sábado, 30 de junho de 2007

A Mudança de atitudes pode ser uma janela de oportunidades



Umas das minhas prioridades na area da prevenção é informar e educar, os jovens, sobre um vastíssimo leque de escolhas positivas e construtivas quando à forma como se podem divertir, gerir os seus conflitos, os seus valores morais, a pressão entre pares, escolher amizades, lidar com as suas emoções negativas (raiva, medo, vergonha, frustração, rejeição, lidar com os seus impulsos, etc), tomar decisões construtivas e gestão do stress sem necessitarem de substancias psicoactivas. 
Também procuro a partilha de informação e a discussão sobre os efeitos e consequências do consumo de substâncias psico activas, licitas e/ou ilícitas, onde o objectivo se centra em desmistificar mitos e valsas crenças. Alguns jovens fumam tabaco para se sentirem adultos e consomem substâncias, incluindo o álcool, para se divertirem. Estas realidades vão continuar, não existem soluções “milagrosas”, todavia, acredito que um projecto estruturado e continuado podemos ajudá-los a fazerem escolhas, no seu dia-a-dia, que promovam o desenvolvimento pessoal e que visem reforçar factores protectores. 


Existem contradições, a droga aparece como a preocupação numero um nos pais em relação aos seus filhos, por outro lado, alguns pais parecem manifestar a intenção de permanecerem isentos do papel de educadores, a tempo inteiro. Constato que os pais manifestam a suas preocupações, reais, relativamente ao possível consumo e ou abuso(consumo problemático) de substâncias, por outro lado quando convidados a participar activamente neste problema parecem excluir-se. Aparenta existir uma atitude passiva e ambivalente por um lado, rígida, controladora e austera, por outro. São os lados da mesma moeda. Este tipo de atitude, na nossa cultura, reforça e promove a discriminação, o estigma, a negação associado aos consumos de drogas. Recordo-me de pais que, após tomarem conhecimento que um filho consumia drogas, a vergonha e o sentimento de culpa, associado à impotência que sentiam, paralisava-os, acabando por afectar todo o ambiente familiar.

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