quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Os interesses financeiros na industria do alcool: A verdadeira crise


Uma notícia referia o seguinte - Retorno no patrocínio ao futebol na época 08/09 a uma empresa de telecomunicações o resultado do investimento efectuado registou um valor de 154 milhões de euros. Esta operadora cresceu 71%, imediatamente a seguir uma determinada marca de cerveja com 93% e um banco com 5%.
Segundo a mesma notícia, o retorno no ano passado à determinada marca de cerveja, o resultado desse investimento no patrocínio no futebol referia um valor de 151,3 milhões de euros.

As conclusões constam de uma empresa de estudos de mercado que analisou 1200 meios de comunicação (ex. televisão). As 11 maiores marcas, onde consta algumas cervejeiras, obtiveram um retorno total de 797 milhões de euros um valor que representa um aumento de 14%.

Depois de tomar conhecimento sobre estes valores astronómicos, obviamente testemunho impotente às “guerras entre as cervejeiras”, e os danos colaterais “escondidos” – marketing (publicidade agressiva) e as leis permissivas em função dos interesses dos “senhores da guerra”. Esta situação (oferta desproporcionada) provoca um aumento dos jovens (procura novas emoções) que abusam do álcool.

E qual o retorno na publicidade nos meses de verão, nos festivais de musica, onde o publico alvo é jovem sendo a altura do ano onde se consome mais cerveja?

Por ex. nos festivais de verão e nos jogos de futebol são os locais onde os jovens podem bebem até à embriaguez (intoxicação aguda) que afecta a capacidade de raciocínio, as decisões e o auto controlo. Existe também o fenómeno do consumo esporádico excessivo (binge drinking) que é o consumo que ultrapassa as 5/6 bebidas no homem e a 4/5 bebidas na mulher numa só ocasião e num espaço de tempo definido. Estará o álcool relacionado com a violência observada no futebol, por ex. as claques? Longe dos pais (monitorização) prevalecem as “regras” dos grupos de pares. Na intoxicação aguda, os jovens apresentam uma desinibição dos seus impulsos, por ex. sexuais, uso drogas ilícitas, comportamentos violentos e interfere na coordenação motora (ex. acidentes de viação). De salientar que no caso do sexo feminino estão mais vulneráveis (vitimas) de vários tipos de abuso.

Existem slogans hipócritas para quando se beber, ser responsável. Qual o efeito deste slogan nos jovens? Na minha opinião, absolutamente nulo.
Os lucros financeiros da indústria do álcool prevalecem e sobrepõem-se às evidências. Em Portugal, o abuso e o alcoolismo atingem proporções alarmantes e os jovens são o alvo da indústria do álcool - fidelização à marca. O álcool é uma droga lícita.

Outra questão a salientar.Quanto gasta o estado, os contribuintes, em relação às consequências negativas do álcool, nos sistemas de saúde, da segurança social e no sistema de justiça?
Aguardamos impotentes os “ventos” da mudança na crise.

Sem comentários:

Enviar um comentário