“A nutrição era mal compreendida, ignorada ou simplesmente rejeitada, pois não era considerada relevante nos problemas da droga. Agora num período de tempo relativamente curto tornou-se um componente aceite, tanto na prevenção como na recuperação do abuso de drogas. Os profissionais de saúde que usam a nutrição para a prevenção e tratamento incluem médicos, psicólogos e conselheiros de jovens e pedagogos.
A Dr.a L. Ann Mueller e Katherine Ketcham, no seu livro “Eating Right to Live Sober” - (Comer Bem para Viver Sóbrio), dizem:
“ O poder de uma alimentação nutritiva e dos suplementos vitamínicos e sais minerais na cura e na saúde dos alcoólicos em recuperação é definida tanto pela investigação como pela experiência clinica”.
A Dr.a L. Ann Mueller e Katherine Ketcham, no seu livro “Eating Right to Live Sober” - (Comer Bem para Viver Sóbrio), dizem:
“ O poder de uma alimentação nutritiva e dos suplementos vitamínicos e sais minerais na cura e na saúde dos alcoólicos em recuperação é definida tanto pela investigação como pela experiência clinica”.
A investigação relaciona solidamente a alimentação á saúde, tanto mental como física, e as provas crescentes apontam que o que comemos influencia directamente o que pensamos e sentimos. Uma quantidade substancial de pesquisas e documentação valoriza a nutrição como meio de prevenir o abuso de bebidas alcoólicas e de drogas. Já em 1949 o Dr. Roger J. Williams, um bioquímico da Universidade do Texas, demonstrou que os animais de laboratório escolheriam o álcool se certas vitaminas fossem retiradas da sua alimentação. Quando as vitaminas foram novamente incluídas na alimentação, os animais deixaram de beber álcool.
O Dr. Williams diz: “ Se tomarmos em consideração todos os factos que associam o alcoolismo a factores bioquímicos e a deficiências de nutrição, torna-se claro que sejam quais forem as medidas que tomemos para prevenir o alcoolismo, não se pode negligenciar a alimentação”.
A Nutrição como Instrumento para os Pais
A pratica da nutrição como técnica de prevenção contra a drogas é uma ideia finalmente aceite. Os pais podem dar uma boa alimentação a toda a família e ajudar os filhos a reduzirem o risco de virem a ter problemas com a droga.
Seguem-se algumas sugestões para um programa de alimentação familiar que irão ajudar á prevenção contra o álcool e as drogas:
Ler os Rótulos
Hoje em dia , ler os rótulos dos alimentos é uma necessidade para praticar uma boa alimentação. Por vezes, nem sequer sabemos se o que estamos a comer é de facto comida ou apenas aparentado com a comida.
Prefira os alimentos que tenham sofrido o menor numero de transformações na sua produção
O Dr. Lendon Smith diz: “ Se um alimento foi embalado, processado, adicionado, estabilizado, emulsificado, colorido ou conservado, não há duvida que é antinatural”
No Texas, um especialista de prevenção contou-nos a seguinte historia sobre uma experiência que tivera com aditivos e conservantes:
- Um dia, no emprego, um amigo meu veio ate a minha secretaria e ofereceu-me um bolo embalado. Em vez de o comer de imediato, coloquei-o na gaveta da secretaria com a intenção de o comer mais tarde. Esqueci-me completamente da existência do bolo que, a pouco e pouco, foi ficando cada vez mais próximo do fundo da gaveta. Um ano mais tarde, quando estava a arrumar a gaveta encontrei o bolo. Quando o tirei da embalagem e o apertei, estava tão fofo e de aspecto tão fresco como no dia em que me foi dado!
Isto faz-nos pensar que efeito os aditivos e conservantes terão no nosso organismo, se conseguem manter um bolo fofo durante um ano inteiro.
Use produtos integrais em vez de produtos refinados
A farinha refinada e o arroz branco são destituídos da maioria dos seus nutrientes durante o processo de refinação. Poucos deste nutrientes são restituídos com o “enriquecimento” deixando os produtos feitos com farinha refinada deficiente em termos nutritivos.
O pão, nas massas, o arroz e a cevada cem por cento integrais são excelentes fontes de proteínas, alem de conterem muitos outros nutrientes. Cereais integrais, incluindo a aveia, o arroz, e o trigo são bons para o pequeno almoço quando não os enchemos de açúcar. Encontram-se produtos integrais em lojas de alimentos naturais e podem ser adquiridos a baixos preços, em maior quantidades, em cooperativas alimentares.
