quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Portugal foi um dos países com maior numero de mortes por abuso de drogas


Relatório anual de observatório europeu divulgado em 21.11.2007

Portugal foi um dos países da UE com maior número de mortes por consumo de drogas em 2005.

O Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência divulga hoje em Bruxelas o seu relatório de 2007 sobre o problema da droga na União Europeia (UE). Portugal surge como um dos países com maior número de mortes por consumo de drogas em 2005 e o país com a maior incidência de Sida e VIH entre os Consumidores de Droga Injectável.No relatório sobre a Evolução do Fenómeno da Droga na Europa, Portugal é citado também por aspectos positivos. Entre eles está o facto de pertencer ao grupo de países com boas práticas na fiscalização da condução sob efeito de drogas e por ter centros de tratamento de toxicodependência destinados especificamente a jovens. Este ano, o relatório anual sobre a Evolução do Fenómeno da Droga na Europa contém dados dos 27 Estados-Membros da UE, da Noruega e da Turquia. Capítulos individuais dedicados a drogas específicas revelam a situação europeia no que toca à prevalência e padrões de consumo, oferta e disponibilidade, tratamento e outras intervenções, sendo complementados por análises relativas a tendências novas e emergentes no consumo de drogas; políticas e legislações; resposta aos problemas de consumo de droga; doenças infecto-contagiosas e mortes relacionadas com o consumo de droga. O relatório estará disponível em 23 línguas (21 da UE, norueguês e turco) e será acompanhado por três documentos em inglês dedicados a temas específicos: "Drogas e a condução", "Consumo de drogas entre os menores de 15 anos e problemas associados" e o "Impacto do consumo de cocaína e cocaína crack (fumável) na saúde pública". A agência europeia lançará, em simultâneo, o seu Boletim Estatístico de 2007, disponibilizado na Internet, que apresenta cerca de 400 quadros e gráficos estatísticos, apoiando grande parte das análises incluídas no relatório deste ano. Os perfis de dados nacionais completarão o relatório, fornecendo um resumo gráfico dos aspectos-chave da situação do fenómeno da droga a nível nacional.


Comentário: Infelizmente, ainda se continua a morrer, como demonstra o relatório onde Portugal aparece como um dos países da EU onde se verifica mais óbitos por causa directa do abuso de drogas. Preocupa-me saber que alguns jovens iniciam o abuso de drogas, incluindo do bebidas alcoólicas, podendo no futuro fazer parte destas estatísticos devastadoras. Bem sei que é impossível travar esta realidade dura e cruel. Apesar das evidencias procuro centrar-me na forma como posso reduzir (medidas de prevenção) o numero de vidas humanas neste flagelo que afecta a nossa comunidade e a sociedade.


È com pesar que recordo amigos que “partiram” (Rogério 23 anos, Tó Mané 30 anos, Agostinho 24 anos, Fonseca 26 anos, Victor 23 anos, José 24 anos, Perre 23 anos, Ruca 33 anos, etc) como consequência (doença) do abuso de drogas e bebidas alcoólicas. Neste sentido, gostaria de deixar aqui uma mensagem de pesar e saudade a estes amigos e também a todos aqueles que já “partiram”, sem excepção, e deixar uma mensagem de solidariedade às famílias. Para os familiares, profissionais dedicados e aos verdadeiros amigos assistir impotente à destruição de um ente querido e no fim à morte é um processo profundamente doloroso e angustiante. Quem passou por isso sabe como é (sentimentos de revolta e dôr, culpa e vergonha, raiva e ressentimento, isolamento e angustia, etc.) . Para aqueles que continuam envolvidos nesta area especifica (profissionais, familas e todos os interessados) é importante que estejamos todos dentro do mesmo "barco".


Na minha opinião, nao existe guerra contra a droga, porque enquanto houver pessoas a morrer perdemos a batalha, acredito na existencia de pessoas (poder do grupo) validas, corajosas, com espirito de abnegação, determinadas e inspiradas, no dia-a-dia, em recuperar as suas vidas e a vida dos outros. "Mais Vale Prevenir Do Que Remediar". Depois da morte ja não ha nada para remediar... Sofrem os que cá ficam.

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