Uma novo ano escolar aproxima-se, assim gostaria de abordar este tema.
A Prevenção das Dependências no Meio Escolar pode adquirir um estatuto de uma elevada importância na formação pedagógica dos alunos/jovens, professores e pais na nossa sociedade. Numa fase do seu desenvolvimento, os jovens fazem parte de uma população de risco sendo o objectivo central na implementação de programas de prevenção eficientes. Em muitos casos, a escola funciona como mediadora na discussão da temática da prevenção das toxicodependências entre pais e filhos.
Contudo, gostaria de salientar um episódio caricato. Em conjunto, com o conselho executivo foi implementado um programa de prevenção numa escola do Norte. Todos manifestaram um contentamento enorme, quase uma sensação de um alívio, visto a zona da escola ser um local de risco e existirem suspeitas de consumos por parte de alguns alunos. Depois de se iniciar o projecto com os alunos, professores e pessoal não docente, onde todos se mostraram interessados, chegou a altura de envolver os pais, nesta temática. Foram enviados mil convites aos pais para participação no modulo de Prevenção, aproximadamente. Quando chegou o dia da reunião de trabalho apareceram somente seis pais, que por sinal, já tinham participado nos modulos anteriores que estavam direcionados para os professores.
Na minha opinião, aparenta existir uma atitude passiva e permissiva - de negação quanto a enfrentar este problema preocupante, na nossa sociedade. Parece que, só de se falar sobre drogas, as pessoas evitam aparecer ou participar. Aparenta existir a ilusão de que os problemas só acontecem aos outros. Delega-se nos profissionais a responsabilidade de encontrarem soluções “radicais e milagrosas”. O risco das drogas não pode ser encarado como se de “um vírus” se tratasse. Onde o objectivo se centra no seu isolamento e na sua erradicação total. Este tipo de atitude reforça o estigma e a discriminação (negação), associados aos consumos de drogas e alcool e à impotência dos familiares (isolamento, culpa e vergonha), e os resultados são inúteis e infrutíferos.
Só uma presença continuada e consistente de programas de prevenção dentro da escola pode valorizar perfis e atitudes de autonomia em relação à experiência do consumo de drogas e alcool e desenvolver programas que visem reforçar factores protectores. Torna-se assim, indispensável um novo desenho da responsabilidade, do relacionamento e da articulação da escola, da comunidade educativa, dos serviços públicos de prevenção e tratamento das dependências. Devem ainda encontrar-se novos meios de informação acessíveis aos pais, de formação dos educadores e professores e novos conteúdos adaptados aos grupos etários do pré-escolar, do ensino básico, do secundário, ensino profissional e universitário. A multidisciplinaridade, os espaços informais, o recurso aos pares e a atenção especial ao abandono escolar precoce e agressividade (ex. bullying) são igualmente matérias obrigatórias de actuação conexa com a escola e a família.
Cada vez mais, os professores adquirem um papel importante na educação dos alunos. Na sociedade competitiva e consumista em que vivemos, é exigido aos pais um compromisso profissional e individual, que em muitos dos casos, se sobrepõe ao seu papel de educador (modelo) atento e disponível, incapacitando assim o apoio necessário aos seus filhos. Antes, eram os avós que desempenhavam este papel, mas os tempos mudaram.
Durante o meu envolvimento com este realidade sinto que os pais se tornaram mais exigentes, em relação ao papel da escola na educação dos seus filhos, visto estes passarem grande parte do seu tempo nos estabelecimentos de ensino. Neste sentido, a escola adquire um estatuto não só de competências do conhecimento, mas também onde o jovem pode desenvolver competências na sua vertente humana (individual), social e espiritual. Contudo a realidade é diferente. Na minha opinião, o papel da escola centra-se no desenvolvimento de competências intelectuais e morais do aluno, no compromisso com a cultura e integração na sociedade, da formação do cidadão onde permanecem os valores sociais acumulados pelos antepassados, um pouco desactualizados e separados da realidade da sociedade de hoje. Penso que este papel da escola poderia centrar-se também nas competências do ser, na formação das atitudes, das preocupações nos relacionamentos humanos, refiro-me ao papel das emoções e sentimentos (laços e afectos), da auto realização e do insight. Proporcionar um clima favorável à mudança do aluno/indivíduo onde a tendência se concentra no desenvolvimento das relações interpessoais, da comunicação e da espiritualidade.
