sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Estar Só


"Sobre estar sozinho; e às vezes com tanta gente por perto ....

Não é apenas o avanço tecnológico que marcou o inicio deste milénio. As relações afectivas também estão passando por profundas transformações e revolucionando o conceito de amor. O que se busca hoje é uma relação compatível com os tempos modernos, na qual exista individualidade, respeito, alegria e prazer de estar junto, e não mais uma relação de dependência, em que um responsabiliza o outro pelo seu bem-estar. A idéia de uma pessoa ser o remédio para nossa felicidade, que nasceu com o romantismo, está fadada a desaparecer neste início de século.

O amor romântico parte da premissa de que somos uma fracção e precisamos encontrar nossa outra metade para nos sentirmos completos.
Muitas vezes ocorre até um processo de despersonalização que, historicamente, tem atingido mais a mulher. Ela abandona suas características, para se amalgamar ao projecto masculino. A teoria da ligação entre opostos também vem dessa raiz: o outro tem de saber fazer o que eu não sei. Se sou manso, ele deve ser agressivo, e assim por diante. Uma ideia prática de sobrevivência, e pouco romântica, por sinal.

A palavra de ordem deste século é parceria. Estamos trocando o amor de necessidade, pelo amor de desejo. Eu gosto e desejo a companhia, mas não preciso, o que é muito diferente. Com o avanço tecnológico, que exige mais tempo individual, as pessoas estão perdendo o pavor de ficar sozinhas, e aprendendo a conviver melhor consigo mesmas. Elas estão começando a perceber que se sentem fracção, mas são inteiras. O outro, com o qual se estabelece um elo, também se sente uma fracção. Não é príncipe ou salvador de coisa nenhuma. É apenas um companheiro de viagem. O homem é um animal que vai mudando o mundo, e depois tem de ir se reciclando, para se adaptar ao mundo que fabricou.

Estamos entrando na era da individualidade, o que não tem nada a ver com egoísmo. O egoísta não tem energia própria; ele se alimenta da energia que vem do outro, seja ela financeira ou moral. A nova forma de amor, ou mais amor, tem nova feição e significado. Visa à aproximação de dois inteiros, e não a união de duas metades. E ela só é possível para aqueles que conseguirem trabalhar sua individualidade. Quanto mais o indivíduo for competente para viver sozinho, mais preparado estará para uma boa relação afectiva.

A solidão é boa, ficar sozinho não é vergonhoso. Ao contrário, dá dignidade à pessoa. As boas relações afectivas são óptimas, são muito parecidas com o ficar sozinho, ninguém exige nada de ninguém e ambos crescem. Relações de dominação e de concessões exageradas são coisas do século passado. Cada cérebro é único.
Nosso modo de pensar e agir não serve de referência para avaliar ninguém. Muitas vezes, pensamos que o outro é nossa alma gémea e, na verdade, o que fizemos foi inventá-lo ao nosso gosto.

Todas as pessoas deveriam ficar sozinhas de vez em quando, para estabelecer um diálogo interno e descobrir sua força pessoal. Na solidão, o indivíduo entende que a harmonia e a paz de espírito só podem ser encontradas dentro dele mesmo, e não a partir do outro. Ao perceber isso, ele se torna menos crítico e mais compreensivo quanto às diferenças, respeitando a maneira de ser de cada um.

O amor de duas pessoas inteiras é bem mais saudável. Nesse tipo de ligação, há o aconchego, o prazer da companhia e o respeito pelo ser amado. Nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo...

A pior solidão é aquela que se sente quando acompanhado."

Flávio Gikovate,
médico psicoterapeuta.



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quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Onze Coisas Que Pode Fazer Para Que O Seu Filho Seja Um Adicto/a


1. Ser o advogado do seu filho/a. Defende-lo sempre não importa o quê nem como.

2. Ser o banqueiro/a do seu filho/a. Dar todo o dinheiro que ele peça, mesmo que para isso tenha de pedir emprestado. A criança aprende que não precisa de se preocupar sobre a importância do dinheiro

3. Ser a companhia de seguros do seu filho/a. Assumir total responsabilidade por tudo que ele/a fizer.

4. Ser o agente do seu filho/a. Não permitir que ele/a conquiste coisas. Por ex. Se o seu filho/a faz parte de uma equipa de futebol, mas que você repara que ele não joga, durante dois jogos seguidos, imediatamente dirige-se ao treinador e pressionando-o fazendo com que o seu filho jogue nos próximos jogos. Intercede por ele/a. Aprende que alguém há-de resolver os seus problemas.

5. Ser o “mecânico” do seu filho/a. Consertar tudo aquilo que ele/a fizer de errado, permitindo assim, que ele/a nunca se preocupe em resolver os seus próprios problemas que surjam como consequência dos seus comportamentos. Mesmo na idade adulta iram procura-lo para resolver os seus próprios problemas.

