domingo, 20 de dezembro de 2009
A família e a escola
domingo, 29 de novembro de 2009
O actor António Bandeiras pela Prevenção
sábado, 28 de novembro de 2009
Fantasmas na Familía que precisam de ser identificados
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
O lado escuro da realidade
domingo, 22 de novembro de 2009
Prevenção em Portugal, Zero
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Podiamos ser mais sinceros e valorizar aqueles que nos amam
O Poder da Validação - Stephen Kanitz
“Todos somos inseguros, sem excepção. Os super-confiantes simplesmente disfarçam melhor. Não escapam pais, professores, chefes nem colegas de trabalho. Afinal, ninguém é de ferro. Insegurança é o problema humano número um.
O mundo seria muito menos neurótico, louco e agitado se fôssemos todos um pouco menos inseguros. Trabalharíamos menos, apreciaríamos mais a vida. Mas como reduzir esta insegurança?
Alguns acreditam que estudando mais, ganhando mais, trabalhando mais resolveriam o problema. É um engano, por uma simples razão: segurança não depende da gente, depende dos outros. Está totalmente fora do nosso controle.
Por isso segurança nunca é conquistada definitivamente, ela é sempre temporária, efémera. Segurança depende de um processo que chamo de "validação".
Validar alguém seria confirmar que essa pessoa existe, que ela é real, verdadeira, que ela tem valor.
Todos nós precisamos ser validados pelos outros, constantemente. Alguém tem de dizer que você é bonito ou bonita, por mais bonito ou bonita que você seja.
Quem nos elogia e levanta na hora certa são os que melhor combatem a sua insegurança. Mas eles próprios precisam de validação.
Um simples olhar, um sorriso, uma palavra de elogio são suficientes para você validar alguém. Estamos tão preocupados com a nossa própria insegurança, que não temos tempo para validar os outros.
Estamos tão preocupados em mostrar que somos o "máximo", que esquecemos de dizer aos nossos amigos, filhos e cônjuges que o "máximo" são eles. “Damos graxa” a quem não gostamos, e esquecemo-nos de validar aqueles que admiramos. Por falta de validação, criamos um mundo consumista, onde se valoriza o ter e não o ser. Por falta de validação, criamos um mundo onde todos querem mostrar-se, ou dominar os outros em busca de poder.
Validação permite que pessoas sejam aceitas pelo que realmente são, e não pelo que gostaríamos que fossem.
Mas, justamente graças à validação, elas começarão a acreditar em si mesmas e crescerão para ser o que queremos.
Se quisermos tornar o mundo menos inseguro e melhor, precisaremos treinar e exercitar uma nova competência: validar alguém todos os dias. Com um elogio, um sorriso, os parabéns na hora certa, um “bom trabalho”, uma salva de palmas, um beijo, um sinal de aprovação, umas flores. Você já validou alguém hoje?
Então comece já, por mais inseguro que você esteja. “
Veja o blog do autor em http://blog.kanitz.com.br/
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Mentes selectivas
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Frases soltas e com significado
Estas frases fazem parte da linguagem que define a nossa missão - uma cultura diferente e activa na Prevenção.
2008
Mar. – Família: Organização e gestão de talentos.
Abr. – Prevenção: Desafio, Evolução e Aprendizagem constante.
Ago. – Verão/Férias. Oportunidade para descobrir e aprender sobre o estado de “saúde” da família.
Set. – Alteração da lei que permite a publicidade, a venda e o consumo de bebidas alcoólicas aos jovens.
Jan. – Em tempo de crise é altura de encontrar soluções realistas – S.O.S.
Na sua opinião, qual destas frases melhor enquadra o conceito de Prevenção das Dependências? Vote na sua preferência e envie um email para xx.joao@gmail.com
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Publicidade ao Alcool e conteudos perigosos no Facebook
terça-feira, 29 de setembro de 2009
As Emoções são a nossa "Vida Interior"
Abandonado/a, Aceite, Adequado/a, Afectado/a, Ansioso/a, Apático/a, Ambivalente, Apreensivo/a, Acarinhado/a, Arrependido/a, Atrapalhado/a, Amado/a, Aliviado/a, Absorto, Ausente, Aborrecido/a, Alegre, Abusado/a, Acanhado/a, Activo/a, Apaixonado/a, Auto-piedade, Assustado/a, Agradecido/a, Aparvalhado/a, Apático/a, Aturdido/a, Alheado/a, Angustia, Atónito,
Bem-disposto/a, Baralhado/a,
Ciúme, Coragem, Chateado/a, Calmo/a, Carinho, Confortável, Confiante, Cobarde, Constrangido/a, Contente, Culpa, Cansado/a, Compreendido/a, Comprometido/a, Cativado/a, Chocado/a, Coitado/a,
Desapontado/a, Desagradado/a, Desencorajado/a, Distraído/a, Desesperado/a, Desacreditado/a, Desanimado/a, Derrotado/a, Doente, Desconfortável, Desconfiado/a, Dominado/a, Desiludido/a, Desprezo, Deslumbrado/a, Dôr, Defensivo/a, Dividido/a,
Envergonhado/a, Estranho/a, Embaraçado/a, Enganado/a, Empatia, Encantado/a, Extasiado/a, Enfraquecido/a, Egoísta, Entorpecido/a, Estúpido/a, Excitado/a, Explorado/a, Encurralado/a, Em-baixo, Entorpecido/a,
Feliz, Falhado/a, Fascinado/a, Frustrado/a,
Gélido/a, Grato/a,
Humilde, Humilhado/a, Hostil, Hirto, Horrível,
Jovial, Julgado/a,
Livre, Luto, Lesado/a
Ódio, Ousado/a, Orgulhoso/a, Obcecado/a, Obstinado/a, Obtuso, Optimista,
Pena, Parvo/a, Provocado/a, Preocupado/a, Perturbado/a, Possessivo/a, Piedoso/a, Pasmado/a, Perda, Persuadido/a, Perplexo
Querido/a,
Só, Solidão, Satisfeito/a, Surpreendido/a, Seguro/a, Surpreso,
Triste, Tolo/a, Triunfante, Tranquilo/a,
Vazio, Vencedor/a, Vergonha,
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Se és jovem...qual a tua atitude?
