terça-feira, 12 de agosto de 2008

Sobre o Dinheiro



Actualmente as crianças e os jovens têm mais dinheiro para gastar que antigamente.

Todavia será que se apercebem da “crise” que o país atravessa? Da importância de poupar, em vez de gastar? Dos níveis elevados de desemprego? Quais os valores morais que se associam ao dinheiro?

Muitos peritos em prevenção sugerem que os pais ensinem aos seus filhos a importância da responsabilidade financeira. Estas lições podem promover atitudes, hábitos positivos e permanecer ao longo da vida. Os jovens aprendem acerca do dinheiro através das experiências do dia-a-dia, tais como, as idas ao supermercado e observam a forma como os seus pais liquidam as contas e obtêm dinheiro das caixas de multibanco.

Valores familiares e o dinheiro
Comunicar e discutir em família sobre o dinheiro ajuda os jovens sobre poupança e como gastar de uma forma equilibrada e responsável. Isto não significa preocupar as crianças acerca das despesas excessivas e fazer com que eles se sintam culpadas por serem as responsáveis pelo problema financeiro da família. Ou discussões verbais na relação famíliar sobre o dinheiro como sendo o problema central e gerador de conflitos (ex. troca de acusações entre os pais por se gastar demasiado). Significa explicar o básico, por ex. existe uma certa quantidade de dinheiro que entra para o orçamento familiar e outra que sai em despesas de comida, roupas e outros consumos. O valor total das despesas é retirado ao dinheiro que entra.

Estas orientações permitem criar condições onde se fala sobre o dinheiro em casa:
Falar sobre dinheiro - Falar frequentemente com as crianças de uma maneira especifica, acerca das formas como o dinheiro é ganho e como é gasto. Explicar quais as decisões necessárias para se fazerem certas escolhas, ex. “Como precisamos de electricidade é necessário pagar a factura no fim do mês.” ou “Vamos comprar estas laranjas porque estão mais baratas.”

Ser modelo/referencia – As crianças desenvolvem as suas atitudes e comportamentos pelo que observam; não por aquilo que ouvem dizer. Uma lição sobre o dinheiro pode envolver algumas actividades familiares, por ex. “ Vamos alugar um vídeo, em vez de irmos ao cinema porque é mais barato. Assim, poupamos dinheiro para as nossas ferias.

Definir limites – Mesmo que seja possível comprar tudo aquilo que o seu filho/a deseje poderá considerar sensato definir alguns limites nas despesas. Aprenda a dizer NÂO aos seus filhos/as e manter-se firme. Ensine como apreciar certas coisas que não podem ser compradas tais como, trabalhar no “duro”, enfrentar desafios e obstáculos, frustrações e atingir objectivos.

A liberdade de tomar decisões – Conforme a criança vai crescendo e aprendendo permita que ela tome decisões sobre as suas finanças pessoais. Acompanhe e supervisione sobre aquilo que está a correr bem e aquilo que pode ser melhorado. Ajude o seu filho/a a aprender através dos seus próprios erros financeiros.

Ensine a o valor da partilha – Encoraje o seu filho/a a fazer doações de uma parte das suas poupanças. Partilhar com os outros ajuda-o/a a desenvolver o seu próprio sentido de dar, sem esperar nada em troca. Ensine-a a contribuir/ajudar os outros sem ser através de dinheiro, por ex.; tempo livre, energia e competências.

Poupança – Um mealheiro pessoal é uma forma adequada de se valorizar o dinheiro e as poupanças. Quanto mais cedo a criança aprender a poupar, mais cedo ela desenvolverá um sentido responsável pelo valor do dinheiro. Pode poupar para comprar o seu brinquedo favorito ou para atingir um objectivo distante no seu futuro, tais como, a escola ou carro.

“O mealheiro familiar” é uma forma positiva de ensinar sobre a importância do dinheiro e adquirir valores morais em prol da união familiar. Podem poupar para aquele aniversario em especial, ferias em conjunto, etc. Conforme a criança vai crescendo e as suas atitudes em relação ao dinheiro se vão alterando podem proporcionar reuniões familiares onde se discutem preocupações e objectivos subordinadas ao tema em questão.

“No poupar é que esta o ganho”

terça-feira, 29 de julho de 2008

Livre de Fumos




Em 2008 o tema da Campanha “JUVENTUDE LIVRE DO TABACO” expressa a preocupação crescente da Organização Mundial de Saude (OMS) em estabelecer estratégias de combate às campanhas publicitarias “agressivas” da indústria tabaqueira ao eleger subtilmente o público jovem como “alvo” dos seus produtos de forma a manter os seus lucros, uma vez que o público adulto além de já estar conquistado, está dependente e mais próximo contrair doenças associadas ao consumo de tabaco.