Sirva sumos de fruta naturais em vez de refrigerantes
Isto pode trazer duas vantagens nutritivas. Em primeiro lugar, elimina-se muito açúcar, cafeína, corantes e aditivos. Em segundo, substituem-se essas substancias potencialmente prejudiciais por alimentos saudáveis.
Utilize adocicantes naturais em vez de açúcar refinado
O mel contem algumas vitaminas e é absorvido mais lentamente pelo organismo. Quase isento de pesticidas, tem relativamente poucos sabores, corantes e conservantes artificiais. No entanto o mel é muito doce, por isso deve ser usado com moderação. Visto o mel conter esporos de bactérias que podem afectar as crianças, é melhor falar com um pediatra antes de dar mel a uma criança com menos de um ano.
Utilize os legumes como fonte de proteínas
As lentilhas, as ervilhas, o feijão e outro legumes são excelentes fontes de proteínas, sais minerais e vitaminas, e têm relativamente poucos produtos químicos. Constituem refeições deliciosas, baratas e de fácil preparação.
Sirva carne e aves sem produtos químicos
Parece impossível comprar carne e aves que não estejam cheias de antibióticos e hormonas que foram dadas aos animais para lhes estimular o crescimento, mas consegue-se. Alguns talhos vendem carne e aves sem produtos químicos. Se não as encontrar no seu talho, informe-se onde se vende carne e aves sem aditivos.
Sirva frutos secos e sementes
As crianças, geralmente adoram sementes de girassol, sementes de abóbora, amendoins, amêndoas e caju. Todos estes alimentos são boas fontes de proteínas. Os frutos secos e as sementes constituem um bom lanche , e podem ser misturados em assados, saladas, vegetais e pratos quentes.
Sirva lanches saudáveis
Estimule toda a família a comer muita fruta fresca e vegetais crus, que são um a fonte de vitaminas e de fibras. Sempre que possível, dirija-se a sua cooperativa local e compre frutas e vegetais cultivados de forma natural. No cultivo natural não são utilizados pesticidas. Se servir lanches á base de pão ou de bolachas integrais, manteiga de amendoim, queijo e pipocas, em vez de biscoitos, batatas fritas ou doces, irá enriquecer a alimentação das sua família.
Esta mudança na alimentação eliminará os factores negativos e acentuará os positivos. Eliminando a comida industrial, a alimentação será mais sã e os seus filhos mais saudáveis.
Os adolescentes precisam de uma nutrição saudável.
Todas as pessoas precisam dos mesmos nutrientes na sua alimentação, mas algumas precisam de mais do que outras. Cada indivíduo tem a sua própria bioquímica, mas os estilos de vida das pessoas variam, alimentação também.
As formas de stress também são diferentes. Segundo o Dr. Lyndon Smith, uma das maiores fontes de stress nos adolescentes é a pressão por parte do grupo de amigos. Problemas de ajustamento e problemas socioeconomicos também podem criar stress nos adolescentes. Os factores de stress fazem baixar o nível de açúcar no sangue, as glândulas supra renais são forçadas a produzir mais cortisona e adrenalina exigem um reabastecimento constante dos nutrientes consumidos.
No seu livro “ Can the Alcoholism be Prevented?” ( O Alcoolismo Pode Ser Evitado?), o Dr. Roger J. Williams diz que com uma alimentação correcta e bem proporcionada e um suplemento diário de vitaminas e sais minerais, a tendência para o abuso de álcool pode ser reduzida.
Quando começámos a alterar a alimentação dos nossos filhos, em nossa casa, principiamos com os doces, alimentos industrializados e refrigerantes. Dissemo-lhes: “Decidimos deixar de comprar doces, alimentos industrializados e refrigerantes com cafeína e açúcar. Se querem essas comidas e bebidas , terão que as comprar com o vosso dinheiro.”
A principio, os nossos filhos não gostaram destas alterações, mas nós mantivemo-nos firmes, sem deixar de lhes explicar as razões da nossa atitude. Pensamos que um dos muitos efeitos positivos de dar uma boa alimentação aos nossos filhos é a redução do risco de problemas com o álcool e outras drogas. Só este efeito positivo é suficiente para impor a pratica de uma boa nutrição."
