou um profissional que se dedica com compromisso, paixão e profissionalismo às pessoas, aos jovens portugueses, em especial (área da Prevenção das Dependências). 
Convido-os a visitarem os links/blogues de forma a conhecerem a minha missão.

Desde já faço votos que o Luso 2010 seja um sucesso, à parte de serem uma organização, que colabora com a Industria poderosa do Alcool.

Aguardo uma resposta a este email, tão breve quanto possível.

Os meus cumprimentos
 João Alexandre de Sousa Rodrigues
Conselheiro em Comportamentos Adictivos
(Addiction Counselor)

Resposta:
  
"Caro João,
Antes de mais agradecemos e respeitamos a opinião que partilhou connosco relativamente à problemática do alcoolismo. Compreendemos a sua perspectiva e preocupação com certeza fruto, em parte, da sua experiência profissional.
Concordo plenamente consigo que o consumo de álcool nos jovens é sem duvida um problema sério, não só em Portugal mas também aqui no Reino Unido. E sem dúvida que o fenómeno do binge drinking é bastante preocupante e poderá ter inclusivamente consequências bastante graves. Tal como o João, também eu no decorrer da minha experiência profissional lido com as consequências crónicas do alcoolismo, como as cirroses e os traumas resultantes de acidentes de viação sob o efeito de álcool.
No entanto a questão preocupante não se prende com o consumo de álcool mas sim com o consumo exagerado de álcool . Como deve saber, o consumo de álcool em quantidades moderadas e, friso, em quantidades moderadas, é inclusivamente protector de doenças cardiovasculares como apontado por vários estudos, inclusivamente o Framingham Heart Study.
Concordo consigo também quando se refere ao marketing agressivo por parte de várias empresas mas penso que a preocupação aqui prende-se essencialmente com as faixas etárias mais influenciáveis na iniciação do consumo de bebidas alcoólicas, que não acho que seja o caso da população que frequentará este evento.
Para além disso a empresa por detrás da Sagres também apresenta outros produtos como as Águas Luso. Inclusivamente, a Sagres apresenta várias variantes nomeadamente a Sagres Zero, cerveja sem álcool, que apoia a selecção Portuguesa.
Não considero que poder contar com o patrocínio desta empresa influenciará o consumo de álcool por parte dos nossos participantes. A Sagres representa um produto de identificação nacional, como o Vinho do Porto e os pastéis de nata, e daí acharmos pertinente a sua inclusão como patrocinador de um evento de Portugueses fora de Portugal. Não consideramos no entanto que o seu patrocínio vá incentivar o seu consumo ou fidelizar à marca, até porque a Sagres não tem uma representação forte no mercado do Reino Unido.
Aliás como deve estar ao corrente e provavelmente mais informado do que eu, o aumento da problemática do alcoolismo é multifactorial, contribuindo grandemente os factores psico-sociais, e não se pode reduzir meramente a uma questão de disponibilidade física. 
Simpatizamos uniquivocamente com a sua preocupação relativamente ao consumo exagerado de álcool. E de forma alguma o LUSO2010 pretende neglicenciar o fenómeno social do binge drinking ou promover qualquer situação que o favoreça. Não acreditamos no entanto que a agenda e os motivos do LUSO2010 favoreçam ou promovam de alguma forma a sua ocorrência, uma vez que um dos objectivos deste evento é o networking para o qual é fundamental a integridade das capacidades mentais.
Ao dispor.
Pela organização do LUSO2010,"
Vera Barbosa
Resposta:
Bom dia
Desde já agradeço a sua resposta ao email e respeito a sua perspectiva.
Obviamente que discordo com a sua posicão. 


A minha missão é alertar a sociedade portuguesa (factos cientificos e empiricos) para determinadas praticas (falta de Ética) que promovem e reforçam o consumo, o abuso e a dependencia das drogas licitas, incluindo o alcool e a nicotina, e as drogas ilícitas.


Faço aqui um apelo: Dedique algum do seu tempo a informar-se sobre esta tematica. Estou disponível.
As crianças são um tesouro demasiado precioso (potencial) para ser negligênciado, em detrimento de interesses económicos, associações e profissionais.


Sucessos para o Luso 2010 e que os JOVENS, sejam os principais beneficiados, com o evento.

 
Portugal precisa de "Capital Humano" criativo e dedicado.
Os meus cumprimentos

João Alexandre Rodrigues
Addiction Counselor
(Art of Counseling)