6. Ser o/a assistente administrativo do seu filho/a. Relembrar-lhe sempre os horários e tarefas importantes antecipadamente; fazer com que ele/a esteja a horas onde é necessário , por ex., horas de acordar, chegar a horas à escola, chegar a horas à actividade desportiva e deixar sempre mensagens “post-it”. Um dia mais tarde o seu filho/a será um presidente de uma empresa e precisa de saber como gerir os seus assistentes, por isso porque não permitir que ele/a pratique consigo em criança?!

7. Ser o empregado/a do seu filho/a. Toda gente precisa de ter o seu quarto e a casa limpa, assim como as refeições a seu belo prazer. Um dia o seu filho/a será rico em adulto e necessita de saber como tratar dos seus empregados.

8. Justificar os comportamentos do seu filho/a, bem como, ser o seu “protector”. Quando eles fizerem algo embaraçoso e desconfortável, imediatamente você assume isso como culpa sua e de seguida justifica aquilo que ele/a fez.

9. Ser o “tapete” onde os seus filhos “limpam os pés”. Permitir que eles despejem em si todas as frustrações e agressividade. Você torna-se o “alvo” preferido. Se algo lhes corre mal é você é o responsável. Não existem regras nem limites.

10. Ser zelador e facilitador. Reparar todas as coisas negativas. Se eles não têm dinheiro você faz um “numero de magia” e o dinheiro aparece. Se ele danifica o carro você faz mais uma “numero de magia” e o carro aparece reparado. Os seus filhos aprendem que não precisam de se responsabilizar pelos seus comportamentos e que existem coisas que é importante que sejam eles a resolver, mesmo que para isso eles precisem, por vezes, fazer sacrifícios.

11. Não partilhar os valores morais da família e os seus valores pessoais com o seu filho/a. Se eles não possuírem valores pessoais não iram saber quais os parâmetros e/ou os limites, bem como, reconhecerem que tipo de comportamento não são aceitáveis. È importante que eles saibam quais são as expectativas e as crenças dos pais quanto ao uso de drogas e álcool. Os seus filhos precisam de um sistema de valores e crenças.

Se você, como pai ou mãe e/ou pessoa significativa num relacionemente com uma criança ou crianças, se revê em varios items desta lista procure apoio; "Mais Vale Prevenir Do Que Que Remediar".

A vida de uma criança é demasiado preciosa para se "perder".

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Os Pais São Os Modelos dos Seus Filhos

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

A Prevenção das Dependências no Meio Escolar




Uma novo ano escolar aproxima-se, assim gostaria de abordar este tema.

A Prevenção das Dependências no Meio Escolar pode adquirir um estatuto de uma elevada importância na formação pedagógica dos alunos/jovens, professores e pais na nossa sociedade. Numa fase do seu desenvolvimento, os jovens fazem parte de uma população de risco sendo o objectivo central na implementação de programas de prevenção eficientes. Em muitos casos, a escola funciona como mediadora na discussão da temática da prevenção das toxicodependências entre pais e filhos.

Contudo, gostaria de salientar um episódio caricato. Em conjunto, com o conselho executivo foi implementado um programa de prevenção numa escola do Norte. Todos manifestaram um contentamento enorme, quase uma sensação de um alívio, visto a zona da escola ser um local de risco e existirem suspeitas de consumos por parte de alguns alunos. Depois de se iniciar o projecto com os alunos, professores e pessoal não docente, onde todos se mostraram interessados, chegou a altura de envolver os pais, nesta temática. Foram enviados mil convites aos pais para participação no modulo de Prevenção, aproximadamente. Quando chegou o dia da reunião de trabalho apareceram somente seis pais, que por sinal, já tinham participado nos modulos anteriores que estavam direcionados para os professores.

Na minha opinião, aparenta existir uma atitude passiva e permissiva - de negação quanto a enfrentar este problema preocupante, na nossa sociedade. Parece que, só de se falar sobre drogas, as pessoas evitam aparecer ou participar. Aparenta existir a ilusão de que os problemas só acontecem aos outros. Delega-se nos profissionais a responsabilidade de encontrarem soluções “radicais e milagrosas”. O risco das drogas não pode ser encarado como se de “um vírus” se tratasse. Onde o objectivo se centra no seu isolamento e na sua erradicação total. Este tipo de atitude reforça o estigma e a discriminação (negação), associados aos consumos de drogas e alcool e à impotência dos familiares (isolamento, culpa e vergonha), e os resultados são inúteis e infrutíferos.

