segunda-feira, 2 de março de 2015

"Eu fumo tu fumas"



Não fumar é que está a dar. Ao livrar-se da dependência está a contribuir para a qualidade de vida de todos na sua família, incluindo as crianças

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Queremos as coisas, mas não sabemos negociar; a raiva é a única opção.


A imagem desta fotografia é elucidativa quanto à forma como a raiva e o ressentimento, são expressados através de manifestações agressivas, intimidadoras, controladoras e manipuladoras que podem afectar negativamente a dinâmica na família com consequências devastadoras a médio e a longo prazo.

O pai grita com mãe, o pai e a mãe gritam com o filho, e o filho manifesta a sua raiva (com a utilização do martelo) destruindo os seus brinquedos preferidos.
A raiva é um sentimento poderoso que nos proporciona a falsa sensação de poder e protecção. Em raiva (explosão) é-nos permitido insultar, castigar e em último caso agredir verbal e fisicamente.
Será possível expressarmos a raiva sem ser de uma forma explosiva e impulsiva com consequências negativas para a família? A resposta é sim. O problema não é a raiva, mas a forma como gerimos os sentimentos dolorosos e os conflitos.

 Algumas questões importantes na gestão da raiva:
Sabia que a vergonha (crenças rígidas e perfeccionistas) é um dos factores associados à "explosão" da raiva.
  • Quais são as suas expectativas na gestão dos seus sentimentos dolorosos e os conflitos?
  • Quais são as suas expectativas como membro da família?
  • Quais são as suas expectativas na resolução e gestão de conflitos?
  • Você anda stressado/a há vários meses? Anos? E não possui um plano de redução da ansiedade, dos impulsos, dos conflitos e gestão do tempo?

Facilmente nos iludimos. Colocamos expectativas elevadas e desproporcionadas sobre nós próprios e outros à nossa volta; pensamos que lideramos pela intimidação, manipulação e pelo controlo. Apesar das nossas melhores intenções, na maioria das vezes, queremos as coisas à nossa maneira, temos sempre razão, ansiamos pela resolução imediata e milagrosa dos problemas do dia-a-dia, antecipamos cenários catastróficos sobre o futuro e ao longo deste processo disfuncional vamos sabotando a comunicação honesta, a auto estima, a escuta activa, o respeito e a individualidade, a intimidade e a cumplicidade nos relacionamentos.
  
Caso você tenha problemas com "explosões" de raiva e deseja investir na literacia emocional procure orientação. Envie email para xx.joao@gmail.com

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Desigualdades sociais; a política, a economia e a prevenção das dependências




  • Segundo uma notícia divulgada no jornal Expresso, refere que Portugal ocupa uma das piores posições, comparativamente aos outros países da União Europeia (U.E.) sobre a justiça social. E como é que se mede? Pela pobreza, os cuidados de saúde e o acesso ao mercado de trabalho. O ranking foi publicado pela fundação alemã Bertelsmann que comparou vários indicadores estatísticos de cada país da U.E. concluindo que, nos últimos anos, a injustiça social tem vindo a aumentar em geral.
  • O Instituto Nacional de Estatística revela que segundo o Índice de bem-estar as famílias sentem-se mais vulneráveis a nível económico (por exemplo, diferenças salariais, menos rendimento).
  • Segundo um questionário realizado pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra revela que 35% dos casais com filhos criam conflitos em torno de questões financeiras. Cerca de 80% referem que a crise afectou significativamente o orçamento familiar e mais de 25% procuram o médico por problemas emocionais, de ansiedade e insónia.
  • Segundo o relatório da Unicef revela que a recessão, desde 2008, contribuiu para o empobrecimento de 2.6 milhões de crianças (abaixo do limiar de pobreza) nos países mais ricos, aumentando assim para 76,5 milhões de crianças probres no Mundo desenvolvido.
  • Segundo o Instituto Nacional de Estatística, em 2013 a pobreza atinguiu 30% das crianças portuguesas.
  • De 24 países analisados pela UNICEF, Portugal é o que apresenta maior taxa de pobreza das crianças, mesmo após a atribuição de subsídios.
  • Segundo uma revelação do Credit Suisse – “Global Wealth Report, 2014” Portugal tem mais de 10 mil milionários. Este relatório avalia os índices de riqueza no Mundo. Eis alguns números, preocupantes. Trinta e cinco (35) milhões de milionários (mais de 789 mil euros) representam 0,7 da população adulta, acumulam 44% da riqueza mundial. No sentido oposto, 3,3 mil milhões de pessoas vivem com menos de 7, 9 mil euros, representa 69,8% da população e apenas com 2,9% da riqueza mundial. Segundo o mesmo relatório, em Portugal, 10% dos mais ricos possuem 58,3% da riqueza (mais 2,3 pontos percentuais desde 2007).

