sábado, 8 de setembro de 2007

A Prevenção Continua Depois do Nascimento


Sabemos que se uma mãe consumir substancias alteradoras do humor durante o período da gravidez afecta o seu filho/a. Defeitos e deformações de nascença podem ser atribuídas ao uso de álcool e outras drogas pelos pais antes e durante a gravidez. O Dr. Carlton Fredericks diz” “Inúmeras drogas atravessam a barreira da placenta e muitas delas podem ser prejudiciais.”

Segundo o manual Merck: Saúde para a Família “A maioria das mulheres grávidas faz uso de algum tipo de droga (medicamento ou drogas lícitas ou ilícitas). O Centers for Disease Control and Prevention e a Organização Mundial da Saúde estimam que mais de 90% das mulheres grávidas fazem uso de medicamentos controlados ou de venda livre, drogas sociais (por ex., tabaco e álcool) ou drogas ilícitas.
Os medicamentos e as drogas são responsáveis por 2 a 3% de todos os defeitos congénitos. A maioria dos outros defeitos congénitos tem causa hereditária, ambiental ou desconhecida. As drogas passam da mãe para o feto sobretudo basicamente através da placenta, a mesma via utilizada percorrida pelos nutrientes para o crescimento e desenvolvimento do feto.
Na placenta, as drogas e os nutrientes presentes no sangue da mãe atravessam uma membrana fina, a qual separa o sangue da mãe do sangue do feto. As drogas que uma mulher utiliza durante a gravidez podem afectar o feto de várias maneiras: • Actuando directamente sobre o feto, causando lesão, desenvolvimento anormal ou morte • Alterando a função da placenta, geralmente contraindo os vasos sanguíneos e reduzindo a troca de oxigénio e nutrientes entre o feto e a mãe • Causando contracção forçada da musculatura uterina, lesando indirectamente o feto através da redução de seu suprimento sanguíneo.

Como as Drogas Atravessam a Placenta
Na placenta, o sangue materno passa pelo espaço (espaço interviloso) que envolve os vilos (projecções diminutas) que contêm os vasos sanguíneos do feto. O sangue materno que se encontra no espaço interviloso é separado do sangue do feto que se encontra nos vilos pela membrana placentária (uma membrana fina). As drogas presentes no sangue da mãe podem atravessar essa membrana, passando para os vasos sanguíneos dos vilos e passam através do cordão umbilical até o feto”

Relato de uma mãe
“Pouco depois dos meus filhos nascerem, comecei a medica-los com todo o tipo de drogas. Eu era, no verdadeiro sentido da palavra, uma instigadora da droga. Dava aos meus filhos fenobarbital para as cólicas, medicamentos para os problemas de dentição, aspirina efervescente para a febre, descongestionantes paras as constipações e xaropes para a tosse. Os meus filhos cresceram sabendo que quando tivessem uma dor de cabeça, uma dor de barriga, tosse ou febre, eu tentaria resolver o problema com uma droga qualquer.

Durante esse tempo, os meus filhos também me viram comprar, regularmente, medicamentos com e sem receita medica. Passei-lhes uma mensagem muito clara; se sentirem mal, física ou emocionalmente, tomem um medicamento. Sentir-se-ão melhor. Achava que estava a fazer coisa certa, pensei que estava a ajudar. Agora sei que muitos dos medicamentos que dei aos filhos continham cafeína ou álcool – eram produtos químicos alteradores do comportamento!
Existem medicamentos que não contem álcool nem cafeína. Como todos os anos são lançados no mercado, medicamentos novos, e cada criança pode reagir de maneira diferente a cada droga, os pais devem consultar o seu medico antes de medicar os seus filhos.

Dar atenção antes de medicar
Não devemos medicar imediatamente os nossos filhos. Quando eles se queixam de uma dor física ou emocional, passe algum tempo com eles antes de se dirigir ao armário dos medicamentos, dê-lhes atenção antes de os medicar. Se tiverem dores de cabeça ou febre, aconselhamos que os deite num local sossegado e lhes ponha uma toalha fresca sobre a testa. Dê-lhes agua ou sumo. Enquanto esta sentada com eles faça algumas perguntas sobre o que passa na vida deles.
Quando os meus filhos se queixavam de dores físicas, estas estavam muitas vezes ligadas a determinada crise nas suas vidas. Tinham problemas com os amigos, com a escola, com os professores ou comigo. Descobri que a dor emocional das crianças pode transformar-se em dor física por causa da dificuldade que eles têm em exprimir os seus pensamentos e sentimentos.
Se o seu filho continuar a queixar-se depois destes cuidados, consulte um medico. nunca medique por iniciativa própria, pois isso pode disfarçar sintomas de um problema de saúde grave.
Sugerimos as seguintes normas em relação a medicamentos:

Pergunte ao seu medico como tratar o seu filho sem usar medicamentos; pergunte o que pode fazer a respeito de dietas, vaporizadores, massagens, etc.

Não deixe de informar o medico de todos os medicamentos que o seu filho estiver a tomar na altura. Alguns medicamentos podem ser perigosos quando tomados juntamente com outros.