Contudo, gostaria de salientar um episódio caricato. Em conjunto, com o conselho executivo foi implementado um programa de prevenção numa escola do Norte. Todos manifestaram um contentamento enorme, quase uma sensação de um alívio, visto a zona da escola ser um local de risco e existirem suspeitas de consumos por parte de alguns alunos. Depois de se iniciar o projecto com os alunos, professores e pessoal não docente, onde todos se mostraram interessados, chegou a altura de envolver os pais, nesta temática. Foram enviados mil convites aos pais para participação no modulo de Prevenção, aproximadamente. Quando chegou o dia da reunião de trabalho apareceram somente seis pais, que por sinal, já tinham participado nos modulos anteriores que estavam direcionados para os professores.
Na minha opinião, aparenta existir uma atitude passiva e permissiva - de negação quanto a enfrentar este problema preocupante, na nossa sociedade. Parece que, só de se falar sobre drogas, as pessoas evitam aparecer ou participar. Aparenta existir a ilusão de que os problemas só acontecem aos outros. Delega-se nos profissionais a responsabilidade de encontrarem soluções “radicais e milagrosas”. O risco das drogas não pode ser encarado como se de “um vírus” se tratasse. Onde o objectivo se centra no seu isolamento e na sua erradicação total. Este tipo de atitude reforça o estigma e a discriminação (negação), associados aos consumos de drogas e alcool e à impotência dos familiares (isolamento, culpa e vergonha), e os resultados são inúteis e infrutíferos.
Só uma presença continuada e consistente de programas de prevenção dentro da escola pode valorizar perfis e atitudes de autonomia em relação à experiência do consumo de drogas e alcool e desenvolver programas que visem reforçar factores protectores. Torna-se assim, indispensável um novo desenho da responsabilidade, do relacionamento e da articulação da escola, da comunidade educativa, dos serviços públicos de prevenção e tratamento das dependências. Devem ainda encontrar-se novos meios de informação acessíveis aos pais, de formação dos educadores e professores e novos conteúdos adaptados aos grupos etários do pré-escolar, do ensino básico, do secundário, ensino profissional e universitário. A multidisciplinaridade, os espaços informais, o recurso aos pares e a atenção especial ao abandono escolar precoce e agressividade (ex. bullying) são igualmente matérias obrigatórias de actuação conexa com a escola e a família.
Cada vez mais, os professores adquirem um papel importante na educação dos alunos. Na sociedade competitiva e consumista em que vivemos, é exigido aos pais um compromisso profissional e individual, que em muitos dos casos, se sobrepõe ao seu papel de educador (modelo) atento e disponível, incapacitando assim o apoio necessário aos seus filhos. Antes, eram os avós que desempenhavam este papel, mas os tempos mudaram.
Durante o meu envolvimento com este realidade sinto que os pais se tornaram mais exigentes, em relação ao papel da escola na educação dos seus filhos, visto estes passarem grande parte do seu tempo nos estabelecimentos de ensino. Neste sentido, a escola adquire um estatuto não só de competências do conhecimento, mas também onde o jovem pode desenvolver competências na sua vertente humana (individual), social e espiritual. Contudo a realidade é diferente. Na minha opinião, o papel da escola centra-se no desenvolvimento de competências intelectuais e morais do aluno, no compromisso com a cultura e integração na sociedade, da formação do cidadão onde permanecem os valores sociais acumulados pelos antepassados, um pouco desactualizados e separados da realidade da sociedade de hoje. Penso que este papel da escola poderia centrar-se também nas competências do ser, na formação das atitudes, das preocupações nos relacionamentos humanos, refiro-me ao papel das emoções e sentimentos (laços e afectos), da auto realização e do insight. Proporcionar um clima favorável à mudança do aluno/indivíduo onde a tendência se concentra no desenvolvimento das relações interpessoais, da comunicação e da espiritualidade.
Sem comentários:
Enviar um comentário