Morte prematura entre os jovens
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
O perigo pode estar na prória casa
http://www.youtube.com/watch?v=PSo6S17_NlI&feature=PlayList&p=09A357344EE6F0FA&index=0
domingo, 16 de agosto de 2009
Como lidar com o Pensamento rigido, inflexivel e a ansiedade extrema
- Faça pausas de 10 mtos a cada 2 horas de trabalho intenso, no máximo. Repita estas pausas na vida diária. Inspire e expire.
- Aprenda a dizer Não sem se sentir culpada ou pensar que vai magoar a outra pessoa. Agradar a “gregos e troianos” é um desgaste enorme e uma “missão impossível”.
- Planeie o seu dia, mas deixe sempre espaço para o improviso e o imprevisto. Esteja consciente de que nem tudo depende de si e ou que seja exequível (agora e hoje).
- Concentre-se numa tarefa de cada vez. Por mais ágeis que sejam os seus pensamentos (sou capaz de fazer isto e aquilo…) seguramente acabará confuso/a e ansioso/a.
- Esqueça que você é insubstituível. No trabalho, em casa, etc. por mais que isso o desagrade, tudo anda sem a sua actuação directa ou indirecta, a não ser a sua própria.
- Abra a mão de se sentir responsável pelo prazer dos outros. Não será a “fonte de desejo” ou o eterno “mestre-de-cerimónias”.
- Peça ajuda sempre que necessário, tendo o bom senso de pedir às pessoas certas.
- Diferencie os problemas reais daqueles problemas irracionais, e depois elimina-os porque são pura perda de tempo e ocupam um espaço mental precioso para coisas mais importantes.
- Tente descobrir o prazer de eventos quotidianos, tais como, dormir, comer e tomar banho, sem também achar que é o máximo que se consegue da vida.
- Evite o envolvimento com a ansiedade e a pressão alheia. Espere um pouco e depois retome o dialogo – acção.
- A família não és tu; está junto de si. Compõem a sua vida mas não são a sua própria identidade.
- Entenda quais os princípios e convicções rígidas e fechadas que podem ser um grande peso , da trave do movimento e da busca.
- É preciso ter sempre alguém em quem se confie a menos de um raio de 100 km. Não adianta estar mais longe.
- Identifique a hora certa de sair de cena – retirar-se do palco – e deixar a roda livre. Nunca perca o sentido subtil da importância de uma saída discreta.
- Não queira saber se falam mal de si, e acima de tudo não se atormente com esse lixo mental; Escute se falaram bem; com reserva analítica e sem qualquer convencimento.
- Competir no trabalho, no lazer, na vida a dois é óptimo…para quem quer ficar sozinho, esgotado e perder o melhor.
- “A rigidez é obra na pedra”, nunca no Homem. A ele cabe a firmeza e a integridade, que é completamente diferente.
- Uma hora de intenso prazer substitui com folga 2 horas de pensamento sob pressão (stress). Rir repõe o pensamento positivo e critico construtivo, logo não perca a oportunidade de se divertir.
- Não abandone as três grandes e inabaláveis amigas; a Intuição, a Inocência e a Fé.
- Entenda de uma vez por todas, Você é aquilo que faz .
Autor Anónimo
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
How to Raise a Drug-Free Kid: The Straight Dope for Parents
terça-feira, 11 de agosto de 2009
Relações e desencontros
Nalguns casos, porém existem filhos e filhas, que ainda "forçam" o contacto. Nesse caso, em particular, se houver magoa, remorso, ressentimento que interfira na relação com os filhos, o PERDÃO pode ser uma direcção construtiva e salutar a medio e a longo prazo. Afinal, todos nós cometemos erros...e podemos ajudar as crianças a não cometer os mesmos erros.
Vamos "enterrar" os simbolos e as vivências que interferem na senda do Perdão.
Siga o link e comente em "Mais Vale Prevenir Do Que Remediar"
http://www.youtube.com/watch?v=NN7fb7V_tTY&feature=channel_page
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Os interesses financeiros na industria do alcool: A verdadeira crise
Depois de tomar conhecimento sobre estes valores astronómicos, obviamente testemunho impotente às “guerras entre as cervejeiras”, e os danos colaterais “escondidos” – marketing (publicidade agressiva) e as leis permissivas em função dos interesses dos “senhores da guerra”. Esta situação (oferta desproporcionada) provoca um aumento dos jovens (procura novas emoções) que abusam do álcool.