Não dê ao seu filho medicamentos receitados por outra pessoa.

Procure uma farmácia de confiança para aviar os medicamentos.

Faça perguntas sobre o medicamento receitado. Pergunte como deve ser tomado (a que horas, com ou sem alimentos) durante quanto tempo e se produz efeitos secundários.

Siga com rigor as doses prescritas.

Se o seu medico receitar ao seu filho um medicamento que possa alterar o comportamento ou causar dependência, peça-lhe que mude a medicação, se possível. Se o medico se recusar fazê-lo, procure uma segunda opinião.

Os pais de jovens em recuperação da dependência de drogas devem estar especialmente alerta em relação aos medicamentos que os seus filhos estão a tomar. Medicamentos receitados que possam alterar o comportamento podem levar a uma recaída.

A prevenção inclui evitar outras substancias químicas que alterem o comportamento.
A cafeína e a nicotina, embora não sejam geralmente considerados como tal, são alteradoras do comportamento. Agem como estimulantes dos sistema nervoso central e alteram as funções químicas do organismo. Adultos e pais que usem nicotina ou cafeína podem sentir ansiedade, comportamento hiperactivo e ou outras alterações emocionais.

Visitamos uma família na Geórgia, EUA, cujo filho de uma ano andou toda a noite com um biberão na mão, cheio de Coca-Cola com cafeína. A criança corria pela sala, puxava pela roupa da mãe, gritava para chamar a atenção, atirava brinquedos e jornais pelo ar e batia nos moveis como biberão.
A mãe virou-se para nós e disse:
- Já não sei o que fazer com ele, porta-se cada vez pior, e ultimamente não dorme.

Perguntamos-lhe:
- Não acha que a cafeína na Coca-Cola pode estar a causar-lhe esta hiperactividade?
A mãe respondeu imediatamente, quase em pânico:
- Não, não pode ser isso!
A sua reacção era compreensível. Se ela reconhecesse que era a cafeína na Coca-Cola do filho que causava o seu comportamento hiperactivo, teria de retirar a Coca-Cola, e isso causaria toda uma serie de problemas.

A cafeína e a nicotina causam dependencia. Estudos recentes mostram que as pessoas que deixam de usar estas substancias apresentam sintomas de abstinência psicológicos e físicos; incluindo dores de cabeça, tonturas, fadiga, náuseas, irritabilidade e ânsias. Vários adolescentes disseram-nos que bebiam seis ou mais latas de Coca-Cola por dia. Cada lata de três decilitros e meio contém de trinta e dois a trinta e oito miligramas de cafeína. Para muitos destes adolescentes, esta quantidade de cafeína era o principio da dependência a produtos químicos alteradores do comportamento.


O açúcar pode ser uma substancia alteradora do comportamento.
Ouvimos por todo o país opiniões controversas sobre os efeitos dos alimentos dos aditivos, conservastes e outras substancias adicionadas aos alimentos. Há uma substancia , porém sobre a qual muitos concordam que causa um vasto leque de problemas, particularmente entre os nossos filhos. Essa substancia é o açúcar.
Seguem-se excertos de uma artigo publicado no jornal Dallas Times Herald. Este artigo reflecte as crenças e as opiniões de muitos pais e profissionais com quem falamos.

“Escola faz uma estudo importante sobre os efeitos do açúcar
Um rapaz do nono ano tinha excesso de peso, problemas de comportamento nas aulas e mau aproveitamento escolar.
Numa reunião com os pais, o director começou a fazer perguntas sobre a sua alimentação. Quando lhe disseram que comia muitos doces, o director , calmamente, chamou a atenção para o facto de que a alimentação de uma criança pode afectar o seu comportamento.
O açúcar, em especial pode contribuir para um comportamento hiperactivo e graves alterações de humor."
Alexander Schauss, director do Instituto Americano de pesquisa Biossocial acredita que muitos adolescentes e pre-adolescentes viram-se para a droga e para o álcool para se sentirem melhor, visto a sua alimentação deficiente os fazer sentir mal.
“Quando uma quantidade de açúcar nos refrigerantes e adicionada aos cereais adocicados, aos rebuçados, ao açúcar do ketchup, dos alimentos enlatados e processados, é normal as crianças consumirem o equivalente a cinquenta ou noventa colheres de açúcar por dia.
Isto faz com que o nível do sangue suba e desça, á medida que o organismo tenta queimar o excesso de sangue. Estas “subidas e descidas” podem causar alterações de comportamento, de uma sensação de euforia para uma sensação de cansaço e depressão."
“E uma realidade cientificamente conhecida que os hidratos de carbono, tais como o açúcar refinado, esgotam o nível de vitamina B-1, uma vitamina essencial para manter a integridade do sistema nervoso central” diz Schauss.
“Não é de admirar que uma alimentação altamente rica em hidratos de carbono propicie agressão, hostilidade, irritabilidade, incapacidade de controlar as emoções e a violência”.

“Os Nosso Filhos Livres da Droga” de William Perkins e Nancy Perkins

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