“Os Nossos Filhos Livres da Droga” - William Mack Perkins e Nancy Mcmurtie-Perkins
Portugal é o segundo pais europeu com maior prevalência de excesso de peso e obesidade em crianças. A situação na Região não é excepção à regra.
Portugal é o vice-campeão europeu da obesidade infantil. Um tema que está à preocupar, em grande escala, as autoridades de Saúde ao nível mundial, mas sobretudo em Portugal.
Entre 1970 e 2002, o peso das crianças portuguesas aumentou mais do que a altura. Actualmente, cerca de 32 por cento das crianças portuguesas entre os sete e os nove anos têm excesso de peso, ou sofrem mesmo de obesidade. Os dados surgiram de um estudo realizado pela Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto.
Um estudo realizado no Reino Unido afirma que alguns dos aditivos utilizados em alimentos e bebidas, essencialmente bebidas gasosas, gomas, chocolates e aperitivos, podem aumentar a hiperactividade nas crianças.
A investigação para a agência de segurança alimentar britânica, cuja conclusão foi publicada na revista científica “The Lancet”, acompanhou dois grupos no total de 297 crianças com idades compreendidas entre os três e oito anos.
A um grupo foi dado um cocktail com aditivos alimentares normalmente presentes na alimentação e ao outro apenas sumo de fruto, sendo possível observar que as crianças que receberam o cocktail manifestavam mais hiperactividade.
Os cientistas destacaram os comportamentos impulsivos e as dificuldades de concentração em especial na leitura, cujos efeitos desfavoráveis não foram apenas constatados em crianças com hiperactividade, mas também «na população em geral», afirma um dos intervenientes do estudo.
Os aditivos utilizados são o conservante benzoato de sódio, identificado na lista da União Europeia (UE) como E211 e alvo de um alerta também por uma pesquisa realizada na Grã-Bretanha, para além de diferentes corantes alimentares, todos autorizados pela UE.
Os componentes em questão são utilizados para melhorar a conservação, o gosto e aspecto dos alimentos, ou ainda para alterar a cor.
Comentário: Também reforço a importância de uma alimentação saudável e diversificada. Através da minha experiência profissional constatei que existem muitos casos de adictos/as ao álcool e ou outras drogas que quando recaem e voltam a usar substancias, a maioria afirma que entre os aspectos ligados à manutenção da sua abstinência, que negligenciaram, era o descuido em relação à uma alimentação saudável. Também constato, que após a fase inicial de recuperação / abstinência muitos adictos/as tornam se obesos, descurando uma alimentação saudável, bem como, confrontando-se com emoções negativas em relação às suas atitudes e comportamentos disfuncionais em relação á comida, afectando significativamente a sua qualidade de vida.
Tal como foi referido no artigo, um dos problemas que a maioria dos adolescentes atravessa, nessa fase das suas vidas, são a pressão do seu grupo de pares. Sabemos que a obesidade pode afectar a auto-imagem e a auto estima dos adolescentes que por vezes atravessam fases conturbadas e difíceis no seu desenvolvimento fisico e emocional e espiritual. Se um/a jovem obeso for sujeito a criticas severas e julgamentos depreciativos , relativamente ao seu corpo, pelo seu grupo de pares e ou pessoas significativas (ex. familiares) e não tiver apoio pode adoptar comportamentos de risco e abusar de álcool e ou drogas.
Todas as pessoas precisam dos mesmos nutrientes na sua alimentação, mas algumas precisam de mais do que outras. Cada indivíduo tem a sua própria bioquímica, mas os estilos de vida das pessoas variam, alimentação também.
As formas de stress também são diferentes. Segundo o Dr. Lyndon Smith, uma das maiores fontes de stress nos adolescentes é a pressão por parte do grupo de amigos. Problemas de ajustamento e problemas socioeconomicos também podem criar stress nos adolescentes. Os factores de stress fazem baixar o nível de açúcar no sangue, as glândulas supra renais são forçadas a produzir mais cortisona e adrenalina exigem um reabastecimento constante dos nutrientes consumidos.