E qual o retorno na publicidade nos meses de verão, nos festivais de musica, onde o publico alvo é jovem sendo a altura do ano onde se consome mais cerveja?
Por ex. nos festivais de verão e nos jogos de futebol são os locais onde os jovens podem bebem até à embriaguez (intoxicação aguda) que afecta a capacidade de raciocínio, as decisões e o auto controlo. Existe também o fenómeno do consumo esporádico excessivo (binge drinking) que é o consumo que ultrapassa as 5/6 bebidas no homem e a 4/5 bebidas na mulher numa só ocasião e num espaço de tempo definido. Estará o álcool relacionado com a violência observada no futebol, por ex. as claques? Longe dos pais (monitorização) prevalecem as “regras” dos grupos de pares. Na intoxicação aguda, os jovens apresentam uma desinibição dos seus impulsos, por ex. sexuais, uso drogas ilícitas, comportamentos violentos e interfere na coordenação motora (ex. acidentes de viação). De salientar que no caso do sexo feminino estão mais vulneráveis (vitimas) de vários tipos de abuso.
segunda-feira, 20 de julho de 2009
A Nossa Sanidade - os numeros falam por si
- Resolução do Conselho de Ministros nº 166/2000 de 29 de Novembro.
Princípios e conceitos:
A Lei n.º 48/90 de 24 de Agosto de 1990, da República Portuguesa, a Lei de Bases da Saúde, consagra como princípios gerais, no seu Capítulo 1, os princípios básicos dos quais decorrem todos os outros que este Plano incorpora e que são:
1. A protecção da saúde constitui um direito dos indivíduos e da comunidade que se efectiva pela responsabilidade conjunta dos cidadãos, da sociedade e do Estado, em liberdade de procura e de prestação de cuidados, nos termos da Constituição e da Lei.
2. O Estado promove e garante o acesso de todos os cidadãos aos cuidados de saúde nos limites dos recursos humanos, técnicos e financeiros disponíveis.
3. A promoção e a defesa da saúde pública são efectuadas através da actividade do Estado e de outras entidades públicas, podendo as organizações da sociedade civil ser associadas àquela actividade.
A Convenção dos Direitos das Crianças (Assembleia Geral das Nações Unidas em 20/11/1989) reconhece “o direito das crianças a usufruir dos níveis de Saúde mais elevados”.
Por sua vez, a Organização Mundial de Saúde (OMS):
Postula na sua Constituição que “um dos direitos fundamentais de qualquer ser humano é usufruir dos níveis de saúde mais elevados, sem distinção de raça, reli-gião, crenças políticas ou condições socioeconómicas”.
Estabelece na Carta Europeia de 1995 sobre o álcool que “todas as pessoas têm direito a uma família, comunidade e ambiente laboral protegidos dos acidentes, da violência e de outras consequências negativas do consumo de álcool”.
Refere na Declaração de Estocolmo de 2001, sobre Jovens e Álcool, que as políticas de Saúde sobre álcool “devem ser formuladas com base no interesse da saúde pública sem a interferência de interesses comerciais”.
Na Carta Europeia sobre o Álcool, a OMS estabelece ainda que:
- Todas as pessoas têm direito a uma informação e educação imparciais, iniciadas tão cedo quanto possível, sobre as consequências do consumo do álcool na saúde, na família e na sociedade.
- Todas as crianças e adolescentes têm o direito a crescer num ambiente protegido das consequências negativas do consumo de álcool.
- Todas as pessoas que não consomem álcool por escolha pessoal ou por razões de saúde têm o direito de ser protegidas de pressão para beber, de publicidade agressiva e devem ser apoiadas activamente na sua decisão.
A nível Nacional
Em 2003, segundo dados do World Drink Trends (2005) Portugal ocupava o 8º lugar do consumo mundial, com um consumo estimado de cerca de 9,6 litros de etanol per capita, o que corresponde ao consumo acumulado de 58,7 litros de cerveja, 42 litros de vinho e cerca de 3,3 litros de bebidas destiladas.
Em relação ao consumo de cerveja, os dados mostram que Portugal ocupava o 23.º lugar com um consumo de 58,7 litros per capita, traduzindo-se num aumento significativo no que respeita às últimas décadas. O consumo de bebidas destiladas situava-se nos 3,3 litros per capita, ocupando o nosso país o 32º lugar e registando-se um aumento relativamente aos anos transactos.
Os estudos epidemiológicos realizados até ao momento apresentam o consumo de álcool na população portuguesa como um importante problema de saúde pública.
A proporção da população que iniciou o consumo de bebidas alcoólicas entre os 15 e os 17 anos representava em 2001 cerca de 30%, tendo este valor aumentado para os 40% em 2007 (Balsa et al., 2008).
Neste inquérito de 2007, 15,4 % dos jovens dos 20 - 24 anos e 11,2% dos jovens dos 15 -19 anos diz ter-se embriagado no último mês e 0,2% dos 20-24 anos e 0,5% dos jovens dos 15-19 anos fê-lo 10 vezes ou mais (Balsa et al., 2008).
Se nos reportarmos ao último ano, 38,5% dos jovens dos 20-24 anos e 34,6 % dos jovens dos 15-19 anos embriagou-se no último ano e 2,8% dos jovens dos 20-24 anos e 1,2% dos jovens dos 15-19 anos fê-lo 10 ou mais vezes (Balsa et al., 2008).