Infelizmente, não é uma novidade, porque a sociedade portuguesa sempre foi marcada pela negativa quanto às desigualdades sociais; pobreza, injustiça social e desemprego. Também sabemos, pela experiência, que as crises acentuam o fosso entre ricos e pobres. São os ricos que beneficiam com a crise. As desigualdades sociais contribuem para prejudicar uns (pobres) e para beneficiar outros (ricos).
As desigualdades sociais, o fosso entre os ricos e os pobres, fomentam a pobreza, a injustiça social e o desemprego, fenómenos associados à venda (oferta) e o consumo (procura) de drogas ilícitas.

Alguns factores de risco associado às desigualdades sociais:
  • Comportamentos caracterizados por rebelião e alienação face às normas sociais instituídas.
  • Grupos que apresentam comportamentos relacionados com o abuso de drogas, lícitas e/ou ilícitas, ou comportamentos anti-sociais; actividades ligadas à delinquência.
  • Desorganização na estrutura familiar na gestão de problemas, atitudes parentais que oscilam entre a excessiva severidade, a inconsistência e a ausência de monitorização da disciplina nos filhos. Alguns exemplos, violência domestica, abuso físico, emocional e sexual.
  • Historial familiar com antecedentes de abuso e/ou dependência de drogas e actividades ilícitas. Estas famílias podem promover o consumo de drogas junto das crianças em idade pré adolescente.
  • Insucesso escolar, ausência de valores e competências sociais.
  • Acesso fácil (oferta/procura) às drogas lícitas, incluindo o álcool, e/ou ilícitas 


Algumas das crianças portuguesas, apesar de sonharem durante a infância, quando atingem a idade adulta não têm um futuro digno. 

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Como comunicar com um filho adolescente, por Cristina Valente


Sosseguem, pais, não precisam de ter um Mestrado em Comunicação para conseguirem comunicar com o vosso adolescente! Mas algumas ideias preciosas (embora simples) podem ajudar!

As 6 Ferramentas “Carinho e Firmeza” são a solução para dar espaço a estes filhos que já não são crianças mas que ainda não são adultos…e para dar-lhes fronteiras, orientando-os ao mesmo tempo….

Empatia: lembre-se de usar a empatia. Quando o seu adolescente tiver feito alguma “asneira” diga-lhe algo como: “Que incrível! Como é que isso aconteceu? Se tivesse sido comigo eu teria ficado nervoso! E como é que te sentiste?”.

Encorajamento: em vez de dar sermões (aos quais o seu filho vai resistir!) e de derrubá-lo, encoraje-o: “Não sei exatamente o que fizeste. Podes ter feito uma coisa errada, mas continuas a ser o meu filho, uma boa pessoa e um ser humano cheio de valor”.

Perguntas sinceras: se os pais conseguirem fazer o mais difícil - não julgar, não culpar e não assumir que sabe o que ele pensa e, melhor, nem dizer-lhe o que ele deveria pensar…então estão preparados para adoptar uma técnica bastante eficaz: as perguntas sinceras. Chamamos-lhe “sinceras” porque os pais querem realmente saber o que se passou e entender a perspetiva do filho, mesmo que (e sobretudo se) for diferente da sua perspetiva de adulto.