Só uma presença continuada e consistente de programas de prevenção dentro da escola pode valorizar perfis e atitudes de autonomia em relação à experiência do consumo de drogas e alcool e desenvolver programas que visem reforçar factores protectores. Torna-se assim, indispensável um novo desenho da responsabilidade, do relacionamento e da articulação da escola, da comunidade educativa, dos serviços públicos de prevenção e tratamento das dependências. Devem ainda encontrar-se novos meios de informação acessíveis aos pais, de formação dos educadores e professores e novos conteúdos adaptados aos grupos etários do pré-escolar, do ensino básico, do secundário, ensino profissional e universitário. A multidisciplinaridade, os espaços informais, o recurso aos pares e a atenção especial ao abandono escolar precoce e agressividade (ex. bullying) são igualmente matérias obrigatórias de actuação conexa com a escola e a família.

Cada vez mais, os professores adquirem um papel importante na educação dos alunos. Na sociedade competitiva e consumista em que vivemos, é exigido aos pais um compromisso profissional e individual, que em muitos dos casos, se sobrepõe ao seu papel de educador (modelo) atento e disponível, incapacitando assim o apoio necessário aos seus filhos. Antes, eram os avós que desempenhavam este papel, mas os tempos mudaram.

Durante o meu envolvimento com este realidade sinto que os pais se tornaram mais exigentes, em relação ao papel da escola na educação dos seus filhos, visto estes passarem grande parte do seu tempo nos estabelecimentos de ensino. Neste sentido, a escola adquire um estatuto não só de competências do conhecimento, mas também onde o jovem pode desenvolver competências na sua vertente humana (individual), social e espiritual. Contudo a realidade é diferente. Na minha opinião, o papel da escola centra-se no desenvolvimento de competências intelectuais e morais do aluno, no compromisso com a cultura e integração na sociedade, da formação do cidadão onde permanecem os valores sociais acumulados pelos antepassados, um pouco desactualizados e separados da realidade da sociedade de hoje. Penso que este papel da escola poderia centrar-se também nas competências do ser, na formação das atitudes, das preocupações nos relacionamentos humanos, refiro-me ao papel das emoções e sentimentos (laços e afectos), da auto realização e do insight. Proporcionar um clima favorável à mudança do aluno/indivíduo onde a tendência se concentra no desenvolvimento das relações interpessoais, da comunicação e da espiritualidade.

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Empatia em Acção na Comunicação


Algumas definições de empatia na net
“[do grego empátheia] – Tendência de se colocar no lugar do outro, procurando sentir como se estivesse na mesma situação e circunstância experimentada pela outra pessoa.”
“Faculdade de experimentar os sentimentos e a conduta de outra pessoa. A empatia, ou endopatia, diz respeito a uma vivência pela qual quem a experimenta se introduz numa situação alheia, real ou imaginária, objectiva ou subjectiva, de tal modo que aparece como se estivesse dentro dela. “
Na minha opinião, uma das características mais proeminente na comunicação entre seres humanos (relacionamentos) é sem duvida a empatia.

Quem não gosta de ser ouvido activa e atentamente e/ou não ser interrompido quando se partilha um assunto sério? Quando se conversa com um amigo/a, quem não gosta de ser olhado nos olhos, como “prova” de ser escutado? Quem não procura ser compreendido e aceite tal como é? Quem não procura ser orientado e surpreendido pela positiva pelo seu amigo/a? Por ex. na relação entre o filho/a e os seus pais, entre mulher e marido, entre amigos/as, namorada e namorado, entre colegas de trabalho, nos rituais religiosos na nossa comunidade, patrão e empregado, etc.

Todos nós, procuramos alguém que esteja disponível, para nos apoiar e ou compartilhar, nas horas de maior sofrimento e/ou bem-estar e alegria. Somos seres gregários, por isso, precisamos de pessoas à nossa volta para satisfazer as nossas necessidades básicas, e claro vice-versa. Às vezes, criamos expectativas irreais e frustradas sobre o tipo de pessoas significativas que desejamos para a nossa vida, queremos algo que seja ideal e que imaginamos existir no nossos “imaginários”, contudo, mais tarde, constatamos que afinal havia algo “errado” nessa pessoa. Na realidade, ninguém é perfeito. Nós também não somos.

Podemos ambicionar que os nossos filhos sejam uma “imagem equilibrada e perfeita” de nós mesmos ou projectar neles futuros médicos/as, futebolistas, engenheiros/as, advogados/as, etc., como a única e exclusiva via para o sucesso emocional, financeiro e espiritual, não religioso, sem muitas vezes, respeitar as suas potencialidades e individualidades. Este tipo de situação também se aplica noutras realidades dos relacionamentos afectivos. Desrespeitamos e desvalorizamos as diferenças de personalidade e os valores morais.

Vemos isto a acontecer todos os dias nas nossas vidas, tanto como gostaríamos ou esperaríamos, das pessoas significativas à nossa volta? Se calhar a resposta é sim. Estamos desiludidos com alguém? Será que também desiludimos as pessoas significativas à nossa volta? Provavelmente sim. Ao contrario daquilo que nos acontece a todos, no dia-a-dia, estamos rodeados de “multidões” e na maioria dos casos, os verdadeiros amigos são somente “ um punhado” de pessoas, e às vezes nem isso, não é uma critica , mas uma constatação de um facto irrefutável.