Em Portugal o consumo tipo binge (Consumo esporádico excessivo ou binge drinking é o consumo que excede 5 a 6 bebidas no homem e 4 a 5 bebidas na mulher, numa só ocasião e num espaço de tempo limitado, estando o individuo associado a uma maior probabilidade de sofrer consequências adversas) ocorre em todas as idades, mas a sua frequência diminui nos grupos etários mais velhos. Em 48,3% dos jovens dos 15 - 24 anos registou-se um consumo de 4 a 6 ou mais bebidas numa só ocasião pelo menos uma vez, no último ano (Balsa et al., 2008).
Quanto à percepção dos jovens sobre esta matéria, 19,7% dos jovens atribui pouco ou nenhum risco ao consumo de 5 ou mais bebidas alcoólicas num fim-de-semana (Balsa et al., 2008).
Relativamente ao tipo de bebidas, constata-se que a cerveja voltou a ser a bebida com maior prevalência de consumo entre os alunos de ambos os grupos de escolaridade.
Apesar das evidências e das consequências negativas, segundo um artigo do Diário de Noticias, de 26 de Junho de 2009, o Plano Nacional para a Redução dos Problemas Ligados ao Álcool 2009 - 2012 ainda está à espera de ser aprovado pelo Governo.
sexta-feira, 10 de julho de 2009
O alcoolismo é um problema de saude publica
quarta-feira, 1 de julho de 2009
"Ecstasy Nocturno" - Jornal Ágora - ISMAI
A escuridão da noite tem um encanto especial quando se é adolescente. Com a primeira saída à noite, a vida adulta começa. Às vezes com exageros.
Começar a sair á noite é algo que os jovens começam a fazer desde cedo. É entre os 14 e os 16 anos que se vai a uma discoteca pela primeira vez. João Ferreira diz que a primeira ida à discoteca foi “memorável”. Apesar de não beber nem fumar, é o próprio a admitir que as discotecas são os locais mais propícios a vícios. E as primeiras saídas significam um grande tormento par aquém fica em casa, os pais. No entanto, “nem todos têm que passar por esse azar”, e há aqueles jovens cujos pais lhes dão mais liberdade e são vistos como verdadeiros ídolos.
A juventude não gosta de ficar em casa, quer conhecer pessoas, ouvir boa música, divertir-se e acabar a noite numa discoteca. É precisamente nesta fase da noite que os maiores exageros têm lugar. Vários adolescentes admitem que a sua primeira embriaguez aconteceu com os amigos na discoteca, mas só depois de ganharem a confiança dos pais, chegando a casa sempre a horas e levando à risca as regras impostas por estes.
Curiosamente, e indo contra o que foi dito, a maior parte dos jovens admite que bebe logo na primeira vez que sai. As preferências divergem: alguns dizem que preferem cerveja, outros apreciam mais bebidas brancas, outros shots.
São vários os casos vindos a público de jovens assaltados e agredidos. Ao que parece está-se a tornar uma impossibilidade conviver na rua em paz.
Este artigo foi publicado no Jornal do Curso de Ciências da Comunicação do Instituo Superior da Maia (ISMAI) – Ágora nº 8 – comentários: agoraccom@gmail.com
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Os jovens e a industria do alcool
Continuamos a assistir impotentes perante a hipocrisia em relação às leis que regulam a publicidade de determinadas marcas de cerveja no desporto e nos festivais de música de verão. O álcool é uma droga amplamente consumida. Em Portugal e desde há décadas o alcoolismo é reconhecido publicamente como um problema de saúde pública que infelizmente continua a ser negado, com a tendência para permanecer activo e resistente através do surgimento de novos casos – alcoólicos/as - todos os anos. Para ilustrar na perfeição a negação, recordo este cenário hipotético, por ex. em nossa casa, vive um elefante cor-de-rosa, fazemos de conta que não existe; não o vemos, não o ouvimos e não temos emoções sobre a sua presença. Se nos perguntarem “Porque é que um elefante está em tua casa?”, afirmamos resignados “Não sei, porque sim. Ele já lá vive em casa há muitos anos mesmo antes de ter nascido…”
Durante os festivais de música de verão, a queima das fitas, eventos e certas modalidades desportivas mediáticas onde o publico é maioritariamente jovem (adolescentes e jovens adultos) a publicidade (marketing) a determinadas marcas de cerveja é desproporcionada e agressiva procurando apelar aos sentidos, evocando divertimento e camaradagem. Segundo um artigo de um jornal de 20/06/2009 vendem-se 600 milhões de litros de cerveja por ano, metade (300 milhões de litros) entre Junho e Setembro. Basta fazer as contas para se entender a “guerra” assumida entre marcas, os impostos pagos ao estado e finalmente as consequências deste negócio lucrativo nos jovens.
A lei actual revela-se permissiva visto permitir ser manipulada pela poderosa indústria do álcool com a conivência das pessoas (pais e mães) que executam este tipo de legislação. Sabendo que o alcoolismo é um problema grave, segundo estudos publicamente reconhecidos, porque não se mudam as atitudes e os comportamentos? Assim como as leis? Só me ocorre uma resposta - lucro e interesses.
A verdade escondida
Afinal que interesses existem por detrás destas parcerias?