Uma parte dos jovens iniciam o consumo do tabaco em tenra idade.
È do conhecimento de todos que o tabagismo constitui um dos maiores factores de risco de morte evitável, gerando várias enfermidades. Estas conclusões, por si só são suficientes e preocupantes podendo conduzir a medidas preventivas quer sejam implementadas no presente e/ou no futuro promotoras de qualidade de vida dos jovens.

O fumo é responsável por:
30% das mortes por cancro;
90% das mortes por cancro no pulmão;
97% do cancro da laringe;
25% das mortes por doença do coração;
85% das mortes por bronquite e enfisema;
25% das mortes por derrame cerebral e por
50% dos casos de cancro de pele.

De salientar que a grande maioria destes casos (doenças/morte) acontecem na população adulta. Por isso, é necessário “recrutar/aliciar” novos consumidores, de preferencia jovens que até atingirem a idade adulta vão contribuir significativamente para os lucros do industria tabaqueira, e alguns mais tarde iram fazer parte da lista "negra" das estatisitcas de doenças e mortes associados ao tabaco.

Durante a gravidez

O tabagismo pode atrasar a concepção, e durante a gravidez pode afectar de modo negativo o feto. Os recém-nascidos das mães fumadoras pesam menos que os das não fumadoras. O tabagismo materno durante a gravidez pode afectar a médio prazo o desenvolvimento físico e intelectual da criança.

Na minha experiência profissional constato que a grande maioria , diria 98% dos dependentes de drogas e/ou álcool e jogo compulsivo, que acompanhei e continuo a acompanhar, são fumadores que iniciaram os seus consumos durante a fase da pre-adolescencia.

Será que o consumo do tabaco pode “abrir um caminho”, a nível neurológico, para outras substancias adictivas (ex. cannabis, heroina, cocaína, álcool) e geradoras de dependência? Na minha opinião, a resposta a esta questão é sim.
Ensina ao teu filho/a outros hábitos e comportamentos mais saudáveis (ex. actividades físicas, leituras, passeios, contacto coma natureza, etc). E muito importante; sê um modelo - - não fumes.

terça-feira, 15 de julho de 2008

As Crianças e a Honestidade




Se os adultos conseguirem motivar as crianças dizerem a verdade será muito provável não recorrerem à mentira. Nas idades compreendidas entre os 4 e os 5 anos elas conseguem entender a diferença entre a verdade e a mentira. Algumas vezes procuram agradar aos adultos, passando por períodos difíceis quando necessitam de admitir os seus erros ou acidentes.


Algumas sugestões para se praticar a honestidade:

Não colocar "rótulos" nas crianças - Quando as crianças mentem não lhes chamem mentirosas. Explicar que não se gosta de mentiras; mas que se continua a adorar o seu filho/a. Permite-lhes a possibilidade de elas escolherem contar a verdade e explicar a razão pela qual elas mentem.

Se souberes a resposta, não faças perguntas – Se tiveres a certeza de que o teu filho/a partiu a lâmpada do candeeiro, não faças perguntas desnecessárias, podendo assim facilitar o recurso à mentira. Faz afirmações: “ Vi que partiste a lâmpada do candeeiro, que podes fazer diferente de forma a resolver a situação no futuro?”

Descobre a razão pela qual as crianças mentem – Quando o adulto procura entender as razões e os motivos pela qual a criança mente fica assim habilitado a identificar as inseguranças e as suas necessidades dos seus filhos/as. Por vezes, as crianças mentem por sentirem medo das consequências dos seus actos, ou porque desejam algo e pensam que seja apropriado obter aquilo que querem, nesse momento, em vez de ser mais tarde.

Valoriza e enalteçe a honestidade – Permite que o teu filho/a saiba que valorizas e aprecias a honestidade para contigo próprio e para com as outras pessoas.

Pratica a tolerância – Ao realmente constatar que o filho/a está a mentir fica atento aos teus sentimentos, principalmente à raiva (ex. comportamentos e atitudes desproporcionadas e punitivas). Pode tornar a criança mais ansiosa quanto a resolver algo desconfortável na próxima situação, recorrendo mais uma vez à mentira, evitando assim passar por uma experiência negativa, porque esteve exposta à tua raiva desproporcionada. A mentira é uma ofensa grave e seria, mas agir, racionalmente, pode permitir à criança aprender a fazer a coisa certa para a próxima vez.

Sê um exemplo e um modelo de referencia para a criança – ensina a honestidade; sendo honesto. Se a criança observar que o pai/mãe dá um desculpa desonesta a alguém ao telefone ou que fica com o troco, extra de 10 €, que o empregado do supermercado se enganou, então o filho/a aprende que nem sempre é necessário ser honesto.