As perguntas isentas de julgamento e que expressam um desejo sincero de compreender o ponto de vista do filho costumam “fazer milagres”! Perguntas como as seguintes, depois de o adolescente ter cometido algum erro, são verdadeiramente eficazes para criar proximidade entre pais e filhos: ”O que é que aconteceu? Em que é que estavas a pensar quando fizeste isto? Qual era o teu objectivo? Qual o significado que teve para ti? Qual foi a coisa mais importante que aprendeste com esta experiência? Como é que achas que podes lidar com uma situação destas no futuro?”

Partilhar experiências: os pais podem partilhar com os seus filhos algumas experiências da sua própria adolescência e com as quais tenham aprendido lições importantes: “Lembro-me de quando tinha a tua idade e…!”

Estabelecer limites inteligentemente: Quando os pais pretendem que os seus filhos pensem na forma como irão lidar com uma situação parecida caso aconteça de novo, podem dizer-lhes algo como: “Não sei o que aprendeste com esta situação ou de que forma irias lidar de uma forma diferente no futuro, mas isto assustou-me. Quis ajudar-te desta vez e ajudei-te. Mas quero que saibas que não me vou sentir bem se tiver que fazê-lo de novo. Portanto, quero dizer-te que caso faças essa escolha de novo, vou respeitar o teu direito de experimentares as consequências”.

Amor incondicional: amor incondicional por um filho é aquele amor que continuamos a sentir apesar dos erros que ele comete e apesar da decepção que esses erros nos provocam. É o  “vou amar-te para sempre, independentemente de tudo”.

Este cenário ilustra um apoio incondicional da parte dos pais e contribui para a aprendizagem de competências para a vida. Muito mais do que o castigo. Frequentemente, quando os adolescentes cometem erros, os pais castigam-nos.

Quando os pais castigam os seus adolescentes, em vez de apoiá-los, estão a pensar apenas nos seus próprios pontos de vista; não estão a considerar o mundo e as percepções dos seus filhos. A maioria dos adultos tende a esquecer-se dos seus tempos de adolescência. Os que se lembram, muitas vezes não compreendem como é diferente a vida para os adolescentes nos dias de hoje. Para além de que, ao castigar adolescentes, os pais perdem a oportunidade de ensinar-lhes a melhor forma de lidar com algo que vão encontrar sempre ao longo da sua vida  – erros.

Responsabilidade: no entanto, o amor incondicional não é o mesmo que tomarmos a responsabilidade pelos erros dos filhos: “Vou amar-te para sempre, independentemente de tudo…mas é tua responsabilidade resolveres os problemas que surgem dos erros que cometes. Apoio-te, mas és tu quem os resolve.

O valor dos erros: os erros provam que os nossos filhos estão a tentar. A tentar viver. A tentar aprender. A tentar ser adulto…Lembre-se: uma vez cometido o erro, este não pode ser desfeito. O adolescente pode ser capaz de aprender algo com o erro ou resolvê-lo, mas não vai ser capaz nunca de desfazê-lo. Contudo, o processo de aprendizagem e resolução pode ser tão valioso, que as situações e as relações podem tornar-se ainda melhores devido a um erro. Quando nos focalizamos no erro em vez de nos preocuparmos com o que podemos aprender com isso, estaremos a desperdiçar grandes oportunidades de aprender e de crescer.

Para terminar, lembre-se também: o seu filho não é um adulto crescido. O seu filho está a crescer!...


Cristina Valente
Psicóloga (Coach Parental), Autora e Mentora de Famílias de Sucesso em Projectos de Home Business
Telefone: + 351 93 930 05 99
Skype ID: cristina.valente66

Comentário: Gostaria de agradecer a colaboração da Dr. Cristina Valente no "Mais Vale Prevenir Do Que Remediar". Actualmente, neste mundo imprevisível, como pais, conseguir comunicar com os nossos filhos representa um serio e complexo desafio, todavia porém, o desafio poderá ser mais simples, do que imaginamos se dedicarmos tempo, disponibilidade, empenho e conseguirmos ser uma referencia positiva a fim de que eles consigam orientar as suas vidas.  
Aos nossos adolescentes, devemos incutir, desde cedo e ao longo do seu desenvolvimento, valores que contemplem a honestidade, a autonomia, o talento, a auto estima (amor próprio, não me refiro ao culto do ego), a solidariedade e uma vida resiliente com um propósito. 