Algumas das qualidades que procuramos nas pessoas à nossa volta são; alguém genuíno, integro, autentico, amoroso/a, com auto estima, flexível, responsável e disciplinado/a, com sentido de humor e com visão na vida. Podemos pensar, de que forma as nossas qualidades, em conjunto, e isto é muito importante, com as qualidades da outra pessoa podem contribuir para uma maior sinergia e entendimento?

Ao longo da minha experiência profissional, quando uma família, seja ela numerosa ou não e/ou que vivam todos “debaixo do mesmo tecto” ou separados, em que um ou vários dos seus membros se confrontem com um problema de abuso e ou dependência de drogas, álcool ou outro tipo de comportamentos adictivos alguns dos sintomas mais evidentes é sem duvida a incapacidade de comunicação aberta e sincera. Conforme o problema se vai “infiltrando” aplica-se uma regra que a curto e a médio prazo se torna disfuncional e geradora de insegurança e instabilidade na família que podemos chamar Regra do Silencio:
Não se fala sobre o assunto,
Não se ouve,
Não se expressa sentimentos entre os seus membros.
Todos na família são afectados por este ambiente disfuncional e gerador de discórdia e “apanhados nesta rede”.

Nesse sentido, gostaria de reforçar o “papel” da empatia, como “ferramenta” na comunicação e um traço de personalidade, na qualidade dos relacionamentos, na coesão entre relações, no respeito pelas diferenças de valores, na honestidade, e na estabilidade dos relacionamentos ao longo da vida. Precisamos de relacionamentos que permaneçam “sólidos” e “cresçam” no tempo. Que “sobrevivam” e ultrapassem os desafios e as vicissitudes ou conflitos existentes entre personalidades diferentes. Por vezes, são os conflitos entre relações, se geridos de uma forma construtiva e “justa para ambas a partes”, que se tornam num excelente bálsamo que acaba por reforça os “laços” de confiança e proporcionar uma maior longevidade e aceitação na relação entre pessoas.

Lembra-te que a empatia é uma característica da tua personalidade não pode ser somente uma competência profissional e ou de comunicação.
Concentra-te, cuidadosamente, quer física (linguagem corporal) quer psicologicamente, quando ouvires atentamente o ponto de vista da outra pessoa.
Tenta colocar de lado os teus próprios julgamentos e ou preconceitos.
Ouve ambas mensagens, as verbais e não verbais, e o seu contexto.
Responde frequentemente, de uma forma moderada, mas breve, às mensagens realmente importantes das outras pessoas. È importante ouvir.
Sê flexível e cuidadoso/a o suficiente na tua abordagem de maneira que a outra pessoa não se sinta desconfortável e ou intimidado/a.
Sê gentil, mas procura manter a outra pessoa focado nas questões importantes.
Responde somente às questões mais importantes; aquilo que é dito pela outra pessoa, por ex. experiências pessoais, comportamentos e sentimentos, a menos que exista uma razão para dar especial ênfase a uma delas especialmente.
Gradualmente conduz a conversa (exploração) na direcção de novos assuntos e sentimentos.
Depois de responderes com empatia, está atento às suas “pistas” que confirmem ou neguem a precisão das suas respostas/reacções. Por ex. se está a ser coerente com aquilo que diz e aquilo que sente.
Determina se as tuas atitudes / respostas, com empatia, ajudam a outra pessoa a permanecer focado no assunto importante, enquanto exploram e ou clarificam tópicos importantes
Identifica sinais de stress e/ou de resistência na outra pessoa. Tente aperceber-te se esse sinais surgem como consequência da tua falta de objectividade, por ex. não ser especifico ou porque estás a ser demasiado preciso ou exigente.
Mantém em mente que a capacidade em se utilizar a empatia é uma ferramenta que ajuda as outras pessoas a olharem para si mesmos e para as suas situações problemáticas mais claramente de forma a conseguirem lidar melhor com os seus problemas de mais eficazmente. Não conseguimos modificar os outros podemos proporcionar um ambiente de confiança, tolerância e seguro.
“Porque será que temos dois ouvidos e uma boca”. Será que precisamos de ouvir mais do que falar?

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

"Os Amigos São Para As Ocasiões"


Como é que o problema do meu amigo/a pode ser assim tão sério……?“ A minha amiga Clara usa demasiado drogas e anda-me a preocupar. Ela pensa que consegue controlar, mas sinto que não. Ela afirma que usar drogas não é crime nenhum, é uma coisa perfeitamente natural.”