Num artigo do Diário Económico de 9/06/2009 – “Patrocinar o futebol só tem retorno com publicidade - Patrocinar uma equipa de futebol ajuda a conquistar notoriedade mas pode fazer muito mais por uma marca, em especial junto de um “target” mais generalizado ou masculino. Isto porque a “colagem” ao mundo do futebol pode ajudar a construir associações de imagem úteis para criação do valor da marca.”
Concordo na íntegra, então quer dizer, que a indústria do álcool investe “fortemente” no desporto, mesmo que no referido “target” se inclua os jovens e que associado ao desporto, a tal “colagem”, vise somente aumentar as vendas de determinada bebida alcoólica com a conivência da lei, negligenciando os efeitos negativos associados ao álcool. Esta corrida desenfreada para aumentar as vendas proporciona uma exposição e “reputação” enorme, quer seja através do desporto ou de outros eventos onde o publico é maioritariamente jovem. Os jovens são emocionais e reagem a determinados estímulos.
Por ex. segundo uma fonte MyBrand Intelligence Unit de referência e publicada no mesmo jornal, no Top 10 das marcas mais associadas ao futebol surgem três marcas de cervejas – no primeiro, no sétimo e no décimo lugar.
Ficamos com vontade de alertar “as consciências” para este tipo de negócio complexo, poderoso e lucrativo que teima em dominar apesar das consequências negativas. Quantos jovens sofrem acidentes nas estradas associados ao álcool? Quantos jovens, depois de consumirem bebidas alcoólicas, provocam acidentes que envolvem outras pessoas inocentes? Quais os crimes associados ao álcool cometidos por jovens? Quantos jovens dão entrados nas urgências dos hospitais? Doenças sexualmente transmissíveis, por ex. HIV? Quantas famílias são afectadas por perdas devastadoras, de algum dos seus membros, como consequência associado ao abuso de bebidas alcoólicas? Esta realidade aparenta permanecer escondida do público. E o slogan hipócrita “Seja responsável; beba com moderação” não “cola.”
Se alguém responder honestamente a estas questões e a outras que possam existir mas que não constam aqui seria uma forma de ficarmos informados.
Prevenir o previsível
Embora a indústria do álcool apresente uma informação substancial ao público (imagem) reflectindo os seus contributos favoráveis a nível económico e social, todavia escusa-se a ser investigada por agentes externos sobre as suas estratégias (ex. marketing), políticas e “rede” intrincada de distribuição e venda.
Neste sentido, cabe a todos nós, pais, profissionais e outras pessoas atentas informar os nossos jovens das técnicas sofisticadas de marketing que são direccionadas a eles.
Gostaria de deixar aqui uma palavra de conforto e candura para aquelas famílias que já sofreram na “pele”, a perda dos filhos e filhas em acidentes, fatalidades, doenças, etc. das consequências negativas deste negócio poderoso e lucrativo.
Participe e comente.
http://www.aacs.pt/legislacao/codigo_da_publicidade.htm
terça-feira, 16 de junho de 2009
Um mundo para as crianças
Como podemos identificar a diferença entre umas (perigoso) e outras (seguro)?
O que aconteceria se as crianças tivessem direito a voto? Em quem votariam?
ver link e comente:
http://www.youtube.com/watch?v=iTNgl2_ddKc&feature=fvsr
segunda-feira, 25 de maio de 2009
As notícias que geram milhões
Por vezes, oiço os noticiários e procuro distanciar-me dos seus conteúdos “inflamados”, visto ter interesse em compreender este tipo de notícias sensacionalistas, absurdas e alarmantes e as implicações do medo na nossa cultura. De que forma, a guerra de audiências entre os canais de televisão que visam o poder, o controlo e o negócio, influencia e manipula o espectador, a comunidade e a sociedade? As famílias e as crianças? Pessoalmente, estou interessado em saber as consequências negativas deste tipo de jornalismo e como eu devem existir mais pessoas. Se alguém me informar, agradeço.
Os conteúdos dos noticiários sensacionalistas procuram manipular a informação num formato desproporcionado, inflamado e visam unicamente o aumento das audiências, e obviamente em potenciar o sensacionalismo. Estes noticiários são apresentados ao telespectador em forma de verdades absolutas, em alguns casos reforçados pelos comentadores e especialistas nas tragédias, que por vezes aparentam também beneficiar desse mesmo sensacionalismo em benefício próprio. O sensacionalismo alimenta-se de mais sensacionalismo. Quase que nos “obriga” a estar informados. Este frenesim gera preocupação desenfreada, sem regras ou limites, em vez de uma opinião pública realista, crítica e ponderada.
O noticiário raramente fornece informação nova ou relevante sobre segurança, mas a sua urgência revela a importância da repetição e, consequentemente, obtém a nossa atenção, como se entrassem pela nossa casa adentro e gritassem “ Não saia de casa ou será morto! Oiça o que lhe tenho para dizer sobre como poderá salvar a sua vida!” São imagens perturbadoras apresentadas com uma urgência artificial e a implicação habitualmente falsa que é imprescindível para si assistir. É deste modo que os noticiários televisivos funcionam como um negócio. O medo tem um lugar justo nas nossas vidas, mas não é o mundo dos negócios, muito menos nas vidas das crianças.