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Como pensar com opções criativas

Tradução: “ As crianças devem ser ensinadas; como pensar em vez de sobre o que pensar.”

Precisamos de criar uma nova forma de expressão e uma identidade cultural que seja coerente com o propósito da vida, baseado em convicções e valores imateriais e universais.

Precisamos de pensar fora da "caixa" - forma retrograda de viver dentro do "velho" sistema disfuncional e proporcionar aos nossos filhos as competências necessárias na gestão das emoções, na clarificação de valores, livres de vergonha e do sentimento de culpa, que promovam a felicidade, a gratidão e a ajuda mutua. Precisamos de (re)inventar, conectar e encontrar sinergias com base na arte de bem-viver- estilo de vida saudavel.

Numa sociedade imprevisível e consumista, como pais, cabe a nós, orientar e estimular o pensamento criativo, a imaginação, o sonho e o propósito dos nossos filhos. Se nós, adultos possuirmos valores, os nossos filhos também serão crianças com valores.



quarta-feira, 27 de agosto de 2014

21ª Dica Arte Bem Viver, de 14/08/2011




Olá
O que é que o nosso legado familiar nos transmite sobre a forma como gerimos a dor? Aquilo que somos e fazemos depende muito da história (tradição) da nossa família. Na idade adulta, como aprendemos a gerir - “modus operandi” - a dor? Sabia que é a partir da infância que aprendemos acerca da importância da programação da dor e do prazer na vida (equilíbrio).

É do senso comum que a dor faz parte do desenvolvimento das nossas competências e talentos, todavia, fugimos dela; negando, iludindo, justificado e racionalizando. Este mecanismo, natural e humano, mas complexo e delicado, pode ser potenciador para o nosso investimento, serio e prioritário, no prazer imediato.

Quanto maior for o investimento, que façamos no prazer; menor a capacidade crítica que desenvolvemos sobre a importância da dor no nosso desenvolvimento emocional e espiritual (equilíbrio). Ao agirmos no prazer imediato, na busca da gratificação e do reconhecimento, podemos negligenciar e interferir, negativamente, na programação da dor e do prazer. Podemos confundir necessidades (prioridades) com vontades (desejos). Queremos as coisas já… 

Por vezes, recorremos às pessoas e às coisas materiais como uma tentativa para preencher o vazio emocional, de forma a suavizar as emoções dolorosas (ex. procurar uma imagem perfeita, controlar as mudanças do humor), todavia e nesse sentido, monitorize, o mais honestamente possível, o padrão de comportamento. Confie na sua intuição, pratique a reflexão e a introspecção

“It only looks like the good life” Autor desconhecido

Votos de uma semana equilibrada; entre a dor e o prazer!

Comentário: Sabia que a Dica Arte de Bem-Viver começou com uma "brincadeira" para os amigos, em Abril de 2011? Atualmente é enviada para mais de 500 pessoas e vários países de expressão portuguesa (Portugal, Angola, Moçambique e Brasil) e para os Estados Unidos da América. À data deste post vai na sua 179ª publicação. Caso deseje receber a Dica Arte Bem-Viver (semanal) basta enviar um email para joaoalexx@sapo.pt. No assunto da mensagem escreva: Dica Arte Bem-Viver. Todos os dados são confidenciais. É grátis. Mais Vale Prevenir Do Que Remediar.




quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Pratique uma alimentação saudável e diversificada



 Importante: O video contem cenas que podem ferir algumas pessoas mais susceptíveis.
Pratique uma alimentação saudavel e diversificada a sua saude agradece.