Numa escala de 0 a 10 onde situas o nível de honestidade no relacionamento com:

1. Filho/a
2. Marido/mulher
3. Pais
4. Amigos/as

Se tiveres duvidas podes pedir feedback e ouvir (com os ouvidos) aquilo que os outros pensam sobre a tua honestidade. Arrisca

Sabemos, como adultos, o quão necessário e salutar a pratica da honestidade nos nossos relacionamentos. Primeiro passa por identificar os nossos sentimentos, crenças, motivações e sonhos. Ser honesto acima de tudo connosco próprios.
Por vezes, existem pessoas que não conhecem ou valorizam a honestidade nas suas relações. Ficando assim inibidas de valorizarem princípios e valores morais que promovem o altruísmo, a solidariedade, a auto estima, a resiliência, a honestidade, a espontaneidade e a integridade.
As nossas crianças necessitam destes valores de forma a que as suas vidas adquirem sentido, conteúdo e propósito, como de oxigénio necessário para respirar-mos.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Quando o Nós é Maior Do Que o Eu e Tu

Partilhar significa abrir os nossos horizontes e expandirmos as nossas experiencias uns com os outros.
Juntos, com objectivos em comum, fazemos a grande diferença.

http://www.iyouwesharetheworld.eu/

terça-feira, 24 de junho de 2008

Violência Aumenta entre Alunos nas Escolas


Relatórios da UNESCO indicam que entre 25 a 50% dos alunos a nível mundial é vitima de bullying

Um estudo das universidades do Minho , Porto e Técnica de Lisboa mostra que um em cada cinco alunos entre os 10 e os 12 anos é vitima de bullying na escola. Nesta relação entre colegas, um em cada oito assume-se como agressor.
Os rapazes parecem ser os mais afectados pelo problema, mas os investigadores não notaram grande diferença entre as escolas citadinas ou as rurais. Mas os dados do relatório da UNESCO sobre o bem-estar juvenil e juvenil nas economias mais avançadas do mundo são ainda mais preocupantes. Portugal pertence ao grupo de países onde mais de 40% das crianças inquiridas afirmam terem sido vitimas de violência física, verbal psicológica por parte dos colegas. Para combater este fenómeno a Associação Nacional dos Professores criou uma linha telefónica de apoio a crianças e jovens vitimas de bullying, já foram registados 19 chamadas.
Diario de Noticias

Comentário: Na minha perspectiva este fenómeno e as suas consequências ainda estão “encoberto” - negação e não é devidamente valorizado pelas pessoas e instituições responsáveis. Acredito que os pais, os filhos e as escolas podem desenvolver um esforço extra e conjunto de forma identificar e adoptarem medidas construtivas e preventivas no bullying.
Na perspectiva da vitima de bullying é altamente improvável apresentar queixa do seu agressor, sendo este ultimo, por vezes mais popular e “respeitado” entre os pares. Com a probabilidade desta vitima se tornar um dia também uma agressora. O ciclo do bullying alimenta-se numa espiral de violência.
Ao pais podem identificar comportamentos de risco nos seus filhos, eventuais agressores e/ou vitimas, em casa.
Devem existir programas nas escolas que promovam limites saudáveis quanto a vários tipos de comportamentos problemáticos, ex. agressão física, verbal e psicológica.

Núcleo de alunos e famílias – linha Bullying


http://www.anprofessores.pt/portal/PT/580/default.aspx

terça-feira, 17 de junho de 2008

Coragem - Motivação Para a Mudança


Agir nos sentimentos

Todos nós sabemos o quão árduo é admitir e reconhecer perante nós mesmos e depois perante os outros quando fazemos coisas que mais tarde nos arrependemos, em algumas situações profundamente. Fazemos coisas por impulso e depois prometemos nunca mais voltar a fazer a mesma coisa. Fazemos juras e/ou rezas. Ficamos furiosos e ressentidos com tudo e com todos. Sentimos vergonha e culpa.
Somos guiados por um mecanismo (instinto) que despoleta a nossa necessidade de gratificação (recompensa), por vezes imediata e/ou de defesa / segurança apesar das consequências negativas.

As vezes, é preciso cometer o mesmo erro, vezes sem conta, até começar-mos a compreender (introspecção) que algo não está bem, connosco próprios. Como seres humanos somos seres de hábitos e rotinas; funcionamos num contexto e padrões de comportamento que nos é familiar e seguro.

A mudança não acontece na nossa vida até que façamos qualquer coisa que desencadeia o processo de mudança (metamorfose). Se não fizermos algo; nada muda. Permanecemos nos mesmos “ velhos padrões e contexto familiar” apesar das consequências negativas.

Coragem é uma processo de enfrentar a ambivalência, o medo do desconhecido e a negação característico das adicções.

Coragem é:

Seguir a tua consciência em vez de dar ouvidos á intriguice, à critica "barata". È não agir nos sentimentos desconfortaveis (ex. raiva, vergonha, rejeição e inadequação, etc) e no prazer imediato.