No seu livro “ Can the Alcoholism be Prevented?” ( O Alcoolismo Pode Ser Evitado?), o Dr. Roger J. Williams diz que com uma alimentação correcta e bem proporcionada e um suplemento diário de vitaminas e sais minerais, a tendência para o abuso de álcool pode ser reduzida.
Quando começámos a alterar a alimentação dos nossos filhos, em nossa casa, principiamos com os doces, alimentos industrializados e refrigerantes. Dissemo-lhes: “Decidimos deixar de comprar doces, alimentos industrializados e refrigerantes com cafeína e açúcar. Se querem essas comidas e bebidas , terão que as comprar com o vosso dinheiro.”
A principio, os nossos filhos não gostaram destas alterações, mas nós mantivemo-nos firmes, sem deixar de lhes explicar as razões da nossa atitude. Pensamos que um dos muitos efeitos positivos de dar uma boa alimentação aos nossos filhos é a redução do risco de problemas com o álcool e outras drogas. Só este efeito positivo é suficiente para impor a pratica de uma boa nutrição."
“Os Nossos Filhos Livres da Droga” - William Mack Perkins e Nancy Mcmurtie-Perkins
Portugal é o segundo pais europeu com maior prevalência de excesso de peso e obesidade em crianças. A situação na Região não é excepção à regra.
Portugal é o vice-campeão europeu da obesidade infantil. Um tema que está à preocupar, em grande escala, as autoridades de Saúde ao nível mundial, mas sobretudo em Portugal.
Entre 1970 e 2002, o peso das crianças portuguesas aumentou mais do que a altura. Actualmente, cerca de 32 por cento das crianças portuguesas entre os sete e os nove anos têm excesso de peso, ou sofrem mesmo de obesidade. Os dados surgiram de um estudo realizado pela Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto.
Um estudo realizado no Reino Unido afirma que alguns dos aditivos utilizados em alimentos e bebidas, essencialmente bebidas gasosas, gomas, chocolates e aperitivos, podem aumentar a hiperactividade nas crianças.
A investigação para a agência de segurança alimentar britânica, cuja conclusão foi publicada na revista científica “The Lancet”, acompanhou dois grupos no total de 297 crianças com idades compreendidas entre os três e oito anos.
A um grupo foi dado um cocktail com aditivos alimentares normalmente presentes na alimentação e ao outro apenas sumo de fruto, sendo possível observar que as crianças que receberam o cocktail manifestavam mais hiperactividade.
Os cientistas destacaram os comportamentos impulsivos e as dificuldades de concentração em especial na leitura, cujos efeitos desfavoráveis não foram apenas constatados em crianças com hiperactividade, mas também «na população em geral», afirma um dos intervenientes do estudo.
Os aditivos utilizados são o conservante benzoato de sódio, identificado na lista da União Europeia (UE) como E211 e alvo de um alerta também por uma pesquisa realizada na Grã-Bretanha, para além de diferentes corantes alimentares, todos autorizados pela UE.
Os componentes em questão são utilizados para melhorar a conservação, o gosto e aspecto dos alimentos, ou ainda para alterar a cor.
Comentário: Também reforço a importância de uma alimentação saudável e diversificada. Através da minha experiência profissional constatei que existem muitos casos de adictos/as ao álcool e ou outras drogas que quando recaem e voltam a usar substancias, a maioria afirma que entre os aspectos ligados à manutenção da sua abstinência, que negligenciaram, era o descuido em relação à uma alimentação saudável. Também constato, que após a fase inicial de recuperação / abstinência muitos adictos/as tornam se obesos, descurando uma alimentação saudável, bem como, confrontando-se com emoções negativas em relação às suas atitudes e comportamentos disfuncionais em relação á comida, afectando significativamente a sua qualidade de vida.
Tal como foi referido no artigo, um dos problemas que a maioria dos adolescentes atravessa, nessa fase das suas vidas, são a pressão do seu grupo de pares. Sabemos que a obesidade pode afectar a auto-imagem e a auto estima dos adolescentes que por vezes atravessam fases conturbadas e difíceis no seu desenvolvimento fisico e emocional e espiritual. Se um/a jovem obeso for sujeito a criticas severas e julgamentos depreciativos , relativamente ao seu corpo, pelo seu grupo de pares e ou pessoas significativas (ex. familiares) e não tiver apoio pode adoptar comportamentos de risco e abusar de álcool e ou drogas.
"Nós somos aquilo que comemos..."
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