Nem todas as pessoas que bebem e que usam drogas desenvolvem todas o mesmo tipo de sintomas e sinais e ou consequências, mas uma coisa em comum têm de certeza:
- Se o teu amigo/a tem um problema com drogas ou com álcool e, senão pedir ajuda, as coisas podem tornar-se cada vez piores.As pessoas com problemas sérios de drogas e ou álcool não gostam de admitir esse problema, mesmo para eles próprios. No principio, podem afirmar que se sentem óptimos, que beber uns copos, fumar uns charros, usar umas linhas de cocaína são as melhores coisas que aconteceram nas suas vidas. Mas depois as coisas mudam e ficam piores. Eventualmente, se não pedirem ajuda podem desenvolver sérios problemas físicos, ex.; danos no fígado e disfunção no cérebro (células/neurónios), depressão e suicídio e alguns podem morrer com overdose. Ficar bêbado ou pedrado afecta negativamente a capacidade de raciocínio e do julgamento (avaliar as situações perigosas e de risco) podendo conduzir a comportamentos que as pessoas normalmente não têm se estivessem sem a influencia dessas substancias – tais como, fazer sexo sem tomar as devidas precauções, que pode resultar em gravidez indesejada, VIH (SIDA) ou outras doenças sexualmente transmissíveis. Consumir substancias, pode tornar-se perigoso para a saúde do teu amigo, também pode provocar o insucesso escolar, perder amigos verdadeiros, perder valores morais, acabando mesmo por perder o respeito si mesmo.

Os problemas com drogas e ou álcool não escolhem as pessoas. Também não se preocupam com que tipo de pessoa és, que tipo de cor, se és rico ou pobre, com a tua idade, com a tua sexualidade, ou de onde és. Não se importam se és um pessoa boa, ou se és um bom jogador de futebol. Qualquer pessoa poderá ter problemas com drogas ou álcool. È preciso prevenir comportamentos de risco e procurar recursos disponíveis, por ex; na escola, em amigos verdadeiros, em familiares ou profissionais.

"O que é que pode causar um problema deste tipo num dos meus amigos?"
Imensas coisas podem acontecer que conduzam a este tipo especifico de problemas. Uma dos problemas mais frequentes surge nas famílias, tal como doenças do coração, do cancro e diabetes. Se ambos ou um dos pais do teu amigo é um alcoólico, ou se existe uma historia de alcoolismo ou dependência de drogas é muito provável que o teu amigo também se torne num alcoólico ou num dependente de drogas.
Na maioria dos casos, as pessoas bebem ou consomem drogas como forma de evitar os problemas mais aborrecidos e desconfortáveis que surgem no dia-a-dia. Por exemplo, usam substâncias se sofrerem algum tipo de pressão da parte do seu grupo de amigos, se têm stress/pressão na relação familiar, a irritação e o sentimento de que os adultos têm uma tendência para tentar controlar a vida dos filhos/as , e ou o sentimento horrível de que se é diferente das outras pessoas todas. Usam drogas e ou álcool para se sentirem melhor consigo mesmos. Beber ou consumir drogas, pode tornar as coisas ainda piores, porque depois de experimentar, o mais importante é ficar pedrado ou sob o efeito do álcool, e uma vez que isto aconteça torna-se difícil parar. Depois precisa de usar mais, e mais, para se sentir normal. Isto é um problema na vida dos jovens que consomem substancias. O álcool e as drogas alteram a forma como se pensa. Sob o efeito de substancias os jovens acreditam que as coisas estão melhor ou pior do que realmente estão. O álcool e ou drogas fazemproporcionam uma sensaçãode bem estar; “sintas bem” quando “pedrado”, mas quando o efeito desaparece, começam a sentir-se deprimidos.

"Porque é que é tão difícil para as pessoas receberem ajuda?"Para a maioria das pessoas, incluindo os jovens, torna-se muito difícil e doloroso admitir que tem um sério problema com substancias. È especialmente difícil, porque quando se é jovem nunca se imagina que um problema destes possa existir. A maioria das pessoas pensa que os dependentes e os alcoólicos são pessoas adultas, de idade e que vivem na rua, na realidade, pode acontecer a qualquer um. As pessoas que desenvolveram um problema sério com substancias, incluindo o álcool, dizem que o problema não é assim tão grave, que não consomem assim tanto e que eles sabem perfeitamente o que está a acontecer. Afirmam que controlam a situação. Nestes casos, negar a existência de um problema é muito comum. De facto, esta negação, em conjunto com o esconder o abuso das substancias dos amigos, torna-se em muitos casos, um problema tão sério como o próprio problema de dependência das drogas e ou do álcool. Ficar dependente de álcool ou drogas acaba por “cortar” com as relações com as pessoas que se preocupam com o bem-estar, acabando por ficar sozinho, confuso e assustado.
Os dependentes acabam por passar grande parte do seu tempo sozinhos, afirmam que conseguem resolver sozinhos o problema e ou pensam que arranjando um namorado/a ira conseguir resolver o problema por eles. Seguem este comportamento como forma de manter escondido o problema de abuso de substancias. Em primeiro lugar, o teu amigo precisa de admitir que o abuso de drogas ou álcool esta a desgovernar completamente a sua vida. De qualquer maneira, ainda podes fazer alguma coisa caso o teu amigo não admita que tenha problema.