Recusar participar em comportamentos que gerem sofrimento e que possam magoar os outros.

Sacrificar o beneficio pessoal e proporcionar bem-estar aos outros.

Assumir a inteira responsabilidade pelas tuas acções...e pelos teus erros.

Seguir as regras e insistir que os outros façam o mesmo.

Desafiar o status quo (rigidez, controle, perfeccionismo) em função de novas e diferentes soluções (entregar, adiar a gratificação, confiar, delegar).

Fazer aquilo que está certo (confiar no gut-level /intuição), apesar potenciais consequências e riscos.

Afirmar naquilo que acreditas; mesmo que os outros não concordem (ser assertivo).

terça-feira, 3 de junho de 2008

A Criança no Mundo dos Adultos


Seis Falsos Mitos sobre o Trabalho Infantil


- As crianças têm que trabalhar porque são pobres…
Este é o maior mito sobre o trabalho de crianças. Em todo mundo, de acordo com dados recolhidos pela 'Marcha Global Contra o Trabalho Infantil', a maioria das pessoas pensa que só o fim da pobreza poderá trazer, também, o fim do trabalho de crianças. Enquanto que as crianças continuarem analfabetas, sem conhecer os seus direitos e deveres e sem terem a noção de que podem ter uma vida diferente e melhor que a dos pais, o ciclo da pobreza não terminará. Segundo números da UNICEF, o exemplo de que a pobreza não justifica o trabalho infantil está na comparação entre dois países: o Quénia e a Zâmbia. São países com níveis muito similares de pobreza mas com números bem diferentes o que diz respeito ao trabalho de menores. No Quénia, 39% das crianças trabalham e na Zâmbia apenas 15 %. Se este mito fosse verdadeiro, o Quénia deveria ter um rendimento 'per capita' muito superior ao da Zâmbia. E não tem.


- O contributo das crianças é fundamental para o rendimento das famílias…
Sim, é verdade que muitas famílias vivem na pobreza e todo o dinheiro que conseguirem alcançar é fundamental. Mas, o Banco Mundial não tem dúvidas em assegurar que milhões de adultos não trabalham porque as tarefas são desempenhadas por crianças a um custo infinitamente mais baixo do que se realizadas por um adulto. O exemplo vem da Índia. Num questionário feito aos donos das empresas e oficinas que tinham um elevado número de crianças a trabalhar, 80 % dos 'empregadores' referiu que apenas emprega crianças porque é mais barato. Assim, no mundo, há cerca de 180 milhões de adultos desempregados e mais de 240 milhões de crianças a trabalhar. Como as famílias não estão mais ricas, apesar do trabalho das crianças, a conclusão que podemos tirar é que as tarefas que as crianças desempenham deveriam ser realizadas por adultos, com um trabalho digno e salários justos.


- Em algumas áreas, as crianças trabalham melhor que os adultos…
Sobretudo em áreas como os sectores têxtil e fiação criou-se o mito que como as crianças têm as mãos mais pequenas, conseguem trabalhar melhor que os adultos. É preciso acabar urgentemente com este argumento de que as crianças têm 'atributos especiais' para o trabalho. Os adultos têm capacidade física para trabalhar mais e melhor que as crianças.


- O trabalho das crianças é necessário para que os países pobres se desenvolvam…
Não há qualquer estudo económico do Banco Mundial que confirme esta teoria. Historicamente, o motor de desenvolvimento dos países é a educação e não o trabalho de meninas e meninos que têm idade para estar na escola. São as leis que implicam uma escolaridade obrigatória e a construção de mais escolas que fazem crescer, a longo prazo, a economia dos países.


- O trabalho infantil faz parte da educação das crianças…
Milhões de vítimas do trabalho infantil passaram os dias e as noites da sua infância em actividades físicas e mentalmente esgotantes. A Escola ensina mais do que a ler e a escrever. A Escola ensina a viver em sociedade e a conhecer o mundo. A educação 'transforma' uma criança num adulto responsável. Um estudo recente, mostra que os adultos que trabalharam enquanto crianças, produzem menos que os colegas que começaram a trabalhar na idade adequada. A UNICEF recomenda: 'Os adultos têm que perceber que o trabalho infantil não faz parte nem da educação nem do crescimento de uma criança'.


6º As crianças têm o direito de trabalhar se o quiserem fazer…
Nos últimos anos, um pouco por todo o mundo, algumas instituições têm vindo a defender esta causa. Todas as convenções internacionais defendem o direito à infância. Defendem e lutam pelo direito à educação e não pelo direito ao trabalho. Os direitos das crianças não são negociáveis nem dependentes de etnia, sexo ou religião. E todas as crianças têm direito à infância.

A Comissão Executiva da CNASTI
Confederação Nacional de Acção Sobre o Trabalho Infantil

http://www.cnasti.pt/cnasti/