Nestes tempos difíceis aparentamos estar num estado de alerta constante, porque a nossa sobrevivência requer que aprendamos sobre as coisas que nos podem magoar. É por isso que abrandamos perante um terrível acidente de automóvel. Não se trata de curiosidade mórbida, mas sim de aprendizagem. Ao observarmos comentamos ou pensamos: “Olha este devia estar bêbado,” ou “Deve ter sido numa ultrapassagem, “ ou “Não viu o semáforo vermelho”. A nossa teoria é interiorizada, talvez para servir de recurso, caso seja necessário.
Os noticiários sensacionalistas programam e direccionam esses medos para nós e as respectivas audiências são virtualmente garantidas, por uma das mais fortes forças da natureza - a nossa vontade em sobreviver. O que mais tememos é projectado, reflectido e antecipado no ecrã da televisão. São deste tipo de preocupações que a nossa ansiedade generalizada se “alimenta”. Podemos pensar “Bolas, e se um dia me acontecer uma tragédia destas?”.
Há vários anos que não assisto aos noticiários. Estou “abstinente” deste tipo de informação (droga) da qual não necessito para viver, bem pelo contrário, não me faz falta absolutamente nenhuma. Experimente também, em conjunto com a sua família.
Se estiver atento os noticiários estes adoptam algumas frases favoritas, uma das quais é por ex. “A polícia de segurança pública fez hoje uma descoberta horrível, na Av. da Liberdade, em Lisboa e vamos imediatamente passar ao repórter no local. Aparece o repórter no local da tragédia, de preferência conhecido do público em geral e já associado a outras tragédias. Carrega um semblante incomodado e a sua voz sugere tragédia e ou tristeza.”
As novas tecnologias contribuem para o acesso e o arquivo de montagens chocantes sempre disponíveis, de modo que, actualmente, se não acontecer nada de terrível a nível nacional, poderá ouvir, “A polícia russa fez hoje uma descoberta trágica, veja mais pormenores, já a seguir ao intervalo”. Pode ter acontecido a milhares de quilómetros, mas é horrível. Quer regressem ao passado para encontrar algo chocante, ou dêem a volta ao mundo, em nenhum dos casos é necessariamente importante para a sua vida. Os noticiários são uma lista de mortes, tragédias, acidentes e catástrofes inabaláveis – que nos entra pela casa sem que para isso seja necessário sair do sofá.
Compreender como os noticiários televisivos funcionam é indispensável para a nossa segurança e bem-estar. Estar exposto a este tipo constante alarme e pânico choca-nos, ao ponto de se tornar impossível separar entre o irracional (preocupações generalizadas) e a realidade. È normal ouvir alguém, em jeito de desabafo - “Está TUDO doido.” Uma vez que se trata de sensacionalismo e não de informação, obtemos uma visão distorcida do que realmente causa perigo para nós.
Deixo este link caso deseje saber mais sobre ética no jornalismo.
sexta-feira, 8 de maio de 2009
Bullying - Vitima e o Agressor
Ver link
http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=31145
domingo, 3 de maio de 2009
Dança da independencia e da auto-afirmação
Na realidade, o que torna o grupo de pares (circulo de amigos) tão convincente e determinante no desenvolvimento dos jovens? Como adultos, se recuarmos no tempo e se pensarmos como foi connosco; o que mais ambicionávamos era a independência e auto-afirmação. O que mais ambicionávamos era ser um jovem adulto respeitado pelos seus pares/grupo. Desejávamos tomar as nossas próprias decisões e assumir o controlo da nossa própria vida.
Apesar do desejo forte em assumir a independência co-existia uma sensação desconfortável que antecipava o falhanço, o medo do desconhecido e de tomar certos riscos. E se a sua decisão como jovem adulto fosse errada? E se as coisas não corressem como desejava? O que os outros pensariam se falhasse e cometesse erros sucessivos? Esta dualidade, que frequentemente assalta os jovens é geradora de pressão, o desejo intrínseco de autonomia e maturidade versus a necessidade de segurança e protecção.
A solução? Para a maioria dos adolescentes, esta dualidade é um jogo emocional - “pingue-pongue”. Os jovens praticam esta “dança” de avanços (autonomia) e recuos (dependência) entre a afirmação pessoal e a autonomia - (pingue - eu sei como se faz, deixei-me em paz) e por outro lado, regressa à dependência (pongue – preciso de coisas, vamos às compras?)
Pingue: Os adolescentes passam a maior parte do tempo com o seu grupo de amigos. Fazem parte da moda/cultura em ser “diferente”, como grupo etário – tal como todas as pessoas - é mais confortável e menos assustador do que arriscar, ser “diferente”, sozinho no desconhecido.
Parece ser uma alternativa viável para os pais e para as autoridades aceitar esta realidade, por vezes desconhecida, do que querer controlar todas as actividades, as modas e os rituais dos jovens. Evidentemente, que os jovens não conseguem identificar e vislumbrar este paradoxo. Para eles, definir limites e diferenças, em relação à geração mais “velha” é a confirmação de que caminham na direcção certa. Seguem a sua própria direcção, fiéis aos seus ideais.
Pongue: Sabemos que muitos adolescentes procuram a aprovação dos pais. Procuram o seu amor. Desejam que os pais sejam “testemunhas” das suas conquistas, desafios e sucessos. Verificam se os pais ocupam os seus “lugares” – como referências e modelos. Desejam que estejamos na audiência – “plateia” a assistir ao seu crescimento. Afirmam que não vale a pena ir ao jogo de futebol ou peça de teatro, todavia ficam extasiados se decidimos acompanha-los. Permitem que nós os avaliemos depois do jogo ou cerimónia, mas não querem reconhecimento público. Desejam ser respeitados.