"O que é que posso fazer para ajudar o meu amigo/a?"È possível, ajudares um amigo que tem um problema sério com álcool e ou outras drogas. Se o teu amigo aceita ou não a tua perspectiva e ou sugestão é na realidade da única e exclusiva responsabilidade dele. Por vezes, uma abordagem a um amigo que está com problemas, acompanhado de um outro amigo mutuo, pode tornar a vossa intervenção mais fácil porque estás em vantagem em termos de segurança e apoio, visto vocês serem duas pessoas.
O primeiro passo para que o vosso amigo receba realmente a ajuda é; ele precisa de falar com alguém que o possa orientar sobre o seu problema com o uso de drogas ou álcool. Eventualmente, poderá admitir que tem um problema sério e concordar em parar completamente com os consumos de alcool e ou outras drogas. O teu amigo precisa de auxilio e de alguém em quem confie o seu problema. Tu não consegues forçar ou convencer alguém a pedir ajuda, mas podes encorajar e apoiar o teu amigo a procurar ajuda e quem sabe a encontrar ajuda profissional.
Se estás preocupado com um amigo que tem problemas é importantíssimo que fales com alguém, em privado, que sintas que te pode ajudar e orientar numa situação tão difícil como esta. Falar com alguém sobre o problema do teu amigo não significa que sejas desleal ou que o estejas a trair. È importante saberes os factos, coisas concretas que tenham acontecido e ou que eventualmente tenhas observado, se consideras ajuda-lo. Não procures ajudar o teu amigo sozinho, sem antes falares com alguém em quem confies; por exemplo, um professor/a, doutor/a, enfermeiro/a, pai ou mãe, um profissional de saúde (psicólogo ou conselheiro) que tenha conhecimento e que te possa orientar neste teu plano. Podes pedir a esta pessoa que mantenha a vossa conversa confidencial, contudo é importante fazer algo, antes que possa acontecer algum acidente. A vida do teu amigo/a é demasiado importante, por isso é preciso agir. Não precisas de mencionar o nome do teu amigo, podes optar por falar de uma maneira geral sobre o problema. Como podes compreender falar com um profissional poderá ajudar-te a escolher qual a orientação mais eficiente numa situação tão delicada como esta.
Se decidires falar com o teu amigo podemos dar-te algumas orientações que podem ajudar-te e também ao teu amigo considerando um plano sobre como e o que é que podem fazer:
- Procura perceber se a altura para falarem sobre esse assunto é a mais apropriada. Fala com o teu amigo/a quando ele esta sóbrio e com “a cabeça no lugar”; por exemplo, antes da escola começar.
- Nunca acuses o teu amigo de ser um alcoólico ou um drogado, em vez disso, procura expressar as tuas preocupações. Tenta não culpar o teu amigo pelo seu problema; se o fizeres ele/ela pode virar-te as costas imediatamente.
- Fala sobre os teus sentimentos em relação aquilo que consideras que é o problema. Diz ao teu amigo/a que estás preocupado, e como te sentes ao vê-lo bêbado ou sobre o efeito das drogas.
- Diz ao teu amigo o que é que o viste fazer por ex. algo disparatado e inapropriado, enquanto ele estava sob o efeito do álcool e ou outras drogas. Dá exemplos específicos. Diz ao teu amigo que estás a procurar ajuda-lo, da melhor maneira possível.
- Fala de uma maneira compreensiva, sem "pena dele", mas realça a importância da amizade, principalmente quando se precisa do apoio de uma amigo.
- Prepara-te para a negação e para a raiva (hostilidade, agressividade verbal). O teu amigo pode reagir dizendo que não existe problema nenhum e ficar zangado contigo. Muitas pessoas com problemas com álcool e ou outras drogas reagem desta maneira. Quando confrontados com o uso a tendência é defenderem-se, culpar as outras pessoas pelo problema, ou dar uma longa lista de desculpas/razões pelas quais usam álcool ou outras drogas. Prepara-te, porque também poderá culpabilizar-te e dizer-te que não compreendes os seus problemas. Lembra-te de que não és responsavel ou culpado, pelo problema dele. Estas a dizer-lhe que estas disposto a ajuda-lo, se ele quiser.

- Procura identificar onde é que podes ser útil. Podes acompanha-lo e irem juntos procurar ajuda. Prepara-te para seguires este plano. Este gesto poderá revelar ao teu amigo que realmente estas ali para o ajudares e que te preocupas com ele.

Caso te sintas magoado ou desconfortavel com alguma coisa procura alguem para desabafar, alguem que sintas que te poderá orientar e ajudar, familiar, pai e/ou mãe, conselheiro ou psicologo, neste assunto tão delicado. Por vezes, acontecem situações na nossa vida em que nos sentimo impotentes e confusos e a melhor forma de lidar com estas emoções é partilhar com alguém de confiança.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Criterios de Determinação do Abuso e Dependência de Drogas


Critérios de Determinação do Abuso e Dependência DSM IV (O Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais é uma publicação da American Psychiatric Association, Washington D.C., sendo a sua 4ª edição conhecida pela designação “DSM-IV”. )

· Critérios de Dependência de Substancias
Padrão desadaptativo da utilização de substancias levando a défice ou sofrimento clinicamente significativo, manifestado por três (ou mais) dos seguintes, ocorrendo em qualquer ocasião, no mesmo período de 12 meses:
Tolerância, definida por qualquer um dos seguintes:
1.1 necessidade de quantidades crescentes de substancia para atingir a intoxicação ou o efeito desejado;
1.2 diminuição acentuada do efeito com a utilização continuada da mesma quantia de substancia
Abstinência, manifestada por um dos seguintes:

2.1 síndrome de abstinência característica da substancia (referencia aos critérios A e B para abstinência de substancias especificas;
2.2 a mesma substancia (ou outra relacionada) é consumida para aliviar ou evitar os sintomas da abstinência.

A substancia é frequentemente consumida em quantidades superiores ou por um período mais longo do que aquele que se pretendia.
Existe desejo persistente de ou esforços, sem êxito, para diminuir ou controlar a utilização da substancia.
È despendida grande quantidade de tempo em actividades necessárias à obtenção (por ex. cadeia de fornecedores) e à recuperação dos seus efeitos.
São abandonadas importantes actividades sociais, ocupacionais ou recreativas devido à utilização da substancia.
A utilização da substancia é continuada apesar da existência de um problema persistente ou recorrente, físico ou psicológico, provavelmente causado ou exacerbado pela utilização da substancia ( por ex. utilização de cocaína, apesar da existência de uma depressão induzida pela cocaína ou manutenção do consumo do consumo de álcool, apesar do agravamento de uma ulcera devido ao consumo deste).

· Critérios de Abuso de Substancias
Padrão desadaptativo da utilização de substancias levando a défice ou sofrimento clinicamente significativo, manifestado por um (ou mais) dos seguintes, ocorrendo em qualquer ocasião, no mesmo período de 12 meses:
Utilização recorrente de uma substancia resultando na incapacidade de cumprir obrigações importantes no trabalho, na escola ou em casa (por exemplo, ausência repetidas, suspensões ou expulsões escolares relacionadas com a substancia; negligencia das crianças ou deveres domésticos.
utilização recorrente da substancia em situações em que esta se torna fisicamente perigosa (por ex. guiar um automóvel ou trabalhar com maquinas quando diminuído pela substancia.)
Problemas legais recorrentes, relacionados com a substancia (por ex., prisões por comportamento desordeiros relacionados com a substancia.)
Continuação da utilização da substancia apesar dos problemas sociais ou interpessoais, persistentes ou recorrentes, causados ou exacerbados pelos efeitos da substancia (por ex. discussões com o cônjuge sobre as consequências da intoxicação; lutas físicas)


Estes são os sinais apresentados por quem abusa e é dependente de substâncias psicoativas (adictivas). Se apresentar um ou mais deste sinais peça ajuda a um profissional qualificado na area da dependencia. Pedir ajuda a profissionais, significa agir na prevenção e na esperança de uma vida melhor. Não agir na prevenção pode significar insanidade, "cometer os mesmos erros à espera de resultados diferentes"

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

O Bullying ( Rei-Bébe, Pequeno Tirano)


Os pais e os professores podem ter um papel importante na maneira como se lida com o bullying. De qualquer maneira, primeiro precisam de compreender o que é e quem são os bullies.
Bullying is the persistent abuse of an underdog.”

O bullying é uma forma persistente de abuso. È aquele jovem que na relação com os seus pares reforça o fracasso e a discriminação entre as suas "vitimas". O bulliyng manifesta-se entre o grupo de pares, são comportamentos e atitudes negativas em que procuram claramente ofender, magoar, intimidar, manipular e gerar o conflito entre jovens. È um padrão de comportamento repetitivo que tem o seu inicio quando criança, e eventualmente, pode prolongar-se ao longo da vida.
O jovem que tem mais poder tira vantagem na maioria das situações, de uma maneira injusta, na relacionamento com o jovem com menos poder. O Bully (rei-bébé, pequeno tirano) observa e procura oportunidades para “apanhar a sua vitima”. O jovem com mais poder pode ser mais forte e mais crescido, com mais idade que a sua vitima. De qualquer maneira, as dinâmicas de poder do bully podem basear-se em diversos factores, tais como; pode ser filho de pais com recursos financeiros significativos, mais esperto, mais popular e ser um “ líder” de um grupo de seguidores “compinchas/cumplices”. A raça e ou o sexo podem ser factores deste tipo de poder desmedido.