Parece irónico, mas como sabemos existem muitos adultos que são dependentes e que necessitam da aprovação exacerbada dos pais, dos seus parceiros e amigos. Para eles, é difícil assumir e definir o seu rumo a seguir na vida – gerador de comportamentos disfuncionais ex. Codependência, dependência financeira, limitações vocacionais, alcoolismo e dependência de drogas, etc.
Pongue: Se você não consegue atrair a atenção do seu filho para a brincar ou jogar; sente que falha como pai ou mãe. Afinal acha que esta velho/a demais e que já não é admirado pelo seu filho/a.
È confuso? Pode crer que é. Sem dúvida. É confuso para o adulto ouvir do seu filho, num minuto, “deixa-me em paz” e no minuto seguinte, a criança pedir uma sugestão, um conselho ou ser convidado para assistir a um DVD. É confuso para um adolescente num minuto querer fazer tudo de uma forma autónoma e independente, e no minuto seguinte, suplica, metaforicamente, para o pegarmos ao colo.
sábado, 18 de abril de 2009
Condutores Sob o Efeito do Alcool
Estas apreensões são apenas a "ponta do iceberg" daquilo que realmente se passa na noite. Quais os efeitos negativos causados por estes condutores embriagados? Pode-se considerar que o carro conduzido por uma pessoa alcoolizada é uma "arma letal."
Danos a outras pessoas, inclindo lesões fisicas irreparaveis e permanentes, incluindo a morte.
Danos materiais a terceiros.
quarta-feira, 8 de abril de 2009
Meditar
São filhos e filhas da vida
Anelando entre si própria.
Vêm atrás de ti, não de ti,
E, embora estejam contigo,
A ti não pertencem.
Mas não os teus pensamentos, pois que
Eles têm os seus pensamentos próprios.
Podes abrigar seus corpos,
Mas não suas almas, pois que
Suas almas residem na casa do amanhã,
Que não podes visitar,
Sequer em sonhos.
Podes esforçar-te por te parecer com eles,
Mas não procures faze-los semelhantes a ti,
Pois a vida não recua,
E não se retarda no ontem.
Tu és o arco do qual os teus filhos como flechas vivas,
São disparadas.
Que a tua inclinação, na mão do arqueiro,
Seja para a Alegria.”
Kahlil Gibran, o poeta
segunda-feira, 6 de abril de 2009
European School Survey Project on Alcohol and Other Drugs
http://www.espad.org/portugal
http://www.idt.pt/PT/COMUNICACAOSOCIAL/COMUNICADOSIMPRENSA/Paginas/ESPAD2007eECATD2007.aspx
No seguimento da abordagema ao inquerito Europeu de 2007 enviei ao IDT algumas questões que considerei interessantes para melhor "ilustrar" o referido inquerito a nivel nacional.
O email que enviei:
- Exma sra dra Fernanda Feijão
Apos uma leitura ao ESPAD 2007 venho por este meio solicitar alguns dados nacionais referentes a este inquérito.
Metodologia e qualidade de dados a nivel nacional.
1. Qual o numero de amostras realizadas em Portugal?
2. Quantos participantes no inquerito do sexo masculino?
3. Quantos participantes no inquerito do sexo feminino?
4. Quais as escolas abrangidas pelo inquerito?
Resposta enviada pelo IDT. Na minha opinião, a resposta à ultima pergunta ficou incompleta, seria interessante saber qual as zonas do país que correspondiam as 580 escolas envolvidas. Todavia, gostaria desde já de agradecer à Dra Fernanda Feijão a sua disponibilidade em colaborar sobre o assunto em questão.
"Obrigada pelo seu interesse no ESPAD.
Se fizer o download do Relatório Europeu (www.espad.org) terá acesso a toda a informação que solicitou, em inglês.
O relatório em Português (que, para além do grupo etário dos 16 anos, incluirá os resultados para cada um dos grupos etários dos 13 aos 18 anos, e que se designará ECATD) será publicado em finais de Junho e conterá informação detalhada sobre todos os aspectos, incluindo os metodológicos, referentes ao estudo.
De qualquer modo e muito brevemente, aí vão as respostas às suas perguntas:
O ESPAD é um estudo nos alunos do grupo etário dos 16 anos (alunos que completam 16 anos no ano da recolha de dados)
1. Qual o numero de amostras realizadas em Portugal?
Houve uma amostra com representatividade assegurada para Portugal Continental para o grupo etário dos 16 anos, com um total de 3141 alunos.
2. Quantos participantes no inquérito do sexo masculino?
1471 RAPAZES
3. Quantos participantes no inquérito do sexo feminino?
1670 RAPARIGAS
4. Quais as escolas abrangidas pelo inquérito?
708 TURMAS DE 580 ESCOLAS
Fico disponível para qualquer informação completar que julgue oportuna.