Mais de metade dos tipos de bulliyng são abusos verbais, fazer julgamentos depreciativos, intimidar, insultos e humilhar. Existem outro tipo de ameaças, tais como, “Vou bater-te…”, “Vou roubar-te…”. Estas situações causam um efeito psicológico muito negativo. Depois existem as agressões físicas.

Consideramos importante, não confundir o acto de bullying com a violência e com a indisciplina. Na maioria dos casos, entendesse a violência como comportamentos isolados, por exemplo, roubo, assalto e agressão. A indisciplina está mais ligada ao interior da sala de aula, ao relacionamento pedagógico entre o professor e o aluno.

Os bullies tem um desejo muito forte de controlar e de poder sobre os outros jovens. Normalmente, são mais fortes do que aqueles que têm sua idade e são mais velhos que as suas vitimas.

Apesar das evidencias, os bullies apresentam algumas características comuns, que são surpreendentes. Por exemplo, os bullies normalmente tem uma auto estima normal ou acima da media. Não são muitos inseguros, não tem muita ansiedade e são normalmente calmos.

Apresentam outras características comuns:
Níveis baixos de popularidade ou acima do comum, muito populares, fora do seu próprio grupo de seguidores (grupo de pares) “compinchas.”
Capacidade de esconder o seu comportamento dos adultos. Aparentam ser inocentes e quando apanhados em flagrante, discutem defensivamente o seu ponto de vista.
Falta de empatia e compreensão pelos outros, baixa tolerancia.
Atitude defensiva perante a autoridade, recusa em seguir regras, por vezes, violentos para com os pais e os professores.
Os seus comportamentos abusivos vão piorando progressivamente quando as suas vitimas reagem às suas investidas.
Divertem-se a humilhar com os fraquezas das suas vitimas.

Os efeitos negativos que o bullying causa são do ponto de vista da estruturação da personalidade. As crianças sentem-se tristes e têm tendência para se isolarem, onde podem ser vitimas e ou noutras situações também elas podem tornar-se potenciais agressoras. Em muitos casos os jovens que são agredidos "vitimas" de bullying são incapazes de falar com os adultos (pessoas significativas, ex professores e /ou pais) sobre estas situações com medo das represalias e potenciarem o abuso. Por ex., casos nos EUA revelam que alguns alunos que pegaram em armas e depois vão para a escola. Existem também caso de bullying entre os jovens do sexo feminino. Apesar do abuso verbal, as raparigas têm tendencia a provocarem o boato, inventando historias falsas, "segredinhos" de forma humilhar ou a magoar a sua "vitima".

Os locais onde o maior numero de situações de bulliyng ocorrem é sobretudo nos recreios. Num inquérito, feito no 1º e 2º ciclo, em Portugal, chegou-se à conclusão que 72 por cento das situações de bulliyng são nos recreios.

Os intervalos são importantes para o desenvolvimento social, cognitivo, motor e para o equilíbrio emocional das crianças. Os alunos aprendem imensas coisas de uma maneira informal (relacionamento inter-pares).
O recreio promove a aprendizagem social de diferenças culturais, de género e idade, porque se encontram no mesmo espaço alunos de diversas idades. Deveria ser um espaço onde existisse margem de risco e ao mesmo tempo aventura.
A muitas crianças só lhes resta o recreio para brincarem porque em casa não existe espaço e muitas situações, não existe segurança na rua.

Verificamos que na maioria das escolas, os recreios não têm equipamentos onde os miúdos possam brincar. Recordo-me, por ex. das polemicas balizas que provocaram desastres serios e dramaticos. Nestas situações, verificam-se maior numero de ocorrências de bulliyng.

Devia de haver espaços onde fosse possível os alunos aliarem as suas actividades físicas às actividades de reflexão, em espaços com lugares sentados. Os alunos têm menos conflitos em espaços com materiais disponíveis e em bom estado de conservação.
Na minha opnião, o tempo de recreio nas escolas poderia ser um espaço mais construtivo e melhor aproveitado se fosse supervisionado e acompanhado, por pessoal da escola preparado para o efeito.

Não se deve agir somente nos momentos de crise, quando surgem problemas, mas intervir nomeadamente na prevenção. Identificar a relação que existe entre as pessoas e os factores de risco e os factores de protecção. Desenvolver programas que permitam às crianças a manifestação dos seus afectos, dos seus sentimentos e do contacto físico. A formação baseia-se em desenvolver competências sociais.