Com os melhores cumprimentos
Fernanda Feijão"
Responsável pelo Núcleo de Estudos e Investigação (NEI)
Departamento de Monitorização, Formação e Relações Internacionais (DMFRI)
Instituto da Droga e da Toxicodependência, IP (IDT)
domingo, 5 de abril de 2009
Petição Online - Responsabilizar os pais "irresponsaveis"
Fazemos parte de um todo, da qual não podemos ignorar e/ou negligenciar.
Queremos participar na mudança activa de "mentalidades" e assim contribuir para um futuro melhor para as crianças. Desejamos que as crianças de hoje, sejam adultos responsaveis amanhã.
Neste sentido, nós pais temos um PALAVRA a dizer, por isso é preciso MUDAR de atitudes e comportamentos.
Participe na petição Online.
http://www.peticao.com.pt/responsabilizacao
terça-feira, 17 de março de 2009
Escolhas Positivas
Uma família modelo preocupada e decidida a avançar na Prevenção das Dependências, em vez de delegar a responsabilidade deste trabalho na escola, nos professores, nos políticos, na polícia, na sorte, etc. Querem aprender, e assim, assumir a sua quota-parte na educação dos seus filhos. Como é do senso comum a “instituição” familiar ocupa um lugar de relevo na Prevenção das Dependências.
Visto já ter efectuado este programa de Prevenção das Dependências – “Escolhas Positivas” em escolas, decidi efectuar algumas adaptações a um contexto familiar direccionado somente aos pais. Prevenção das Dependências pode significar: prevenir, adiar e reduzir o consumo de toda e qualquer substancia potencialmente perigosa e geradora de dependência (adicção).
Em meados deste mês de Março, lá nos reunimos numa tarde amena de sábado, éramos 8 adultos ao todo. Começamos o Programa “Escolhas Positivas” por partilhar, “quebrar o gelo” inicial, aspectos relacionados com a educação dos filhos (duvidas, preocupações, diferentes pontos de vista) e o “papel” que cada progenitor desenvolve ao longo da vida do seu filho/a, em termos de referencia (modelo) num ambiente seguro e de respeito pelas ideias de cada um.
Depois avançamos para as substâncias psico-activas que alteram o humor (sistema nervoso central) e afectam o grau de percepção ou o funcionamento do cérebro (neurotransmissores) e susceptíveis de gerar dependência (doença) – drogas lícitas e ilícitas, incluindo o álcool e a nicotina – refiro–me às substancias estimulantes, depressoras, alucinogénicas e delirantes e os seus efeitos negativos a longo prazo. Existem drogas para todos os gostos e feitios. Hoje em dia, constato que a disponibilidade das substâncias, ex drogas ilícitas e lícitas (ex. benzodiazepinas – ansioliticos, etc.), é significativa entre os jovens faz parte de um acto social associado ao lazer e ao divertimento e em alguns casos para lidar com a pressão exagerada (ex. escola). Já para não referir o consumo precoce de bebidas alcoólicas pelos jovens – assumidamente, somos uma “cultura que bebe”.
Apresentei alguns motivos pela qual os jovens iniciam as primeiras experiencias com drogas depois abordamos o uso, o abuso e a dependência, falamos na oferta e na procura. Discutimos alguns aspectos interessantes; liberalização e a discriminação e os aspectos políticos desta abordagem sem resultados concretos no “terreno”.
A seguir mudamos de assunto; passamos das substâncias para as pessoas que são a verdadeira matéria-prima na Prevenção das Dependências e o objectivo do programa “Escolhas Positivas”. São necessários “heróis” e “heroínas” que assumam o compromisso e façam a diferença à custa de valores da família e da sociedade e não da valorização individual e/ou opulência material.
Se decidirmos investir na mudança de atitudes e de comportamentos, como um todo, não podemos estar à espera de “salvadores” e ou “milagres”, ou tornarmo-nos “vitimas” das circunstancias. Somos nós (família e sociedade) os principais interessados, porque ninguém deseja assistir, impotente, a um filho ou filha a sucumbir às consequências da dependência das drogas, incluindo o álcool.
Abordamos os factores de risco e os factores de protecção (pessoas, lugares e coisas) contemplando e identificando os principais domínios desta “Rede” multifacetada e complexa - Individuo, Família, Escola, Grupo de Pares, Comunidade e Sociedade. Todos estes domínios (sistema) estão interligados e apresentam um relação directa entre si, organizando-se e influenciando-se quer seja nos comportamentos de risco quer seja nos comportamentos protectores. Inevitavelmente, os factores de risco e os factores de protecção da Prevenção das Dependências, fazem parte dos lados da mesma moeda.
Concluímos que o processo de desenvolvimento da vida de uma criança é repleto de riscos e acidentes, e que por vezes, só aprendem o errado depois de cometerem os tais erros. Isto é, não basta dizer, é preciso fazer. Isto também se aplica ao “papel” dos pais. Mas também é repleto de oportunidades “douradas” de aprendizagem e mudança nos comportamentos (resiliência).
Também concluímos que aquelas crianças e ou jovens mais expostos a situações de risco estão mais sujeitos abusar de substancias licitas e ou ilícitas, incluindo o tabaco e o álcool.
Agendamos um novo programa desta vez direccionado para as crianças, sem a presença dos pais, onde o nosso objectivo será direccionado para as competências individuais e sociais. Lá estarei para aprender com eles, ouvindo e participando com compromisso pela NOSSA causa e missão – “Mais Vale Prevenir do que Remediar” para isso, é importante fazer Escolhas Positivas.